Os cristãos primitivos, convencidos da sobrevivência do Espírito aos despojos materiais, enfrentavam a morte cantando hinos de alegria.
No corpo, consideravam-se encarcerados, anelando pela liberdade.
Na limitação orgânica, sentiam-se em área estreita e sombria, desejando a luminosidade do amanhecer eterno.
Sob a constrição da matéria, experimentavam cativeiro perturbador e, por isso mesmo, esforçavam-se para alcançar a libertação.
Para esses cometimentos, desenvolviam os sentimentos nobres, refundiam a esperança no futuro, guardavam as reflexões em torno do amor eterno, nunca se detendo a considerar o trânsito carnal como realidade plenificadora.
Viviam as experiências terrenas com lucidez, preservando a certeza de que, por mais se alongassem, paralisariam na interrupção do corpo através da morte, a fim de as prosseguirem noutra dimensão imperecível, compensadora.
Em face dessa convicção, jamais se atemorizavam diante da própria morte, como da dos seres amados.
Fixando a mente e os ideais na sobrevivência, viviam no mundo como alunos numa escola, como hóspedes e não como residentes fixos, aguardando que o fluxo da vida mudasse de direção...
Martirizados ou perseguidos, recebiam a penalidade como forma de sublimação e de mais fácil ascensão à glória imortal.
O infortúnio do exílio, a separação dos bens e da família, embora os fizessem sofrer, não os desesperavam, por confiarem no reencontro futuro e na conquista de mais valiosos tesouros de paz e autorrealizaçáo.
O Cristianismo é doutrina de imortalidade que exalta a sobrevivência do ser, estruturado na Ressurreição de Jesus, o momento glorioso do Seu ministério ímpar.
A Idade Média, porém, com as suas superstições e fanatismos, envolveu a morte em terríveis sombras, vestindo-a de pavor e de exóticas formulações.
Exéquias demoradas, tecidos negros e roxos, ritos soturnos, cantochões deprimentes, carpideiras profissionais, cerimônias macabras, davam a impressão de horror e desalento em referência à morte.
Descambando para comportamentos monetários e realizações negociáveis, o espetáculo mortuário fez-se aparvalhante pela forma, desvirtuando o conteúdo da realidade imortalista...
O conhecimento da sobrevivência brinda a certeza em torno da continuação da vida depois do decesso carnal, e a morte passa a ser recebida com serenidade, com alegria.
À medida que os fatos confirmam a indestrutibilidade da vida, morrer deixa de ser tragédia, transformando-se em mecanismo que facilita o renascimento em outra esfera, no mundo espiritual.
A sobrevivência é o coroamento da existência física, que se transforma através do fenômeno biológico da morte.
No corpo, consideravam-se encarcerados, anelando pela liberdade.
Na limitação orgânica, sentiam-se em área estreita e sombria, desejando a luminosidade do amanhecer eterno.
Sob a constrição da matéria, experimentavam cativeiro perturbador e, por isso mesmo, esforçavam-se para alcançar a libertação.
Para esses cometimentos, desenvolviam os sentimentos nobres, refundiam a esperança no futuro, guardavam as reflexões em torno do amor eterno, nunca se detendo a considerar o trânsito carnal como realidade plenificadora.
Viviam as experiências terrenas com lucidez, preservando a certeza de que, por mais se alongassem, paralisariam na interrupção do corpo através da morte, a fim de as prosseguirem noutra dimensão imperecível, compensadora.
Em face dessa convicção, jamais se atemorizavam diante da própria morte, como da dos seres amados.
Fixando a mente e os ideais na sobrevivência, viviam no mundo como alunos numa escola, como hóspedes e não como residentes fixos, aguardando que o fluxo da vida mudasse de direção...
Martirizados ou perseguidos, recebiam a penalidade como forma de sublimação e de mais fácil ascensão à glória imortal.
O infortúnio do exílio, a separação dos bens e da família, embora os fizessem sofrer, não os desesperavam, por confiarem no reencontro futuro e na conquista de mais valiosos tesouros de paz e autorrealizaçáo.
O Cristianismo é doutrina de imortalidade que exalta a sobrevivência do ser, estruturado na Ressurreição de Jesus, o momento glorioso do Seu ministério ímpar.
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A Idade Média, porém, com as suas superstições e fanatismos, envolveu a morte em terríveis sombras, vestindo-a de pavor e de exóticas formulações.
Exéquias demoradas, tecidos negros e roxos, ritos soturnos, cantochões deprimentes, carpideiras profissionais, cerimônias macabras, davam a impressão de horror e desalento em referência à morte.
