AUXÍLIO A SOFREDORES
Diante deles, os sofredores de qualquer jaez, policia a conduta no ato de ajudá-los.
Tragam-te ao conhecimento problemas econômicos, morais ou de saúde, não te revistas de falsa superioridade, assumindo a aparência de benfeitor, com que poderás constrangê-los, adicionando às já existentes, novas aflições.
Cada dificuldade se resolve mediante recurso específico.
Não os padronizes, igualando suas dores somente porque façam parte da imensa massa de padecentes da Terra.
Este deseja externar aflições e receber amizade.
Aquele anseia por socorro imediato através do pão ou do medicamento e, talvez, no desespero em que se vê colhido, não disponha das palavras próprias, fazendo-se impertinente, rebelde, inquieto.
Esse, ferido nos dédalos da alma por dardos venenosos, está prestes a sucumbir e necessita de um amigo.
Aqueloutro, desarvorado por inquietações psíquicas e emocionais, perdeu o contato com a realidade objetiva e desvaira, ansiando por alívio.
Propõe-te solidariedade e alcança-os com os teus sentimentos fraternos.
Não os objurgues, amargando o pão que por acaso disponhas para ofertar-lhes.
Nada lhes exijas, em face da moeda ou da palavra que lhes distendas.
Se te escassearem meios externos com que lhes diminuas as penas, recorre ao auxílio espiritual sempre valioso: a prece, a água fluidificada, o passe para a restauração das suas forças.
Sempre possuis algo para doar.
* * *
Há quem ajude avinagrando a linfa da generosidade.
Muitos confortam e reprocham simultaneamente.
Diversos socorrem e advertem, chamando a atenção para a dádiva que dispensam.
Uns abrem os braços à dor, mas não ocultam o enfado, a saturação logo nos primeiros tentames, isto quando não exteriorizam o azedume e a censura rude.
Estão na provação hoje, os que não souberam utilizar-se dos bens da vida com a necessária correção no passado.
Sofrem os que iniciam o processo evolutivo por meio da dor-burilamento.
Batem-te à porta, buscam-te o socorro, pedem-te compreensão. Não lhes recuses o amor.
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Jesus recomendou-nos com a Sua autoridade inconteste: “Batei e abrir-se-vos-á; buscai e achareis; pedi e dar-se-vos-á.”
Se esperas encontrar à tua disposição a Misericórdia Divina, amanhã, sê, agora, o mensageiro dela em relação aos que te batem à porta, te pedem e te buscam, executando o mais meritório esforço na caridade sem jaça: dar e dar-se sempre sem limite.
Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo P. Franco
Livro: Leis Morais - 59
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