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31 janeiro 2015

Progressos Moral e Intelectual - Eduardo Barbosa



PROGRESSOS MORAL E INTELECTUAL

O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas ideias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações.¹


Como sabemos, existem dois tipos de progresso na humanidade: o progresso moral e o progresso intelectual. É importante notar que esses dois raramente andam juntos. Atualmente, vivemos numa sociedade onde o progresso moral ainda está bem atrás do intelectual.


A humanidade chegou onde está pelo esforço evolutivo de milênios. Hoje contamos com alta tecnologia em diversos aspectos para facilitar nossas vidas. Já se tornou comum chegar em um determinado ambiente e a porta do estabelecimento abrir-se automaticamente para você passar ou a torneira abrir-se para você lavar suas mãos. Você pode pegar seu aparelho celular e se comunicar com quem você quiser, vê-lo à distância de qualquer lugar do mundo. Além disso, o homem tem conquistado a habilidade de estudar a sua e as outras sociedades do planeta Terra, através de estudos ligados à biologia, sociologia, geografia, etc. Tudo isso, caracteriza o progresso intelectual.


O progresso moral, está relacionado à moralidade, ou seja, à maneira que o homem age em relação aos seus semelhantes. O maior desafio para a humanidade neste momento é a eliminação do egoísmo e do orgulho, pois eles impedem a harmonia entre os homens. São os causadores dos conflitos em todo o mundo.


Sabemos que esses dois progressos são necessários ao homem, um ponto importante é que os dois são cumulativos. Logo, são aprimorados pelas reencarnações através do esforço individual de cada espírito. Deus criou seus filhos para progredirem nesses dois aspectos, porém as imperfeições humanas ainda tentam atrasá-los ao progresso moral.


Uma relação que podemos fazer deste tema à filosofia é o debate sobre fé e razão que prevaleceu na Idade Média. Alguns diziam que fé e razão são elementos opostos, que não podem ser atingidos ao mesmo tempo. O Espiritismo nos mostra que os dois podem ser atingidos ao mesmo tempo, de acordo com o esforço de cada um de nós. O progresso intelectual e o progresso moral não andam juntos, de fato. Porém, eles se ajudam, apresentando de forma lógica aos homens, nosso universo. Este post é baseado no estudo sobre Livre-arbítrio e Responsabilidade, encontrado no Módulo XI, Roteiro 1 do Programa Fundamental (Tomo II) do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE).


1. KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Tradução de Manuel Justiniano Quintão. 59. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Questão 783, p.410, comentário.

Eduardo Barbosa
Fonte: O Jovem Espírita

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