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15 abril 2009

Desperta, tu que dormes! - Waldenir Aparecido Cuin

 
DESPERTA, TU QUE DORMES!

“Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará.” (Paulo – Efésios 5:14).

“Os tempos estão chegados”, afirmam as religiões e os religiosos. Chegados para quê? Obviamente, para o devido despertamento a que se refere o grande Apóstolo, o arauto do Cristianismo, que laborou de forma decidida e perseverante na propagação das sábias e inquestionáveis lições de Jesus, para que todas as criaturas da Terra delas tivessem amplo conhecimento.

Não temos nenhuma dúvida de que a humanidade tem largas informações sobre a Boa Nova. Teoricamente, os homens sabem muito sobre o Cristo e seus valiosos ensinamentos, o despertamento deverá se dar com a vivência prática deles.

Os problemas e os desafios do mundo, já conhecemos com detalhes. As consequências nefastas deles vêm fazendo jorrar rios de lágrimas e permitindo o nascimento de intensas labaredas de dor no seio das coletividades. Os caminhos seguidos até agora não lograram proporcionar, a nenhum de nós, o oásis de paz e a ilha de felicidade que almejamos. Por certo, a direção das nossas condutas não está correta.

Será preciso, com urgência, despertar.

Os tempos chegaram para que saiamos da redoma do comodismo onde continuamos a acreditar que as coisas se resolverão por si só. Não. Tudo se transformará para melhor quando cada criatura acreditar piamente na sua transformação moral, como decorrência natural do esforço, da determinação e da coragem em trabalhar acirradamente no combate às más tendências, aquelas oriundas do egoísmo e do orgulho, substituindo-as por virtudes e qualidades nobres.

Como encontrar a paz e a serenidade vivendo num mundo com tantas disparidades sociais, financeiras, econômicas, psicológicas? Com poucos homens possuindo muito e muitas criaturas contando com tão pouco?

Sem o combate firme e decidido ao egoísmo e ao orgulho, essas terríveis chagas da humanidade, qualquer tentativa de equilíbrio no contexto das comunidades será sempre batalha inglória.

Despertemos, então. Não basta que cuidemos de nós, da nossa família, daqueles que são mais próximos. Imperioso que tenhamos a convicção de que será preciso pensar na humanidade como um todo. O lamento de um irmão que chora em um hemisfério reflete sobre o outro que vive a milhares de quilômetros de distância.

Pelas leis divinas, nossa felicidade e paz, as encontraremos quando plantarmos felicidade e paz nos corações alheios. É da lei universal que é dando que se recebe. A mão que oferece flores retém o perfume, mas aquela que atira lixos e detritos guarda a sujeira e o mau cheiro. A escolha sempre será nossa.

Despertar para a consciência moral, espiritual e solidária é urgente e imprescindível.

Não basta que tenhamos só para nós. Se nossos irmãos também não possuírem estaremos constantemente ameaçados. Isso, obviamente, em todos os sentidos, não só o material.

Os problemas estão catalogados, esperando por soluções; as tarefas aguardam que sejam executadas, então, é tempo de trabalho e, para tanto, o mundo tem necessidade de homens arrojados e conscientes, que realmente desejam formar uma frente de ações solidárias, fraternas e justas, de maneira a criar possibilidades para que todos possam, aos poucos, contar com as mesmas oportunidades de progresso.

Muito já foi falado, discutido, planejado. Agora é tempo de despertar para as realizações. No momento atual, não temos mais necessidades de quem aponte problemas, mas, sim, daqueles que estão dispostos a trabalhar muito com a proposta de resolvê-los.

Despertemos, então, e as forças espirituais nos impulsionarão para o devido progresso... aquele decorrente do entrelaçamento de irmão com irmão.

Texto de W.A. Cuin
Edição Abril 2009
Folha Espírita

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