Desde sempre os Espíritos interferiram na vida da Humanidade.
Por mais que alguns não creiam, somos Espíritos, Deus é Espírito. Os seres que Ele criou são seres espirituais que existem para alcançar a sua perfeição, o seu aprimoramento ao longo das idades, nessas idas e vindas ao mundo corporal, como o aluno que vai formando o seu arcabouço intelectual por meio das idas e vindas à escola, do aprendizado que realiza ao longo do tempo.
Desde os tempos mais distantes, travamos contato com os serres espirituais.
Para não irmos tão longe, se recorrermos à Bíblia Judaica, encontramos em o Gênesis, primeiro livro da Bíblia Judaica, a notícia de que no princípio, eram as trevas e o Espírito do Senhor flutuava sobre a face do abismo. (cap. I, v.1)
A partir disso, ficamos pensando nesse Espírito do Senhor, do Senhor Elohim, que pairava sobre as sombras do começo, porque no princípio, eram as trevas.
O Senhor fez a luz, o Fiat lux. O Senhor foi tirando do seio das águas tudo quanto pode, logo, aquelas trevas estavam sobre as águas.
Saiu das águas o elemento árido, o continente, a terra. E tudo quanto, segundo o texto do Gênesis, foi feito, foi feito com essa matéria que saiu das águas.
Encontramos o surgimento do par bíblico, Adão e Eva. E, depois de serem expulsos do Éden, dos jardins Edênicos, o Senhor Elohim colocou um “anjo”, um Espírito, de espada flamejante para impedir que o casal voltasse a penetrar o Éden.
Temos, pois, desde o começo, a interferência dos Espíritos sobre a vida humana.
Se havia uma entidade angélica à porta do Éden para impedir a entrada do casal Adão e Eva, é porque esse Espírito angélico já interferia na liberdade de ir e vir de Adão e Eva.
Ora, quando pensamos nisso, olhamos para os outros povos além do povo judeu e verificamos o surgimento e o desenvolvimento das suas relações com os seres espirituais, o que foi chamado de mitologia.
Exatamente porque os antigos criaram entidades, deuses, que eram a imagem e semelhança deles próprios.
Encontramos, nesse desfilar de divindades mitológicas, os deuses maiores, entidades que faziam o bem e que promoviam o bem. E deuses menores, entidades que promoviam o equívoco, a ignorância ou mantinham esses processos de vida no mundo.
Eram os Espíritos. Esses deuses não passavam de seres espirituais.
É por isso que encontramos, ao largo das mitologias, as notícias de que vários desses deuses se manifestavam através de criaturas especiais, para conversar com a sociedade.
Temos as notícias de que na velha Índia, na Índia védica, milenária, as divindades se comunicavam por meio dos richis, que eram os sensitivos da época, os médiuns da época e, através dos richis falavam os deuses acreditados pela Índia.
Conhecemos na Grécia, as divindades gregas que influenciaram sobre a cultura romana e essas divindades gregas, também através de pitons, de pitonisas, vinham falar com a sociedade.
Como é o caso do deus Apolo, no Monte Parnaso, nas regiões da Fócida, que vinha, periodicamente, através da sibila, falar àquela pequena multidão aglomerada no seu templo, mostrando essa interferência do pensamento dos Espíritos libertos da matéria sobre o pensamento dos Espíritos ainda presos à matéria, ainda encarnados na Terra.
A interferência é global. Em todos os tempos, os Espíritos interferiram na vida da coletividade.
* * *
Ao lado dessas interferências, que aprendemos desde os tempos mitológicos, podemos pensar que, na atualidade, também os Espíritos interferem sobre as nossas vidas.
Nunca os Espíritos deixaram de interferir sobre a vida dos encarnados. Afinal de contas, quem somos nós, os encarnados? Somos os Espíritos temporariamente revestidos de um corpo físico.
Quando sairmos desse corpo físico, pelo fenômeno da morte, voltaremos a ser tipicamente Espíritos, chamados assim, acreditados assim.
O notável Codificador da Doutrina Espírita no mundo, Allan Kardec, teve o ensejo de fazer uma pergunta em O livro dos Espíritos. Essa pergunta recebeu o número 459 e ele indaga da seguinte maneira: Interferem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
A resposta fundamental: Sim, interferem. Eles interferem a tal ponto que comumente são os que vos dirigem.
Notemos que coisa curiosa, capaz de nos transtornar. Essa certeza de que as nossas vidas são manejadas muitas vezes por seres espirituais.
Uma vez que eles interferem em nossos pensamentos e atos, eles interferem sobre nossas vidas, que são forjadas por atos, depois dos nossos pensamentos.
É muito importante saber que somos Espíritos e, por isso, sofremos essa investida permanente dos Espíritos sobre nossas existências.
