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04 fevereiro 2018

O sofrimento dos espíritos - Miramez



O SOFRIMENTO DOS ESPÍRITOS


O sofrimento dos Espíritos inferiores consistem nas conseqüências do desrespeito às leis naturais, aquelas que marcam a harmonia da criação. Assim, elas são variáveis.

Somente depois da vivência, pelos canais da dor, é que as almas despertam no rigor dos padecimentos, reconhecendo que a obediência ser-lhes-á o melhor caminho na conquista da sua paz de consciência. Deus, sendo onisciente, fez todos os Espíritos assim, sabendo que iríamos passar por esses caminhos, para o devido aprendizado.

Os Espírito puros não sofrem; somente têm alegrias das mais apuradas, nascidas da vivência nas diretrizes que o Criador traçou para a felicidade de todas as criaturas.

A vinda de Jesus Cristo foi um ato de misericórdia de Deus para a humanidade. Ele trouxe e entregou a todos os povos o seu Evangelho, força educadora em todos os rumos, e o mundo já conhece de sobra a sua eficácia.

Os Espíritos Superiores são reconhecidos como tais, pelo seu procedimento ante a vida. Eles têm maturidade, e para chegar onde se encontram, somente o fazem pelas vias do tempo, qual a massa para fazer o pão: é necessário tempo para a fermentação indispensável.

Que fazer com os Espíritos inferiores nos seus sofrimentos? Trabalhar com esses irmãos com paciência, orando por eles e dando-lhes exemplos de fé, de confiança, de solidariedade e amor.

Por que tolerar?

Porque os benfeitores espirituais que os assistem passaram pelos mesmos caminhos.

A inferioridade induz os Espíritos inferiores às paixões desregradas, ao ciúme, ao egoísmo, ao orgulho, à violência, enfim, a ignorância é filha da infância espiritual, capaz de levar a alma aos maiores sofrimentos.

As almas são torturadas pelo que ainda não adquiriram, do modo que os Espíritos Superiores conquistaram, no entanto, isso tudo passa, e o amanhã nos mostrará que, sendo todos filhos de Deus, Ele não nos deixa órfãos. Somos todos herdeiros da divina felicidade.

A consciência, com o tempo, torna-se um celeiro de paz que nunca se perturba.

Deus fez as consciências para servirem de Sua morada, e Cristo não deixa de aparecer por lá, como sol, na obediência ao Criador.

E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: o velho é excelente. (Lucas, 5:39)

O Espírito amadurecido pelo tempo, tem em seu celeiro de conhecimentos o vinho divino. As suas experiências são as verdadeiras, e quem as escuta não dá ouvidos aos Espíritos equivocados.

Todos nós buscamos a palavra de Jesus, porque o Seu Evangelho é fonte de luz, é vinho de Deus na excelência do seu paladar. Quantos falsos Cristos já surgiram, e quantos deverão surgir? No entanto, isso é para conferir o verdadeiro, pelo paladar do seu vinho inigualável; quem já sorveu dele, nunca mais buscará outro.

O sofrimento dos Espíritos inferiores é falta de despertamento espiritual. Eles não sabem o que fazem; quando souberem, cessará a dor por falta da ignorância que a gera.

Os Espíritos desencarnados, qual nós, estamos ligados à humanidade por laços profundos, à qual somos devedores. Desejamos lutar junto com todas as criaturas que se encontram na Terra, até vermos e sentirmos o nascimento de nova Terra e novo Céu, na certeza de que os corações deverão conhecer e viver o amor para sempre.

É feliz somente aquele que conheceu e vive a verdade.


Ditado pelo espírito Miramez
Obra: Filosofia Espírita, Volume XX
Psicografia de João Nunes Maia



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