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18 novembro 2020

Obsessão anestesiante - Rogério Coelho

 
OBSESSÃO ANESTESIANTE

Aos dardos morbíficos que se destinam a retardar a ação do bem na Terra devemos contrapor a oração.

“E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam carregados.” (Mateus, 26.43)

Segundo o Espírito Camilo (1), os Espíritos inimigos da Luz, “(…) uma vez que não conseguiram impedir que muitas criaturas aceitassem e desejassem servir na Seara do Cristo, não se dão por vencidos com a primeira perda e atuam no sentido de obstaculizar a ação desses indivíduos a fim de que não se movimentem no bem, que tem caráter de premência e que depende tão somente da boa vontade dos lidadores. Estão no movimento do bem, mas, por influência dessas Entidades infelizes não atuam no bem, o que é lastimável”.

Assim, não raro, surpreendemos companheiros invigilantes na vanguarda espírita, líderes em suas comunidades que se enviscam nos ínvios cipoais do desentendimento, da irreflexão e da mágoa, perdendo tempo precioso a digladiarem na arena da discórdia e do azedume contumazes.
Continua o nobre mentor do médium fluminense (1):

“(…) variados têm sido os que se deixam conduzir pelas influências narcóticas de muitas mentes atreladas ao mal ou ao marasmo do Mundo Invisível, naturalmente desleixados com relação à vigilância íntima, realizando afazeres, quando os realizam, como que se desincumbe de um fardo pesado e difícil, mas não como quem participa do alevantamento espiritual da humanidade. Encontram-se elementos que se acostumaram a deixar tudo para que seja feito amanhã, quando o dia de hoje pede disposição e não adiamento…

Ninguém pode, em sanidade de consciência, afirmar que estará no corpo somático no dia seguinte. Temos aí, então, maior razão para que não retardemos os labores que têm regime de urgência em nossa pauta de tarefas.

Diversos irmãos da Terra, portadores de enorme cota de má vontade ou deixando as próprias mentes mergulhadas na displicência, são envolvidos nos vapores letárgicos, paralisantes, que impedem a continuidade dinâmica da obra sob seus cuidados.

Há sempre uma providência que se pode procrastinar… Surgem problemas a solucionar na esfera da renovação do Espírito, sempre postergados, sem que os companheiros se deem conta de que poderão estar sendo minados por fluidos anestesiantes da vontade.

É importante cuidar do corpo, repousar, quando os trabalhos imponham desgastes. É da Lei Divina… O que não nos cabe fomentar ou aplaudir é a postura dos que estão sempre esgotados, por pouco ou nada que façam, exigindo largos períodos de estacionamento e, quando se decidem por algo fazer, francamente embriagados por energias anestesiantes que, ameaçadoramente, têm tomado em seu bojo a muitos seareiros irrefletidos, preparando-lhes grandes tormentos de remorsos e angústias para logo mais, quando a hora propícia e ideal para o trabalho do bem já houver passado.

Quando sintas que, inobstante o repouso, não tens ânimo para as leituras e quefazeres edificantes, ou quando a sonolência tornar-se presença comum em tuas horas de estudo ou de necessária atenção aos chamados do Infinito, ergue a tua oração e roga dos Benfeitores Celestes o socorro, a assistência de que careças a fim de te desviares desses dardos morbíficos que se destinam a retardar a ação do bem na Terra, produzindo narcose nos combatentes invigilantes, exatamente porque esse bem, em última análise, é a atuação de Jesus Cristo reafirmando o Seu amor a todos nós, ovelhas desgarradas do Seu rebanho, da esperança e da ação.”

Rogério Coelho
Fonte:
Agenda Espírita Brasil

Referências Bibliográficas:

(1) Teixeira, Raul. Correnteza de Luz. Pelo Espírito Camilo – cap. 24.


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