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26 novembro 2016

Eutanásia e vida - Emmanuel



EUTANÁSIA E VIDA - 20


Amigos da Terra perguntam frequentemente pela opinião dos companheiros desencarnados, com respeito à eutanásia. E acres-centam que filósofos e cientistas diversos aderem hoje à ideia de se apoiar longamente a morte administrada, seja por imposição de recursos medicamentosos ou por abandono de tratamento. Decla-ram-se muitos deles confrangidos diante dos problemas das crian-ças que surgem desfiguradas no berço, ou à frente dos portadores de enfermidades supostas irreversíveis, muitas vezes em estado comatoso nos recintos de assistência intensiva. Alguns chegam a indagar se os pequeninos excepcionais devem ser considerados seres humanos e se existe piedade em delongar os constrangimen-tos dos enfermos interpretados por criaturas semimortas, insensí-veis a qualquer reação.

Entretanto, imaginam isso pela escassez dos recursos de espiri-tualidade de que dispõem para dilatar a visão espiritual para lá do estágio físico.

É preciso lembrar que, em matéria de deformação, os comple-xos de culpa determinam inimagináveis alterações no corpo espiritual.

O homem vê unicamente o carro orgânico em que o Espírito vi-aja no espaço e no tempo, buscando a evolução própria, mas habi-tualmente não enxerga os retoques de aprimoramento ou as dilapi-dações que o passageiro vai imprimindo em si mesmo, para efeito de avaliação de mérito e demérito, quando se lhe promova o de-sembarque na estação de destino.

A vista disso, o homem comum não conhece a face psicológica dos nossos irmãos suicidas e homicidas conscientes, ou daqueles outros que conscientemente se fazem pesadelos ou flagelos de co-letividades inteiras. Devidamente reencarnados, em tarefas de rea-juste, não mostram senão o quadro aflitivo que criaram para si próprios, de vez que todo espírito descende das próprias obras e revela consigo aquilo que fez de si mesmo.

Diante das crianças em prova ou dos irmãos enfermos, imagi-nados irrecuperáveis, medita e auxilia-os!

Ninguém, por agora, nas áreas do mundo físico, pode calcular a importância de alguns momentos ou de alguns dias para o Espírito temporariamente internado num corpo doente ou disforme.

* * *

Perante todos aqueles que se abeiram da desencarnação, com-padece-te e ajuda-os quanto puderes.

Recorda que a ciência humana é sempre um fato admirável, em transformação constante, embora respeitável pelos benefícios que presta. No entanto, não te esqueças de que a vida é sempre forma-ção divina, e, por isto mesmo, em qualquer parte será sempre um ato permanente de amor.


Emmanuel/Chico Xavier 
Livro de J.Herculano Pires 
Obra: Diálogo dos Vivos - Espíritos diversos 
4º livro da série “Na Era do Espírito” 

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