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05 abril 2009

Sensatez - Carlos

SENSATEZ

"No muito falar não falta transgressão, mas o que modera seus lábios é prudente". Pv. 10, v. 19.

A moderação semeia, por onde transita, a confiança; desperta nos outros a tranqüilidade e a benevolência.

Ao falares com quem quer que seja, modera a conversa; tuas palavras, em excesso, certamente desapontarão quem te ouve.

Se o teu companheiro fala demais, compara-o à tua impaciência em ouvi-lo. Se muitos confirmam que alguém é falador, observa a tua posição frente aos demais, e corrija, dentro de teu alcance, os teus desequilíbrios, para que outros não se impacientem contigo.

Deves lutar, com tuas forças disponíveis, na aquisição do teu bem-estar, porém, a tua paz não deve custar sacrifícios aos outros.

Quem se alegra com a tristeza alheia é mais infeliz. Favorece aos bons costumes o ouvir palavras sensatas, ou ler mensagens de equilíbrio. A fala e a escrita abrem a consciência, onde podes plantar ou cultivar a semente de Deus.

A exorbitância do verbo mostra próximos desatinos. Quem fala demais, não raciocina no que diz, e é intolerante para ouvir. A língua metralhadora mata a própria alegria.

Não penses que estás vencendo, quando somente tu expões o assunto. Talvez sejas o mais perdedor, o mais ignorante, e o teu prazer transitório é na base da tolerância dos amigos.

Quando, entre companheiros, descobrires que a tua presença incomoda, pelo muito falar, bata a tua mão, suavemente nos ombros de alguns deles, e peça-lhes a sua opinião sobre o assunto. Posta-te, com interesse, na qualidade de quem vai, realmente, aprender com elegância.

Lembra-te de que a humildade, em uma hora dessas, é oxigênio divino para purificar o ar da inquietação.

Não te aborreças com as criaturas, se elas nunca incentivam a tua vaidade. Sê prudente com a pessoa que te coloca no pedestal da ilusão. Os dois extremos te facilitam uma posição intermediária. Quando conviveres com os outros, usa um pouco de cada coisa.

Os lábios marcados com a prudência, são qual a sombra e a água fresca no deserto, luz na escuridão da mente e saúde para o enfermo. É coisa rara, é planta aromática crescendo na consciência e começando a desprender sua fragrância na boca do sábio.

De "Tuas mãos",
de João Nunes Maia,
pelo Espírito Carlos

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