COMO LIDAR COM OS ESPÍRITOS LEVIANOS E ZOMBETEIROS?
Os Espíritos superiores, como os homens sérios entre nós, não gostam de fazer travessuras. Muitas vezes interpelamos esses Espíritos zombeteiros sobre o motivo de perturbarem o sossego alheio.
A maioria quer apenas divertir-se. São espíritos antes levianos do que maus. Riem dos sustos que pregam e do trabalho que dão para descobrir a causa do tumulto.
Muitas vezes apegam-se a uma pessoa e se divertem a incomodá-la por toda parte. De outras vezes se apegam a um lugar por simples capricho.
Algumas vezes também se trata de uma vingança, como veremos.
Em certos casos sua intenção é a mais louvável: querem chamar a atenção e estabelecer comunicação, seja para transmitir à pessoa um aviso útil, seja para fazer um pedido.
Vimo-los muitas vezes pedir preces, o cumprimento de um voto que em vida não puderam realizar, e outros quererem, para o seu próprio sossego, reparar uma maldade praticada em vida.
Em geral, é um erro amedrontar-se com a sua presença que pode ser importuna mas não perigosa. Compreende-se o desejo de livrar-se deles, mas para isso geralmente se faz o contrário do que se deve.
Quando se trata de Espíritos que se divertem, quanto mais se levá-los a sério, mais persistirão, como as crianças traquinas que impacientam as pessoas e assustam os medrosos.
Se, pelo contrário, as pessoas também rirem com as suas peças, acabaram por se cansar e deixá-las em paz.
Conhecemos alguém que em vez de se irritar os excitava, os desafiava a fazer isto ou aquilo,de maneira que em alguns dias se afastaram. Mas como dissemos, há os que agem por motivos menos frívolos.
Por isso é sempre útil saber o que eles desejam. Se pedirem alguma coisa, é certo que cessarão suas visitas quando forem satisfeitos.
O melhor meio de informação é evocá-los através de um bom médium escrevente. Pelas suas respostas, logo se verá quem são e se poderá agir convenientemente.
Se for um Espírito infeliz, a caridade manda tratá-lo com as atenções que merece; se um brincalhão, pode tratá-lo sem rodeios; se um malvado, deve pedir a Deus que o melhore. Em todos os casos a prece só pode dar bons resultados.
Mas a solenidade das fórmulas de exorcismo lhes provoca o riso: não lhe dão nenhuma importância.
Se puder entrar em comunicação com eles, é preciso desconfiar dos qualificativos burlescos ou assustadores que algumas vezes se dão, para se divertirem com a credulidade dos ouvintes.
Hugo Gimenez
Fonte: O Estudante Espírita
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