DE QUEM É A MEDIUNIDADE?
Muitas pessoas portadoras de mediunidade se encontram em dúvida sobre a necessidade ou não de desenvolver essa aptidão.
A mediunidade poderá ser comparada a
um rio perdido na planície, como explica E.Armond. Se ele continuar
solto, sem destino, poderá causar enchentes e provocar distúrbios ao
meio ambiente.
Entretanto, se prudentemente alargamos suas margens,
desviarmos seu trajeto fazendo-o tão somente correr no seu leito, ele
ficará forte e poderá, agora, organizado, gerar energia, fazer
irrigação, em fim, ser útil à coletividade. Assim é a mediunidade. Uma
força que está dentro do médium que poderá ser desenvolvida ao “deus
dará”, porém por prudência, seria melhor que organizássemos esse
desenvolvimento, pois só assim poderias ter certeza que seria uma
faculdade responsável.
Muitas pessoas possuem essa aptidão já em fase
adiantada de desenvolvimento e procuram se afastar dos locais onde devem
usar essa aptidão exatamente porque temem que indo uma primeira vez,
não podem deixar de ir jamais. Vale lembrar que a mediunidade não é um
atributo das doutrinas, ou seja, nenhuma doutrina é dona da mediunidade.
Ela é de propriedade do médium, das pessoas que a porta, pois foi a
própria pessoa que antes de encarnar pediu essa faculdade a fim de lhe
auxiliar no progresso nesta atual encarnação. Qualquer religião poderá
fazer uso da mediunidade como um excelente acessório de desenvolvimento
do ser humano.
As pessoas mal informadas acham que a
mediunidade pertence à doutrina Espírita. Na realidade o espiritismo
aproveita as pessoas que tem essa aptidão a fim de elaborar um trabalho
social de intercâmbio com o Plano Espiritual, com a finalidade de dar um
consolo a quem estiver necessitado.
A Igreja Católica vale lembrar, até
o ano 325 d.C. praticava a mediunidade, pois essa era a orientação dos
seguidores do Cristo. Depois do concílio de Nicea, no citado ano, a
cúpula da igreja resolveu não se utilizar mais dessa excelente
ferramenta de trabalho, e passou a nortear os passos dos seus fiéis sob
outra ótica religiosa.
É oportuno salientar que uma ambulância poderá
ser útil se colocada a serviço do bem, nos hospitais no transporte a
doentes, entretanto, se ela ficar jogada à margem da estrada, certamente
ficará a mercê de ferrugem e de ladrões. Existem dois tipos de
mediunidade: Mediunidade tarefa e mediunidade natural, esta conquistada.
O homem do futuro, aquele que habitará
a Terra quando esta for elevada da categoria de REGENERADA, será um
médium por excelência. Todos serão médiuns no futuro. A conquista da
mediunidade é algo demorada, pois demanda muito desenvolvimento psíquico
e, principalmente moral.
Por isso a mediunidade natural é mais
difícil e é rara por estes momentos. Já a mediunidade tarefa é mais
comum, pois ela nos é ofertada pelo Plano Espiritual para que possamos,
através do bom senso, mais rapidamente liquidarmos nossos débitos das
vidas passadas e, quiçá os deslizes desta própria encarnação.
Essa
mediunidade, tarefa, por ser “emprestada” não só nos será tirada, como
também nos será cobrado o seu bom uso enquanto esteve sob nosso domínio.
Portanto, lembramos aos senhores médiuns que, antes de encarnar essa
aptidão foi pelos senhores solicitada ao Plano Espiritual para que com
maior rapidez e segurança pudessem estabelecer a tomada de seu próprio
crescimento.
As restrições que o nosso cérebro sofre enquanto estamos
encarnados não nos permite lembrarmos daquilo que é tratado em outro
plano de vida. Em vista de tal esquecimento, o jovem que chega a
maturidade, ou seja, quando chega o momento de usar tal ferramenta,
vê-se cercado pelos compromissos da vida material e coloca sua aptidão
mediúnica de lado.
O simples esquecimento não o liberta do compromisso,
por isso sempre será prudente que as pessoas que possuem uma
sensibilidade mais aguçada procurem saber se possuem ou não a faculdade
mediúnica.
A mediunidade é uma coisa muito simples, não exigindo maiores
preocupações aos seus portadores, porém, assim como o rio é simples, há
der se dar atenção para ela, pois se assim não for, através do
sofrimento a cobrança certamente virá. Para encerrar este
comentário, enfatizam-se outras doutrinas praticam a mediunidade e que
ela não é um atributo exclusivo da Doutrina Espírita.
A mediunidade pertence a quem a porta e não a uma doutrina.
Wilson Focassio
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