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23 maio 2013

De Quem é a Mediunidade? - Wilson Focassio

 

DE QUEM É A MEDIUNIDADE?


Muitas pessoas portadoras de mediunidade se encontram em dúvida sobre a necessidade ou não de desenvolver essa aptidão.

A mediunidade poderá ser comparada a um rio perdido na planície, como explica E.Armond. Se ele continuar solto, sem destino, poderá causar enchentes e provocar distúrbios ao meio ambiente.      
Entretanto, se prudentemente alargamos suas margens, desviarmos seu trajeto fazendo-o tão somente correr no seu leito, ele ficará forte e poderá, agora, organizado, gerar energia, fazer irrigação, em fim, ser útil à coletividade. Assim é a mediunidade. Uma força que está dentro do médium que poderá ser desenvolvida ao “deus dará”, porém por prudência, seria melhor que organizássemos esse desenvolvimento, pois só assim poderias ter certeza que seria uma faculdade responsável. 

Muitas pessoas possuem essa aptidão já em fase adiantada de desenvolvimento e procuram se afastar dos locais onde devem usar essa aptidão exatamente porque temem que indo uma primeira vez, não podem deixar de ir jamais. Vale lembrar que a mediunidade não é um atributo das doutrinas, ou seja, nenhuma doutrina é dona da mediunidade. 

Ela é de propriedade do médium, das pessoas que a porta, pois foi a própria pessoa que antes de encarnar pediu essa faculdade a fim de lhe auxiliar no progresso nesta atual encarnação. Qualquer religião poderá fazer uso da mediunidade como um excelente acessório de desenvolvimento do ser humano.

As pessoas mal informadas acham que a mediunidade pertence à doutrina Espírita. Na realidade o espiritismo aproveita as pessoas que tem essa aptidão a fim de elaborar um trabalho social de intercâmbio com o Plano Espiritual, com a finalidade de dar um consolo a quem estiver necessitado. 

A Igreja Católica vale lembrar, até o ano 325 d.C. praticava a mediunidade, pois essa era a orientação dos seguidores do Cristo. Depois do concílio de Nicea, no citado ano, a cúpula da igreja resolveu não se utilizar mais dessa excelente ferramenta de trabalho, e passou a nortear os passos dos seus fiéis sob outra ótica religiosa. 

É oportuno salientar que uma ambulância poderá ser útil se colocada a serviço do bem, nos hospitais no transporte a doentes, entretanto, se ela ficar jogada à margem da estrada, certamente ficará a mercê de ferrugem e de ladrões. Existem dois tipos de mediunidade: Mediunidade tarefa e mediunidade natural, esta conquistada.
     
O homem do futuro, aquele que habitará a Terra quando esta for elevada da categoria de REGENERADA, será um médium por excelência. Todos serão médiuns no futuro. A conquista da mediunidade é algo demorada, pois demanda muito desenvolvimento psíquico e, principalmente moral.     

Por isso a mediunidade natural é mais difícil e é rara por estes momentos. Já a mediunidade tarefa é mais comum, pois ela nos é ofertada pelo Plano Espiritual para que possamos, através do bom senso, mais rapidamente liquidarmos nossos débitos das vidas passadas e, quiçá os deslizes desta própria encarnação. 

Essa mediunidade, tarefa, por ser “emprestada” não só nos será tirada, como também nos será cobrado o seu bom uso enquanto esteve sob nosso domínio. Portanto, lembramos aos senhores médiuns que, antes de encarnar essa aptidão foi pelos senhores solicitada ao Plano Espiritual para que com maior rapidez e segurança pudessem estabelecer a tomada de seu próprio crescimento. 

As restrições que o nosso cérebro sofre enquanto estamos encarnados não nos permite lembrarmos daquilo que é tratado em outro plano de vida. Em vista de tal esquecimento, o jovem que chega a maturidade, ou seja, quando chega o momento de usar tal ferramenta, vê-se cercado pelos compromissos da vida material e coloca sua aptidão mediúnica de lado. 

O simples esquecimento não o liberta do compromisso, por isso sempre será prudente que as pessoas que possuem uma sensibilidade mais aguçada procurem saber se possuem ou não a faculdade mediúnica. 

A mediunidade é uma coisa muito simples, não exigindo maiores preocupações aos seus portadores, porém, assim como o rio é simples, há der se dar atenção para ela, pois se assim não for, através do sofrimento a cobrança certamente virá.      Para encerrar este comentário, enfatizam-se outras doutrinas praticam a mediunidade e que ela não é um atributo exclusivo da Doutrina Espírita.

A mediunidade pertence a quem a porta e não a uma doutrina.

Wilson Focassio


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