Entre falsas vozes
Se a preguiça te pede:-
“Descansa!”, responde-lhe com algum acréscimo de esforço no trabalho que espera teu concurso.
Se a vaidade te afirma:-
“Ninguém existe maior que tu!”, retribui com a humildade, reconhecendo que não passamos de meros servidores da vida, entre os nossos irmãos de luta.
Se o orgulho te diz: -
“Não cedas!”, aprende a esquecer-te, auxiliando sempre.
Se o ciúme te segreda aos ouvidos: -
“A posse é tua!”, guarda silêncio em tua alma e procura entender que o amor e o bem são bênçãos do Céu, extensiva a todos.
Se o egoísmo te aconselha: -
“Retém!”, abre as tuas mãos e distribui a bondade com os que te cercam.
Se a revolta te assevera: -
“Reage e reivindica os teus direitos!”, aguarda a Justiça Divina, trabalhando e servindo com mais abnegação.
Se a maldade te sugere: -
“Vinga-te!”, considera que mais vale amparar constantemente o companheiro, quanto temos sido auxiliados por Jesus, a fim de que o amor fulgure em nossas vidas.
Os falsos profetas vivem nos recessos de nosso próprio ser.
Surgem, cada dia, invariáveis, na forma da intriga e da maledicência, da leviandade ou da indisciplina, induzindo-nos a cerrar o coração contra a consciência.
Se aceitamos Jesus em nosso roteiro, ouçamos o que nos diz o seu ensinamento e apliquemo-nos à prática de Suas lições sublimes.
Olvidemos as insinuações da ignorância e da treva, da crueldade e da má fé, que nos enrijecem o sentimento e, de coração unido à Vontade do Mestre, vendo a vida por seus olhos e ouvindo os nossos irmãos, através de seus ouvidos, estaremos realmente habituados à posição de intérpretes do seu infinito Amor, em qualquer parte.
Livro: “Levantar e Seguir” - Emmanuel - F.C.Xavier
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