Para estes dias de tanto medo, eu desejaria ser aquele que o pudesse afugentar das mentes e dos corações.
Desejaria que as mães tivessem mais tranquilidade quando deixassem
seus filhos na escola, com a certeza de que ali seria um lugar onde nada
além das letras, dos números, das linhas retas e curvas, da camaradagem
pudesse existir.
Desejaria que enquanto as pessoas se dirigem ao mercado para a
aquisição do alimento, não sofressem os sobressaltos das loucuras do
trânsito, nem eventuais tentativas de assalto.
Tudo assusta. Tudo atemoriza. Eu desejaria que ao levarmos as
crianças para brincar nos parques, não precisássemos estar atentos à
maldade de sequestro ou de balas aleatórias, sempre mortais.
Desejaria que no mundo houvesse menos doenças, menos fome, menos
ameaças de guerra. Que se falasse mais em construir do que em destruir.
Que se preservassem os monumentos do passado, como a História gravada
em pedra a nos dizer do que os nossos antepassados nos deixaram como
legado.
Que se preservassem os museus, porque falam dos passos de uma
Humanidade que lutou, conquistou, atravessou fases difíceis, mas não
esqueceu da arte, nem da ternura.
Então, poderíamos continuar a nos extasiar ante os quadros dos pintores de distantes países ou do nosso próprio.
Poderíamos ler em telas vibrantes o colorido da História e verificar que as cores da guerra não deveriam ser reprisadas, jamais.
Os documentos, as imagens nos falam de períodos insanos de sofrimento, em que irmãos mutilam ou matam seus irmãos.
E, como num altar, faríamos a promessa de lutar pela paz que começa em cada um de nós.
Começa na obediência às leis humanas e divinas. E deixaríamos as
armas que matam para abraçar as ferramentas da construção do bem.
Como motoristas, respeitaríamos as leis de trânsito, zelando pela
manutenção do veículo de que nos servimos, não ultrapassando a
velocidade permitida, aguardando, sem pressa, a nossa vez de trafegar.
Respeitaríamos as pessoas que andam pelas ruas e os que transitamos
pelas ruas, teríamos cuidado conosco mesmo, igualmente respeitando as
leis, preservando a nossa e a vida do semelhante.
Seria tão bom se em vez de espalharmos tantas notícias alarmantes
pelas redes sociais, todas as desavenças e pequenas querelas que nos
ocorrem, propagássemos mais o Amor de Deus.
Falássemos mais da esperança do mundo que todos podemos construir
juntos, pudéssemos convocar as pessoas a pensar em coisas positivas, a
educar bem seus filhos, a espalhar notícias de tantos que vivem o mundo
de regeneração, no serviço ao seu semelhante.
Seria tão relevante que convidássemos as pessoas a ter momentos de meditação, momentos para si mesmas, realizando uma viagem interior, para entregar-se Àquele que é nosso Criador, Deus, que a tudo preside e tudo governa.
Seria tão bom se pensássemos mais nEle, na Sua Providência, no Seu Amor.
Nossas vibrações, com certeza, colaborariam imensamente para a
melhoria da psicosfera do nosso planeta, tão rico de bênçãos e tão
maltratado por nós, física e psiquicamente.
Que tal começarmos hoje a concretizar nosso sonho de paz, de amor, de alegrias?
Redação do Momento Espírita
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