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18 maio 2013

O Pai e a Família - Miramez



O  PAI E A FAMÍLIA


A estirpe da conversa se esconde nas profundezas dos sentimentos, como a sintonia gera ideias no mesmo tom, materializando palavras de natureza idêntica. Pensamentos e sentimentos produzem uma corrente contínua de vibrações: um fornece a força, o outro plasma o entendimento e a palavra anuncia, no exterior, o que se passa por dentro de quem pensa e sente.


Lembrando o título da mensagem, vamos buscar, com todo o carinho e respeito o dever maior do pai de família junto aos seus, àqueles que o cercam.

O homem que já pensou na conjuntura do seu lar, na harmonia de sua família e na paz dos seus filhos, obviamente já lançou mão dos seus deveres no que se refere à educação da palavra. Se tu és pai, procura descobrir o quanto vale a tua palavra dentro de casa; ela é ouvida com mais interesse do que pensas. Por vezes, sai da tua boca sem a menor importância que lhe dás, no entanto, os teus filhos e companheira acreditam em ti e seguem as tuas instruções, pelo poder do teu verbo.


Confere as tuas ideias, antes da palavra expor o que intentares falar. A tua conversa é, de certo modo, alimento em dimensão diferente, para os Espíritos que habitam contigo. Há muito para dizer a eles, no sentido construtivo, senão benéfico, em variadas ordens de comunhão com a verdade e o amor.


As crianças de um lar sempre esperam por todo o dia a chegada do pai, para que se lhes transmita uma história. Alegra o ambiente com tuas palavras, através do modo pelo qual o carinho sugestiona essa ânsia de prazer das almas que se propuseram a andar juntas e, por enquanto, vieram como teus filhos. Amanhã, os papéis poderão estar invertidos. Lança mão dessa oportunidade. Não te desvies do caminho de casa, para lugares onde o bom senso não te inspira, nos quais o palavreado é sempre inferior. Não sujes a tua boca com conversas que o pudor não aprova, porque elas são carregadas de magnetismo inferior, de sorte a turvar todo o teu campo mental, a empanar teus sentimentos elevados e a criar uma tensão espiritual de baixo teor. E depois, quando chegares em teu lar, o que poderás fazer com os teus? Vais sentir-te cansado pela mudança de assuntos, vais calar, por não existirem argumentos compatíveis com o teu ambiente familiar, deixando assim, de cumprir o teu dever diante daqueles que te esperavam na candidez que os anos lhes dá.


Quem não sente prazer em falar com crianças? Com elas, aprendemos muito na arte em que os anjos são sábios. Quantos anjos tens em casa? Um, dois, três ou mais? Que felicidade! O que procuras fora está dentro da tua casa: é o céu e Deus te chamando para um convívio de alegria e de paz. Fala com teus filhos, fala com tua companheira, mas fala com grandeza de coração e inteligência disciplinada. Move a tua língua em todas as direções, escolhendo sons que mais agradem aos ouvidos dos que te ouvem, e nunca esqueças, perante os teus filhos, de um sorriso de otimismo e de uma feição de carinho; eis o material que a vida usa para alimentar e garantir vidas em formação. Não existe família unida sem palavras bem formadas. Poderemos interpretar Marcos, no capítulo dois, versículo onze: “Todo pai ou familiar que se encontre doente dos pensamentos e palavras, deve procurar com urgência o Cristo para ser curado”.


E vamos ouvir, depois de curados, para onde Jesus vai mandar o ex-enfermo: “Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”. Marcos, 2:11

Que o Senhor te abençoe.



Livro Horizontes da Fala, cap. 43
Espírito Miramez
Psicografia de João Nunes Maia


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