Todos participamos desse lado espiritual, pela capacidade de emitir pensamentos, de refletir pensamentos e, graças a essas ondas que atiramos para o espaço, atraímos entidades semelhantes a nós. Atraímos seres simpáticos a nós, que se afinam conosco.
É por isso que, de ordinário, são os Espíritos que nos dirigem. Comumente são os Espíritos que nos dirigem.
Mas existe uma questão fundamental em tudo isso.
Será que estamos vulneráveis a essa interferência dos Espíritos sem que nada possamos fazer?
Não. Não estamos vulneráveis. Cada qual de nós, através do seu procedimento na vida, do tipo de pensamento que alimente, do tipo de conduta que tenha, atrairá para junto de si entidades dos mais variados teores, dos mais diversos tipos.
É dessa forma que vamos definindo quais são os Espíritos que comumente nos dirigem, que ordinariamente nos dirigem; são aquelas entidades para as quais abrimos o nosso campo mental.
Os Espíritos que nos dirigem podem ser do bem ou podem ser da sombra. Se somos indivíduos humanos interessados no bem, buscando o bem, onde quer que estejamos, seja no que for que façamos, automaticamente, podemos garantir que as entidades que nos secundam, que nos influenciam, são de boa índole, são Espíritos do bem.
Se as nossas ações na Terra são negativas, são perturbadoras, são egoísticas, vaidosas, excentricamente desastradas, natural é pensar que as entidades que tomam acento no espaço de nossa vida, são entidades desse naipe, desse tipo, dessa estrutura moral.
Por isso, é muitíssimo importante que, através da nossa vivência, através do nosso modo de ser e de viver, façamos contatos com Espíritos sãos, com Espíritos do bem, com Espíritos da Luz.
É importantíssimo admitirmos que somos Espíritos que vivemos num mundo encharcado deles.
Foi o Apóstolo Paulo que nos disse que estamos cercados por uma nuvem de testemunhas.
Isso mais tarde vai ser confirmado pela Doutrina Espírita, por meio da pergunta a que nos referimos: Interferem os Espíritos em nossos pensamentos e atos? Sim, eles interferem muito mais do que imaginais. Eles interferem a tal ponto que comumente são eles que vos dirigem.
É muitíssimo importante e grave sabermos que a nossa felicidade, espiritualmente falando, ou a nossa desdita, dependem de nós.
Saber que, no mundo dos Espíritos, as entidades não têm acesso franco à nossa vida senão quando lhes abrimos portas através dos pensamentos e atos de cada dia.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 179, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em setembro de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 04.10.2009.
Por mais que alguns não creiam, somos Espíritos, Deus é Espírito. Os seres que Ele criou são seres espirituais que existem para alcançar a sua perfeição, o seu aprimoramento ao longo das idades, nessas idas e vindas ao mundo corporal, como o aluno que vai formando o seu arcabouço intelectual por meio das idas e vindas à escola, do aprendizado que realiza ao longo do tempo.
Desde os tempos mais distantes, travamos contato com os serres espirituais.
Para não irmos tão longe, se recorrermos à Bíblia Judaica, encontramos em o Gênesis, primeiro livro da Bíblia Judaica, a notícia de que no princípio, eram as trevas e o Espírito do Senhor flutuava sobre a face do abismo. (cap. I, v.1)
A partir disso, ficamos pensando nesse Espírito do Senhor, do Senhor Elohim, que pairava sobre as sombras do começo, porque no princípio, eram as trevas.
O Senhor fez a luz, o Fiat lux. O Senhor foi tirando do seio das águas tudo quanto pode, logo, aquelas trevas estavam sobre as águas.
Saiu das águas o elemento árido, o continente, a terra. E tudo quanto, segundo o texto do Gênesis, foi feito, foi feito com essa matéria que saiu das águas.
Encontramos o surgimento do par bíblico, Adão e Eva. E, depois de serem expulsos do Éden, dos jardins Edênicos, o Senhor Elohim colocou um “anjo”, um Espírito, de espada flamejante para impedir que o casal voltasse a penetrar o Éden.
Temos, pois, desde o começo, a interferência dos Espíritos sobre a vida humana.
Se havia uma entidade angélica à porta do Éden para impedir a entrada do casal Adão e Eva, é porque esse Espírito angélico já interferia na liberdade de ir e vir de Adão e Eva.
Ora, quando pensamos nisso, olhamos para os outros povos além do povo judeu e verificamos o surgimento e o desenvolvimento das suas relações com os seres espirituais, o que foi chamado de mitologia.
Exatamente porque os antigos criaram entidades, deuses, que eram a imagem e semelhança deles próprios.
Encontramos, nesse desfilar de divindades mitológicas, os deuses maiores, entidades que faziam o bem e que promoviam o bem. E deuses menores, entidades que promoviam o equívoco, a ignorância ou mantinham esses processos de vida no mundo.
Eram os Espíritos. Esses deuses não passavam de seres espirituais.
