OS CINCO ITENS PARA ELEVAR NOSSO PENSAMENTO
1 - A vida é bela
Se nós observamos a paisagem, ela é
encantadora. Nas muitas vezes que estamos com
os óculos da melancolia, vêmo-la de uma forma
triste e depressiva, mas não é a paisagem;
quando estamos alegres, um poço de lama
pútrida apresenta-se-nos como uma
oportunidade de transformar o jardim; quando
estamos tristes, a fonte cantante parece um olho
que verte lágrimas de dor. A paisagem é a
mesma; nossa disposição de fitá-la é que torna
essa paisagem luminescente ou sombria. Então,
quando colocamos o santo óleo do amor no
coração e as lentes transparentes da alegria, a
vida é sempre bela.
2 - Eu nasci para amar
Todos nós nascemos para amar. Ocorre que em
nosso trânsito evolutivo nosso egotismo leva-nos
a querer ser amados e negociamos o amor. O
amor para nós só tem sentido se houver uma
resposta, e então isso não é amor. O amor é
como perfume, ele exterioriza. É claro que em
nosso sentido de humanidade gostaríamos de
receber a resposta, mas não é tão importante,
porque as pessoas que recebem respostas
afetivas nem sempre são plenas, tornam-se
caprichosas e cada vez querem mais. Então,
quando do nós amamos, sempre a vida responde,
porque o ato de amar é uma forma de ser feliz. A
vida é uma canção de serviço: todo aquele que
não vive para servir ainda não aprendeu a viver.
3 - Eu vivo para servir
O Rotary tem um pensamento extraordinário:
aquele que não vive para servir, não serve para
viver. A mim, apesar da beleza, me parece um
tanto pessimista; eu o substituiria: aquele que
não vive para servir, não merece viver. Então, eu
diria, ainda, que não aprendeu a viver, porque a
gente aprende a viver quando se torna útil,
quando a gente sabe que a vida tem um sentido,
que a vida tem um significado.
4 - O mal que me fazem não me faz mal, o mal que me faz mal é o mal que eu faço, porque me torna um ser mau
Invariavelmente nós valorizamos mais o mal do
que o bem. Há uma bela história de psicologia:
Um professor foi dar uma aula de avaliação
comportamental e chegando na classe estendeu
sobre o quadro de giz um imenso lençol alvo;
depois tomou de um pincel e na ponta do lençol
colocou pequena mancha, e perguntou aos
alunos: que vêem? Todos, em uníssono: uma
mancha! Ninguém viu o lençol. A mancha era mil
vezes menor que o lençol; é a tendência para ver
desenfocada a realidade. Ninguém sequer diz:
vejo o lençol com uma mancha. É nosso
atavismo ver o lado negativo. Por quê? Por causa
dos nossos instintos primários.
Os três instintos básicos da vida são:
alimentação, repouso e nutrição; por causa deles
os animais matam; por causa deles nós também
matamos e por esse instinto de ver sempre a
supremacia sobre o mais fraco nós adquirimos
uma tendência negativista, porque armazenamos
mais idéias negativas que positivas e graças a
isso nós nos perdemos ante a realidade. Na hora
que aprendermos a servir, nós superaremos todos
esses condicionamentos, e se não recebermos
respostas é porque nosso serviço não foi tão
profundo que mudasse a estrutura daquele ou do
lugar a que estaremos servindo.
Em realidade, quando alguém não gosta da gente,
o problema não é nosso, é da pessoa. Se alguém
fala mal de nós, há de ter um fator de
desequilíbrio de quem fala: há inveja, há
competição, há insensatez, o desejo de superar,
ou simplesmente uma alma atormentada. Então,
se alguém não gosta de nós, o problema é da
pessoa.
Mas quando nós não gostamos de alguém o
problema é nosso. Porque nós é que não estamos
bem, nós é que estamos doentes, daí o mal que
me fazem não me faz mal, porque a vibração
negativa só encontra apoio quando há
consonância; se eu me mantiver acima da faixa
vibratória daquele que não gosta de mim, não há
um plugue para a fixação da tomada do meu
sentimento, então, seu mal não me atinge; mas
se eu reagir e descer ao mesmo nível, então aí o
mal me faz mal. Agora, o mal pior não é aquele
que nos fazem, é o que nós fazemos, porque nos
torna pessoas más; daí, nós devemos encetar
todo esforço para nunca retribuir o mal com o
mal.
Quando alguém nos persiga, calunie e até minta,
acusando-nos por coisas que jamais passaram
por nossa mente, porque as mentes são muito
férteis e há um ângulo da psicologia, no capítulo
das patologias, a mentira, a pessoa sempre
mente e quando percebe que seu objetivo não
logrou, a pessoa cria coisas que não existem,
mas na mente dele acontecem; é o transtorno
psicológico: ele vê o que existe dentro de si; nós
não devemos reagir, devemos agir, deixar que o
tempo responda, porque a pessoa também vai
amadurecer, vai viver, vai aprender com a vida e
merece amor, porque amar a quem nos ama é
muito fácil, amar a quem nos hostiliza ou não
simpatiza conosco, esse é o grande desafio.
5 - Há um sol brilhando dentro de mim
Há um sol que brilha dentro de nós: é a presença
do amor, porque normalmente o sol brilha fora e
nós, que estamos no meio, projetamos sombra;
quando instalamos o sol do amor dentro de nós,
na crença, na beleza, nós nos tomamos uma
lâmpada que irradia em todas as direções.
Conclusão:
Então, a vida é bela, como diz Joanna de Ângelis;
eu nasci para amar, e a gente, quando nasce para
amar, tem sempre que fazer alguma coisa para
que o mundo se torne digno de ser amado. Eu
nasci para servir; então, estamos aqui com um
objetivo superior; o mal que me fazem não me faz
mal, porque toda vez que alguém pensa em mim
negativamente, isso deve constituir um estímulo
para que eu avance na direção do bem; e o sol
que brilha dentro de nós é a presença do amor.
Joanna de Ângelis
Fonte: Revista Visão Espírita, nº 17 - coluna
Diálogo Franco ) . Paz e Luz
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