EQUÍLIBRIO PERANTE OS IMPREVISTOS
A dinâmica da vida nos insere em experiências diversas. Conscientes
de que somos seres em evolução nessa dinâmica, de que somos Espíritos
imortais, podemos procurar agir com uma visão mais ampla e profunda dos
acontecimentos.
Como? Eis um jeito de fazer isso: não dos deixando abalar pelo
impacto de coisas que nos descontentam, pelos imprevistos, mas tentando
perceber o seu sentido e a sua necessidade para a nossa melhoria.
Nem sempre a vida espera que estejamos preparados, para nos trazer
suas questões (que, no fundo, são as nossas, refletindo nossas
necessidades evolutivas). Em geral, a primeira coisa que fazemos em
situações tensas é nos agarrarmos ao passado. Aos fatos semelhantes de
outros tempos. Às possíveis consequências negativas ou desagradáveis que
carrearam.
E esses pensamentos nos levam a nos enrijecer, perante a situação que
se apresenta, quando seria mais importante nos soltarmos e ficarmos
mais sensíveis, para agir com mais flexibilidade e confiança.
Essa tensão que nos colhe, no entanto, tem um motivo: ela vem do fato
de encararmos negativamente as possíveis mudanças e de sonharmos com
uma impossível estabilidade.
A estabilidade jamais esteve nas coisas, nem nunca estará: é a força
da alma que nos concede serenidade, enquanto as circunstâncias externas
são mutáveis. Não podemos determinar os acontecimentos, porque eles não
obedecem aos nossos desejos e nem funcionam segundo a nossa lógica
particular. Mas podemos solicitar inspirações e intuições no sentido de
que venham boas ideias, visões de opções e de caminhos viáveis,
sobretudo se estivermos imbuídos de bons sentimentos e com o coração
aberto, além da mente positiva e receptiva.
Somos mais que o físico, somos mais até que aqueles nossos aspectos
mentais e emocionais que, habitualmente, nos elevam ou nos derrotam, se
não estamos vigilantes. Se não podemos controlar pessoas e
acontecimentos, podemos escolher agir melhor perante eles!
É uma boa providência, em favor do equilíbrio interno e da harmonia,
observar para onde dirigimos nossa atenção, nossos pensamentos. Para
quais fatos. Quais coisas. Quais pessoas. E perceber como isso nos
afeta. E dentro do conhecimento que a filosofia espírita nos
proporciona, modificar pensamentos negativos, diluir estados emocionais
pesados, de ansiedade ou sofrimento, que apenas nos desgastam sem
ajudar, nem a nós mesmos, nem os outros eventualmente ligados à mesma
circunstância.
É possível um equilíbrio, sim, ampliando a visão do que acontece, ter
mais positividade e menos receios. Acreditar mais na sabedoria das leis
do Universo e menos nas nossas preocupações que sempre vêm de uma
limitação de perspectiva.
Desejo que hoje minha mente descanse na gratidão pelas bênçãos
recebidas, na leveza e no parentesco universal com tudo aquilo que
evolui e se torna mais inteligente, maduro e amoroso, enquanto atravessa
suas vivências e desafios.
Autoria: Rita Foelker
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