Descambando para comportamentos monetários e realizações negociáveis, o espetáculo mortuário fez-se aparvalhante pela forma, desvirtuando o conteúdo da realidade imortalista...
O conhecimento da sobrevivência brinda a certeza em torno da continuação da vida depois do decesso carnal, e a morte passa a ser recebida com serenidade, com alegria.
À medida que os fatos confirmam a indestrutibilidade da vida, morrer deixa de ser tragédia, transformando-se em mecanismo que facilita o renascimento em outra esfera, no mundo espiritual.
A sobrevivência é o coroamento da existência física, que se transforma através do fenômeno biológico da morte.
* * *
Viva cada ser com elevação e desprendimento, treinando a libertação e, adaptando-se mentalmente, aguarde a hora feliz do retorno à pátria de onde veio para breve aprendizagem terrestre.
Deve recear a morte quem se encarcera nas paixões inferiores, aquele que se escraviza nos apetites insaciáveis, o ser que se agarra às manifestações do corpo transitório.
Passadas as angústias da saudade, diminuídas as amarguras da aparente solidão, o reencontro com os seres queridos, sobrevivendo à forma orgânica, constituirá o verdadeiro prêmio à confiança em Deus e à entrega ao Bem.
Guarda-te nessa confiança do reencontro com os teus familiares queridos e trabalha por ele, qual agricultor que vê a semente morrer hoje, a fim de acompanhar a planta exuberante, as flores desabrochando e os frutos saborosos que colherá mais tarde.
A sobrevivência é luz brilhante no fim do túnel, atraindo-te, fascinante.
Segue na sua direção com tranquilidade e nunca temas a morte.
A ilusão é responsável por inúmeros sofrimentos.
Valorizando, excessivamente, os bens transitórios e apegando-se em demasia aos interesses materiais — paixões sensuais, valores amoedados, propriedades, juventude, saúde orgânica, entre outros —, o indivíduo teme vê-los desaparecer, transformar-se ou gerar conflitos, no entanto deixando-os todos, um dia, mediante o fenômeno biológico da morte.
Acreditando que esses empréstimos da vida — os valores físicos — são perenes, o que lhe constitui uma ilusão, quando defrontado ou dominado pela realidade, desarmoniza-se, padece dores, desespera-se.
A sobrevivência da vida à morte é a única e legítima expressão da existência humana.
Preparar-se para essa luminosa experiência inevitável, treinando o desapego e a solidariedade fraternal, é uma forma eficaz de diluir a ilusão, evitando perdas e sofrimentos futuros.
Somente, porém, sobrevive livre aquele que aprendeu no corpo a desatar-se das amarras das paixões enganadoras, nas quais em algum momento tentaram aprisioná-lo.
Deve recear a morte quem se encarcera nas paixões inferiores, aquele que se escraviza nos apetites insaciáveis, o ser que se agarra às manifestações do corpo transitório.
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Passadas as angústias da saudade, diminuídas as amarguras da aparente solidão, o reencontro com os seres queridos, sobrevivendo à forma orgânica, constituirá o verdadeiro prêmio à confiança em Deus e à entrega ao Bem.
Guarda-te nessa confiança do reencontro com os teus familiares queridos e trabalha por ele, qual agricultor que vê a semente morrer hoje, a fim de acompanhar a planta exuberante, as flores desabrochando e os frutos saborosos que colherá mais tarde.
A sobrevivência é luz brilhante no fim do túnel, atraindo-te, fascinante.
Segue na sua direção com tranquilidade e nunca temas a morte.
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A ilusão é responsável por inúmeros sofrimentos.
Valorizando, excessivamente, os bens transitórios e apegando-se em demasia aos interesses materiais — paixões sensuais, valores amoedados, propriedades, juventude, saúde orgânica, entre outros —, o indivíduo teme vê-los desaparecer, transformar-se ou gerar conflitos, no entanto deixando-os todos, um dia, mediante o fenômeno biológico da morte.
Acreditando que esses empréstimos da vida — os valores físicos — são perenes, o que lhe constitui uma ilusão, quando defrontado ou dominado pela realidade, desarmoniza-se, padece dores, desespera-se.
A sobrevivência da vida à morte é a única e legítima expressão da existência humana.
Preparar-se para essa luminosa experiência inevitável, treinando o desapego e a solidariedade fraternal, é uma forma eficaz de diluir a ilusão, evitando perdas e sofrimentos futuros.
Somente, porém, sobrevive livre aquele que aprendeu no corpo a desatar-se das amarras das paixões enganadoras, nas quais em algum momento tentaram aprisioná-lo.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo P. Franco
Livro: Desperte e seja Feliz - 29
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