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03 março 2018

Qual o destino dos suicidas? - Hugo Lapa



QUAL O DESTINO DOS SUICIDAS?




Uma pessoa que se suicida vai sempre direto ao inferno ou ao umbral?

Não… Apesar de existir uma crença comum, tanto no catolicismo quanto no Espiritismo de que o suicídio conduz inevitavelmente ao umbral, essa ideia não tem razão de ser e vamos explicar por quê.

Quando uma pessoa se suicida, ela geralmente se encontra num estado de consciência de muita perturbação. Na maioria das vezes o suicida passou por muitos sofrimentos. Ele vive uma constante angústia, uma profunda depressão, já não acredita mais na vida e perdeu todas as esperanças de melhora. Por isso, a única saída que ele percebe para dar fim ao seu sofrimento é o suicídio. Nesse caso, o suicida pratica o autoextermínio e desencarna com uma imensa carga de emoções negativas.

Vamos então entender que, no momento do desencarne, o suicida faz a sua passagem bastante impregnado de uma energia muito negativa, muito densa, extremamente pesada e desarmônica. Essas energias bem baixas tomam conta de seu espírito, e consequentemente, o conduzem aos planos inferiores do mundo terrestre. Por que então se diz que o suicida vai direto ao inferno? Costuma-se fazer essa afirmação por que é imenso o número de suicidas que desencarnam com uma energia bastante pesada… e esse peso vibratório os conduz às zonas inferiores. Esse é o motivo dos espíritos que se suicidaram irem direto ao umbral. Na hora do ato suicida, eles estão demasiadamente envolvidos com energias inferiores, muito baixas, e por isso, acabam descendo a níveis igualmente inferiores, que são compatíveis com as energias que ele cultivou momentos antes de desencarnar, assim como horas antes, dias antes, meses antes e até anos antes.

Isso significa que os espíritos suicidas desencarnam com uma intensa carga negativa e é justamente essa carga que os leva a expiar nas zonas inferiores. Muitos acreditam que os suicidam vão ao umbral ou ao inferno por conta de um “pecado” que cometeram, por terem violado um “decreto” divino. Esse suposto decreto divino estabeleceria que todo suicida deve ir diretamente ao inferno ou ao umbral, porque esta é uma lei divina e a lei divina sempre se cumpre. Isso não é verdade. É verdade que a lei divina sempre se cumpre… mas não há nenhum decreto divino, nenhuma lei da natureza que estabeleça o destino inexorável infernal aos espíritos que se suicidam.

O que existe, isso sim, é uma lei denominada “lei da afinidade” ou “lei da sintonia”. Essa lei prevê que “semelhante atrai semelhante”. Logo, se um espírito desencarna com uma energia negativa, ele será automaticamente atraído para uma zona de igual negatividade. A negatividade que ele gerou vai leva-lo a mesma negatividade após a morte. Vamos supor que pudéssemos estipular níveis de vibração dos espíritos. Imaginemos que um espírito se suicide na vibração -34. Para onde iria esse espírito após a morte? Ele não poderia ir a outra zona espiritual senão para a zona -34 do umbral. Ele vai para esse nível pois é exatamente essa a energia que ele se encontrava antes e durante o ato de forçar a retirada do seu corpo físico. Vamos supor que outro espírito tenha desencarnado no nível -12. Para onde este espírito vai após a morte? Vai naturalmente para a zona -12 dos níveis espirituais do planeta Terra, pois é lá que a sua energia está sintonizada.

A lei da sintonia, essa sim, é inexorável. Não pode ser violada de nenhuma forma. Todos os espíritos estão no nível exato que lhes corresponde. Quem quiser informações mais detalhadas sobre a “lei da afinidade” pode ir ao blog de Hugo Lapa e pesquisar a mensagem com esse mesmo nome.

Dessa forma, fica claro que não existe nenhuma lei a priori, nenhum decreto de Deus que estipula algo como “Todo suicida deve ir necessariamente ao inferno”. Não existe tal coisa. Vamos lembrar de O Livro dos Espíritos quando o espírito da Verdade afirma que as leis de Deus estão inscritas na consciência. Por esse motivo, quem violar estas leis será punido por quem? Por Deus? Não… será punido pela própria consciência, que nos conduzirá a zona de consciência mais ou menos elevada, conforme a vibração e elevação espiritual atingida na Terra.

Essa explicação faz cair por terra a ideia de que “se matou, vai pro umbral”. Podemos dizer que é sim possível uma pessoa se suicidar e não ir ao umbral. Isso dependerá de sua energia, de sua consciência e também se seu arrependimento após a morte. Caso ele consiga se libertar das energias negativas que ele mesmo produziu, ele pode ascender e não precisar ir a zonas inferiores. Nossa própria consciência nos leva ao bem ou ao mal que criamos, nos conduz a ruína ou às realizações… nos leva a paz ou ao sofrimento. E tudo isso é decorrência de tudo o que criamos ao longo da encarnação e das sucessivas encarnações da alma. Como diz a máxima: “Não acredite em punição divina, pois o que o homem planta… ele mesmo colhe”.


Hugo Lapa


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