Mar imenso...Quietude perene...Movimento eterno...
Permite que eu suba do teu seio e aos ares me erga - levíssima!...
Raio solar, vem cá!, ajuda-me a subir. Empresta-me esse fiozinho dourado...
Oh maravilha! Vou subindo, subindo - feito esbranquiçado vapor...
Alto, sempre mais alto - por cima das grimpas da selva, por cima dos cumes dos montes...
Ah! Quão grande é o mundo! Quão azul é o espaço!...
Que é isso? Um sopro de ar que me empolga...
Um vento me arrebata...
Lá vou eu, minúscula gotinha, sobre as asas das brisas, associar-me a muitas irmãs...
Formamos um Estado, uma República de gotas - uma nuvem...
Perdemos de vista o mar e a praia e os rochedos - e tudo...
Corremos por cima de selvas imensas, de montes altíssimos. Semanas a fio - de dia e de noite...
Até que, por fim, à falta de auras, paramos por cima de vastas planícies...
De súbito nos rompe do seio centelha vivíssima - e surdo trovão desperta ecos soturnos no recôncavo da serra...
Tamanho foi o abalo do feroz estampido que tombei das alturas - e milhares de irmãs comigo tombaram...
Alagamos florestas, pomares, jardins - saciando a sede de seres em conta.
E fomos correndo, correndo, sem nunca parar - sem saber para onde...
Sempre de cima para baixo - nunca de baixo para cima - porque perdemos as asas...
As asas invisíveis que o sol nos tecera...
De todos os lados nos vêm contingentes, pequenos e grandes, sócios de viagem...
Eis que de súbito se abre ante nós planície imensa - o mar!
Lancei-me em seus braços - afundei em seu seio...
Contei-lhe as mil aventuras que na longa jornada tivera...
E preparei-me para nova viagem...
Oh! Vida ditosa! Andar pelo mundo espargindo benefícios - Regressar à origem colhendo energias - e novos benefícios difundir!...
Tal é teu destino, minh'alma, no mundo dos homens - gotinha minúscula...
Tépidos bafejos de raios divinos te erguem do seio das vagas...Em asas etéreas...
Auras benignas te tangem pelo mundo das almas...
Vínculos de amor te unem a outras gotinhas.
Um raio, um trovão, um grande abalo - e desces, gotinha cristalina, sobre as almas humanas...
E retornas ao seio do mar - buscar novas forças para novo trabalho...
Asas etéreas - para nova viagem...
Gotinha de Deus...
Permite que eu suba do teu seio e aos ares me erga - levíssima!...
Raio solar, vem cá!, ajuda-me a subir. Empresta-me esse fiozinho dourado...
Oh maravilha! Vou subindo, subindo - feito esbranquiçado vapor...
Alto, sempre mais alto - por cima das grimpas da selva, por cima dos cumes dos montes...
Ah! Quão grande é o mundo! Quão azul é o espaço!...
Que é isso? Um sopro de ar que me empolga...
Um vento me arrebata...
Lá vou eu, minúscula gotinha, sobre as asas das brisas, associar-me a muitas irmãs...
Formamos um Estado, uma República de gotas - uma nuvem...
Perdemos de vista o mar e a praia e os rochedos - e tudo...
Corremos por cima de selvas imensas, de montes altíssimos. Semanas a fio - de dia e de noite...
Até que, por fim, à falta de auras, paramos por cima de vastas planícies...
De súbito nos rompe do seio centelha vivíssima - e surdo trovão desperta ecos soturnos no recôncavo da serra...
Tamanho foi o abalo do feroz estampido que tombei das alturas - e milhares de irmãs comigo tombaram...
Alagamos florestas, pomares, jardins - saciando a sede de seres em conta.
E fomos correndo, correndo, sem nunca parar - sem saber para onde...
Sempre de cima para baixo - nunca de baixo para cima - porque perdemos as asas...
As asas invisíveis que o sol nos tecera...
De todos os lados nos vêm contingentes, pequenos e grandes, sócios de viagem...
Eis que de súbito se abre ante nós planície imensa - o mar!
Lancei-me em seus braços - afundei em seu seio...
Contei-lhe as mil aventuras que na longa jornada tivera...
E preparei-me para nova viagem...
Oh! Vida ditosa! Andar pelo mundo espargindo benefícios - Regressar à origem colhendo energias - e novos benefícios difundir!...
Tal é teu destino, minh'alma, no mundo dos homens - gotinha minúscula...
Tépidos bafejos de raios divinos te erguem do seio das vagas...Em asas etéreas...
Auras benignas te tangem pelo mundo das almas...
Vínculos de amor te unem a outras gotinhas.
Um raio, um trovão, um grande abalo - e desces, gotinha cristalina, sobre as almas humanas...
E retornas ao seio do mar - buscar novas forças para novo trabalho...
Asas etéreas - para nova viagem...
Gotinha de Deus...
De "De Alma para Alma"
De Huberto Rohden
De Huberto Rohden
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