É por isso que encontramos, ao largo das mitologias, as notícias de que vários desses deuses se manifestavam através de criaturas especiais, para conversar com a sociedade.
Temos as notícias de que na velha Índia, na Índia védica, milenária, as divindades se comunicavam por meio dos richis, que eram os sensitivos da época, os médiuns da época e, através dos richis falavam os deuses acreditados pela Índia.
Conhecemos na Grécia, as divindades gregas que influenciaram sobre a cultura romana e essas divindades gregas, também através de pitons, de pitonisas, vinham falar com a sociedade.
Como é o caso do deus Apolo, no Monte Parnaso, nas regiões da Fócida, que vinha, periodicamente, através da sibila, falar àquela pequena multidão aglomerada no seu templo, mostrando essa interferência do pensamento dos Espíritos libertos da matéria sobre o pensamento dos Espíritos ainda presos à matéria, ainda encarnados na Terra.
A interferência é global. Em todos os tempos, os Espíritos interferiram na vida da coletividade.
* * *
Ao lado dessas interferências, que aprendemos desde os tempos mitológicos, podemos pensar que, na atualidade, também os Espíritos interferem sobre as nossas vidas.
Nunca os Espíritos deixaram de interferir sobre a vida dos encarnados. Afinal de contas, quem somos nós, os encarnados? Somos os Espíritos temporariamente revestidos de um corpo físico.
Quando sairmos desse corpo físico, pelo fenômeno da morte, voltaremos a ser tipicamente Espíritos, chamados assim, acreditados assim.
O notável Codificador da Doutrina Espírita no mundo, Allan Kardec, teve o ensejo de fazer uma pergunta em O livro dos Espíritos. Essa pergunta recebeu o número 459 e ele indaga da seguinte maneira: Interferem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
A resposta fundamental: Sim, interferem. Eles interferem a tal ponto que comumente são os que vos dirigem.
Notemos que coisa curiosa, capaz de nos transtornar. Essa certeza de que as nossas vidas são manejadas muitas vezes por seres espirituais.
Uma vez que eles interferem em nossos pensamentos e atos, eles interferem sobre nossas vidas, que são forjadas por atos, depois dos nossos pensamentos.
É muito importante saber que somos Espíritos e, por isso, sofremos essa investida permanente dos Espíritos sobre nossas existências.
Todos participamos desse lado espiritual, pela capacidade de emitir pensamentos, de refletir pensamentos e, graças a essas ondas que atiramos para o espaço, atraímos entidades semelhantes a nós. Atraímos seres simpáticos a nós, que se afinam conosco.
É por isso que, de ordinário, são os Espíritos que nos dirigem. Comumente são os Espíritos que nos dirigem.
Mas existe uma questão fundamental em tudo isso.
Será que estamos vulneráveis a essa interferência dos Espíritos sem que nada possamos fazer?
Não. Não estamos vulneráveis. Cada qual de nós, através do seu procedimento na vida, do tipo de pensamento que alimente, do tipo de conduta que tenha, atrairá para junto de si entidades dos mais variados teores, dos mais diversos tipos.
É dessa forma que vamos definindo quais são os Espíritos que comumente nos dirigem, que ordinariamente nos dirigem; são aquelas entidades para as quais abrimos o nosso campo mental.
Os Espíritos que nos dirigem podem ser do bem ou podem ser da sombra. Se somos indivíduos humanos interessados no bem, buscando o bem, onde quer que estejamos, seja no que for que façamos, automaticamente, podemos garantir que as entidades que nos secundam, que nos influenciam, são de boa índole, são Espíritos do bem.
Se as nossas ações na Terra são negativas, são perturbadoras, são egoísticas, vaidosas, excentricamente desastradas, natural é pensar que as entidades que tomam acento no espaço de nossa vida, são entidades desse naipe, desse tipo, dessa estrutura moral.
Por isso, é muitíssimo importante que, através da nossa vivência, através do nosso modo de ser e de viver, façamos contatos com Espíritos sãos, com Espíritos do bem, com Espíritos da Luz.
É importantíssimo admitirmos que somos Espíritos que vivemos num mundo encharcado deles.
Foi o Apóstolo Paulo que nos disse que estamos cercados por uma nuvem de testemunhas.
Isso mais tarde vai ser confirmado pela Doutrina Espírita, por meio da pergunta a que nos referimos: Interferem os Espíritos em nossos pensamentos e atos? Sim, eles interferem muito mais do que imaginais. Eles interferem a tal ponto que comumente são eles que vos dirigem.
É muitíssimo importante e grave sabermos que a nossa felicidade, espiritualmente falando, ou a nossa desdita, dependem de nós.
Saber que, no mundo dos Espíritos, as entidades não têm acesso franco à nossa vida senão quando lhes abrimos portas através dos pensamentos e atos de cada dia.
Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 179, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em setembro de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 04.10.2009.
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