Num passado longínquo fui padre católico, mas não cumpridor de meus deveres.
Exigia dos devotos aquilo que eu não praticava, saia dos códigos da igreja, mas exigia dos fiéis o fiel cumprimento deles.
Era como aquele que diz: “Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.”.
Pois bem em meus deslizes conquistei o amor de uma jovem, jovem essa inocente que caiu em minha rede de ilusões baratas.
Ela engravidou e eu fui pai de um menino. É claro e evidente que não assumi meu erro, e ela, pobre coitada foi humilhada e praticamente enxotada da comunidade.
Não criou seu filho porque eu o criei. Foi a única coisa boa que fiz. Crie-o como um enjeitado que foi “posto” em minha porta.
Mas não foi bem assim: Uma noite, a criança ainda tinha poucos dias, fui procurado em minha casa por essa moça infeliz, que devia me odiar. Mas ela disse que me amava e por esse amor eu devia criar aquela criança que era inocente e que não merecia estar a seu lado para sofrer.
Eu o criei. A moça desapareceu do lugar e mais tarde vim a saber que havia tirado sua própria vida.
Pois bem, eu prossegui minha vida de sacerdote “digno” para os olhares da maioria das pessoas, um santo sacerdote que criava um filho alheio (meu próprio filho).
Fiquei velho, meu filho celibatário e muito cuidadoso comigo, me ajudou e ficou comigo até os minutos finais de minha existência.
Desencarnei, como falam vocês. Mas não fui recebido por nenhum anjo ou parente. Fui recebido por ela, àquela moça a quem prejudiquei.
Ela amorosamente me falou: Não disse que te amava? Hoje amo-te como irmão, vim receber-te. O que fizeste para meu filho foi capaz de me dar forças para perdoar-te. Ele hoje vive por ti e eu vivo por Jesus. Vem vou ajudar-te a conhecer o verdadeiro cristão, o verdadeiro servidor de Cristo. Eu te perdoo... O quê aconteceu com nós é de nossa responsabilidade e temos que reparar.
Vamos voltar para convivermos juntos em nova encarnação assim que te recuperares e só assim vamos dar cumprimento à lei de causa e efeito. Vou ser tua filha e pagar pelo que fiz a meu corpo suicidando-me, e tu voltas como meu pai, me criando como uma criança muda para que tu possas depurar às vezes que quis dizer-te que estavas errado, mas que tu continuavas a me seduzir até meu desenlace final.
Só Deus poderá nos fortalecer para que possamos cumprir seus desígnios que são para nosso próprio bem.
Saturemos nossos espíritos com os ensinamentos de Jesus, mas os ponhamos em pratica. Não precisamos falar, mas exemplificar.
O verdadeiro sacerdócio não é aquele que usa uma batina, mas aquele que se encouraça a túnica da caridade, do amor, da compreensão e que consegue pacificar os corações dos que os rodeiam.
Sabendo que aquilo que praticamos como nosso semelhante estamos fazendo a nós mesmo. Aquilo que conseguimos fazer calar nosso coração e nossa vontade para não ferirmos ao nosso irmão é que nos eleva e nos faz galgar o infinito.
Que Deus nos ajude a cumprir seus desígnios.
Uma história ocorrida a muito tempo atrás e contada por Elíssima, mentora da médium.
Médium: Catarina
Fonte: Cartas Espírtas
Psicografia recebida em 2019
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