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21 novembro 2015

Maria Modesto Cravo

( Maria Modesto Cravo)*

MENSAGEM PSICOGRAFADA POR DONA MODESTA SOBRE OS ATENTADOS EM PARIS


Os atentados terroristas em Paris são como uma febre no organismo social. Dói, incomoda e leva a procurar um remédio. E a febre é apenas o sintoma de um drama de natureza moral e espiritual que nunca esteve tão elevado em toda a história da humanidade terrena. O terrorismo nada mais é que a velha necessidade do homem de anular a diferença para preponderar. No caso, usando a lamentável atitude de violência. O nome desse sentimento é poder.

Poder é a coroa de ouro das organizações mais sombrias de todos os tempos. É a mais antiga doença do ser espiritual que faz seu aprendizado nessa escola de provas e expiações onde o egoísmo ainda é soberano.

Uma espessa camada miasmática se forma na chamada psicosfera, a parte astral do planeta mais próxima da matéria física. Esse cinturão de sombras é o resultado dos dejetos mentais da mente encarnada e desencarnada. Culpa, medo, ódio e poder se aglutinam junto a outras matérias mentais formando essa nuvem cinzenta e com vida própria.

A Terra não colhe o fruto indigesto proveniente apenas das cabeças terroristas orientadas pela ganância extremista de grupos de poder. Cada vez que alguém tenta anular a diferença, é uma bomba lançada no fortalecimento desse cinturão de trevas em torno do planeta.

Anular a diferença significa todo ato no qual não se consegue respeitar e reconhecer que o que pertence ao outro é de responsabilidade dele. Existe uma compulsiva e desastrosa necessidade no coração humano de convencer, controlar, mudar, transformar e moldar o outro aos seus modelos de viver. Isso é poder. Isso é terrorismo nos relacionamentos por meio de micro-violências.

O terrorismo que explode no Bataclan é o efeito dessa onda miasmática milenar que assola nossa casa planetária. Quando você respeita o outro, quando você reconhece o direito do outro de viver a experiência que lhe convém, quando você percebe que só tem poder real é sobre você mesmo, as relações vão mudar, o mundo começará também a mudar.

Tenham esperança. A febre social em Paris leva todos os continentes a procurarem ajuda na erradicação de suas doenças. Em meio às dolorosas convulsões nasce uma nova ordem que não tardará.

Quer colaborar com esse novo tempo? Comece a desarmar-se. Retire esses explosivos de pretensões e endurecimento na conduta. Liberte-se dessa ânsia de preponderar seja onde for. Melhor que dominar é ser feliz.
Contribua com a diminuição do terrorismo no nosso planeta abençoado.

Deixe de querer ter razão sempre.


Eu, Maria Modesto Cravo, amante do Cristo e servidora do bem, lhes abençoo com paz. 14/11/15.


*Dona Modesta (Biografia)

Maria Modesto Cravo nasceu na cidade de Uberaba-MG, em 1899.


​ Teve formação católica e casou-se aos 17 anos com Nestor Cravo fixando residência em Belo Horizonte onde nasceram os seis filhos do casal.

Sentindo os primeiros fenômenos de desiquilíbrio físico-mental em sua esposa, seu marido recebeu orientação para que levasse sua esposa ao encontro de Eurípedes Barsanulfo, na cidade de Sacramento-MG.

​ Lá, Eurípedes, constatando a existência de suas faculdades mediunicas, submete-a de imediato a tratamento físico-espiritual através da fluidoterapia pois seu organismo achava-se muito debilitado, em função de grave quadro obsessivo.

Em poucos dias, Maria Modesto apresentava significativa melhora, sendo convidada a trabalhar na equipe mediúnica. Passado pouco tempo, já recuperada, Maria Modesto é orientada por Eurípedes Barsanulfo a mudar-se para Uberaba para desenvolver importante trabalho espiritual a que já estava destinada. 

Em janeiro de 1919, funda com outros abnegados servidores, o Ponto Bezerra de Menezes, onde passa a servir a enfermos e necessitados. Surge assim, oficialmente, o primeiro núcleo do Espiritismo aberto ao público em Uberaba.
A sua assistência não se limitaria ao intercâmbio espiritual. Em 1922 inicia a realização do Natal dos Pobres, beneficiando os necessitados que ali buscavam o amparo, além da assistência prestada aos cegos, presidiários e outras instituições.

No Ponto, recebe do Dr. Bezerra de Menezes (1831/1900) a incumbência de criar uma nova instituição, o Sanatório Espírita de Uberaba. A planta arquitetônica do Sanatório é recebida mediunicamente por Maria Modesto.

Em 1928, a pedra fundamental é lançada pelo presidente do Centro Espírita Uberabense, médico sanitarista Henrique von Krugger Schroeder.

​ Em 1933 o Sanatório é inaugurado, sendo contratado para o cargo de primeiro diretor clínico, Dr. Inácio Ferreira, jovem psiquiatra formado pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Junto ao Sanatório Espírita, o trabalho de Maria Modesto foi constante, tendo a benfeitora encontrado ainda tempo para auxiliar na fundação da União da Mocidade Espírita de Uberaba (UMEU) e do Lar Espírita para Moças em 1949, este juntamente com o Dr. Inácio que doa o terreno. É importante lembrar que Chico Xavier, quando ainda morador de Pedro Leopoldo, costumava vir a Uberaba à serviço para participar anualmente da Exposição Agropecuária. Nessas oportunidades era sempre acolhido por Dona Modesta que o levava para participar das atividades do Centro Espírita Uberabense e às sessões noturnas no Sanatório Espírita. Dona Modesta, como era carinhosamente chamada, considerada a Grande Dama da Caridade de Uberaba, manteve durante toda a sua vida incansável trabalho em prol de todos os necessitados da região. Em julho de 1963, já com sérios problemas de saúde, transfere-se para Belo Horizonte, onde vem a falecer em 1964, após prolongada enfermidade.

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