Os
filmes Mar Adentro e Menina de Ouro trouxeram de novo à baila a questão
da Eutanásia - ato de apressar, sem dor ou sofrimento, a morte de um
doente incurável. Embora ilegal, 16 médicos entrevistados pela Folha de
S.Paulo (20/2/05) disseram que a eutanásia é prática habitual em UTIs do
País. Para eles, é uma forma de abreviar o sofrimento do doente e de
sua família, além de satisfazer a aspectos práticos como o de desocupar
leitos para os que têm mais chances de sobreviver, ou o de baratear os
altos custos da UTI, uma preocupação obsessiva da medicina privada.
Segundo a mesma reportagem, os Conselhos Regionais de Medicina
inclinam-se também a aceitá-la.
Nos
hospitais é comum ver-se a aplicação do coquetel sedativo na veia do
paciente terminal. Quando a dosagem do remédio não faz mais efeito, o
médico aumenta-a, gradativamente, apressando, com isso, a sua morte,
porque a sedação é tóxica. Quer desligando os aparelhos, quer aumentando
a sedação, a intervenção do médico é decisiva e tem apressado a morte
de muitos pacientes.
Não
é isto um terrível contra-senso? O médico não jurou lutar sempre pela
vida? Débora Diniz, professora de Bioética da Universidade de Brasília,
disse ao repórter que não é bem assim. Para ela, a eutanásia é um
direito individual, de modo que, embora haja o conflito ético, essa
atitude pode ser vista como um “gesto de solidariedade do médico” em
relação ao seu paciente. Infelizmente, esta é a tendência predominante
no mundo de hoje, a da bioética utilitarista, que dá ao paciente
autonomia para decidir quanto ao momento da morte.
Com
base nesse modelo, a Holanda e a Bélgica legalizaram a eutanásia e o
Estado do Oregon, nos EUA, aprovou lei que permite, desde 1994, o
suicídio medicamente assistido, em que o médico ajuda o doente a morrer.
Vivemos o apogeu da era materialista e hedonista na face da Terra.
O corpo é visto como uma coisa que se pode descartar, quando não mais apresenta a propalada “qualidade de vida”, comumente associada, pelos materialistas, à juventude, aos gozos da liberdade e do movimento, e do pleno funcionamento das faculdades mentais.
Como se o ser humano fosse um boneco que não devesse passar por outros tipos de experiências, como a da decrepitude física e mental.
O corpo é visto como uma coisa que se pode descartar, quando não mais apresenta a propalada “qualidade de vida”, comumente associada, pelos materialistas, à juventude, aos gozos da liberdade e do movimento, e do pleno funcionamento das faculdades mentais.
Como se o ser humano fosse um boneco que não devesse passar por outros tipos de experiências, como a da decrepitude física e mental.
Para
o médico espírita, porém, o paradigma é outro. O modelo personalista
espírita considera a vida um direito natural, inalienável.
Quanto mais estuda os fenômenos da natureza, mais convence-se de que a vida resulta de um primor de planejamento, e mais se curva ante o poder do Grande Programador - Deus, a Sublime Consciência do Universo.
Quanto mais estuda os fenômenos da natureza, mais convence-se de que a vida resulta de um primor de planejamento, e mais se curva ante o poder do Grande Programador - Deus, a Sublime Consciência do Universo.
Com
base na fé raciocinada, o médico espírita tem certeza de que a
eutanásia é um gesto de insubordinação, de rebeldia, da criatura perante
o seu Criador, e que, no devido tempo, responderá por ela, assim como
os demais envolvidos. Que Jesus nos livre de semelhante crime em nossa
Constituição.
Amigos vamos orar com mais fervor para que as falanges espirituais inferiorizados moralmente bem como aqueles que mudam e fazem as leis do nosso país não cometam esse crime, às leis de D'us. Vamos orar para que na nossa constituição esteja livre desse ato brutal e criminoso.
Amigos vamos orar com mais fervor para que as falanges espirituais inferiorizados moralmente bem como aqueles que mudam e fazem as leis do nosso país não cometam esse crime, às leis de D'us. Vamos orar para que na nossa constituição esteja livre desse ato brutal e criminoso.
Estejamos em paz com Jesus.
Dra. Marlene Nobre (presidente da AME Brasil e AME Internacional), Médica ginecologista.
Matéria publicada na Folha Espírita em março de 2005
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