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26 setembro 2019

Rifas, coletas, peditórios, tômbolas e quejandos - Rogério Coelho



RIFAS, COLETAS, PEDITÓRIOS, TÔMBOLAS E QUEJANDOS


O espírita-cristão não pode deixar-se levar pelos costumes daqueles que ainda não se amoldaram às claridades do Consolador

“E quanto fizeres, por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus, o Pai.” – Paulo. (Colossenses 3:17)

“O discernimento é o caminho para o acerto” (afirma o Espírito André Luiz). E completa o nobre Mentor citado: o Espírita-Cristão, que já se deixou permear pelos ensinamentos da Boa-Nova, não pode, em hipótese alguma, se deixar levar pelos usos e costumes daqueles que ainda não se amoldaram às claridades do “Consolador”, vez que a Seu tempo, Jesus jamais se acumpliciou com o erro, mesmo aquele que a maioria nem considerava propriamente erro.

Hoje não pode ser diferente! Há que se apelar para o discernimento. A pureza doutrinária não poderá ser conspurcada pela jaça de atos desarrazoados, embora enquadrados no uso geral.

Queremos, entre outras coisas, referir ao lamentável expediente de rifas, coletas, peditórios, tômbolas e quejandos, no meio espírita.

O Espírita responde por sua qualificação nos múltiplos setores da experiência. Utilizarmo-nos de recursos indevidos para os trabalhos na Seara de Jesus será angariar dívidas a onerar nossa folha de serviços e os Benfeitores Espirituais irão nos cobrar por isso. Façamos tudo em nome de Jesus, porém, façamo-lo certo. Jogos de azar, nunca!…

Trabalhar na Seara de Jesus é honra que devemos dignificar. Trabalhemos, pois, com zelo e de forma correta, para não sermos, depois, chamados às falas pelos Benfeitores Espirituais.

As Instituições Espíritas não podem depender desses expedientes para ampliar instalações, manter departamentos de assistência social ou qualquer outra atividade. Despesas certas não podem estar atreladas a receitas incertas e muito menos ilegais.

Os frequentadores das Casas Espíritas, mormente aqueles que chegam pejados de sofrimentos em busca de lenitivo para suas dores, não podem ser incomodados com tais práticas. Muito menos os que não são espíritas!

As atividades da Casa Espírita devem ser ajustadas aos recursos que se lograr amealhar sem expedientes espúrios. E existem tantas maneiras honestas e éticas para suprir de recursos as necessidades como: chá beneficente, almoço-fraterno, bazar da pechincha, contribuições espontâneas de todos aqueles que, sem constrangimentos ou coação de qualquer espécie desejam auxiliar o próximo, etc, etc…

Temos notícias de uma Instituição Espírita em que seus componentes fabricam massa de pastel para as lanchonetes da cidade. Com esse sistema, conseguiram arrecadar recursos não só para construir sua sede própria, mas também para manter expressiva assistência social.

Todo movimento espírita, principalmente os projetados para fora das paredes dos Centros, deve vir – necessariamente – escoimado de todo azinhavre dos usos e costumes infelizes e pautados no mais lídimo equilíbrio e sensatez doutrinários. Não podemos compactuar com os erros dos costumes equivocados que precisam ser urgentemente erradicados.

Dia virá em que todos se conscientizarão de que “amar o próximo”, é lei impostergável e definitiva; e para que isso aconteça, desde já, devemos, nós Espíritas, fazer uso pleno de nossa força e inteligência para a superação dos obstáculos e limitações sem nos comprometermos ou compactuarmos com o erro.

Fazer as coisas em nome de Jesus implica, necessariamente, sintonia com as faixas do bem. E esses recursos espúrios que vimos de assinalar, não coadunam com a pureza da mensagem de Jesus cujo conteúdo devemos assimilar em espírito e verdade.

Nos trabalhos da Seara do Mestre os fins não justificam os meios. Atentemos para isso, e, consoante instrução do grande servidor do Cristo nas horas primeiras, “tudo quanto fizermos, por palavras ou por obras, façamos tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus, o Pai”.


Rogério Coelho

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