NUANÇAS DO ARREPENDIMENTO
Arrependimento, expiação e reparação são as condições de reajuste ante as leis divinas
“Arrependimento sadio das faltas cometidas é compromisso assumido com as tarefas a executar”. - Joanna de Ângelis
Enquanto estimulante do processo de reajuste do Espírito calceta, o arrependimento é sadio e conveniente, mas o mesmo não acontece quando ele se transforma em causa de estagnação dos nossos passos na senda evolutiva, tornando-se, portanto, doentio ao se transformar em ancilosante “sentimento de culpa” que dá origem a variegados processos obsessivos.
Na “parábola do filho pródigo” podemos observar o arrependimento em dinâmica de correção de rota.
Os Amigos Espirituais deixaram consignado na questão número 999 de “O Livro dos Espíritos” que o arrependimento concorre para a melhoria do Espírito, mas ele tem de expiar o seu passado. Não podemos seguir adiante deixando nenhum “ceitil” para trás onerando nossa contabilidade espiritual.
Os Numes Tutelares da humanidade retomam esta questão no décimo sexto parágrafo do “Código Penal da Vida Futura” (1), no qual afirmam que, conquanto o arrependimento seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só uma vez que se faz mister a expiação e a reparação, para completar o quadro do ressarcimento total. Assim, arrependimento, expiação e reparação, constituem as três condições básicas para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
A saga do Cristianismo está repleta de exemplos de arrependimentos sadios e doentios. Enquanto aqueles levam aos Acumes Celestiais, estes levam aos pântanos umbralinos.
Os Numes Tutelares da humanidade retomam esta questão no décimo sexto parágrafo do “Código Penal da Vida Futura” (1), no qual afirmam que, conquanto o arrependimento seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só uma vez que se faz mister a expiação e a reparação, para completar o quadro do ressarcimento total. Assim, arrependimento, expiação e reparação, constituem as três condições básicas para apagar os traços de uma falta e suas consequências.
A saga do Cristianismo está repleta de exemplos de arrependimentos sadios e doentios. Enquanto aqueles levam aos Acumes Celestiais, estes levam aos pântanos umbralinos.
A nobre Mentora Joanna de Ângelis ensina (2):
“(…) o arrependimento é o primeiro sinal de consciência da falta cometida a surgir na tela mental do homem. Reconhecimento do erro impõe, todavia, uma atitude dinâmica e corajosa para a sua retificação. Tem a finalidade de propiciar ao infrator a inadiável reabilitação, sem o que se transforma em suplício que se incorpora aos conflitos da personalidade, agravando o comportamento que passa a uma conduta alienada.
Nem sempre, no entanto, as circunstâncias permitem ao faltoso o campo de recuperação, especialmente quando o ofendido tomba nas faixas semelhantes do desequilíbrio e não faculta a aproximação daquele a quem agora detesta. Isto não deve impedir a resolução salutar do equivocado que se descobre em delito. Pelo contrário, deve propiciar-lhe estímulos para a vigilância que o impedirá de novos cometimentos negativos no futuro e para que envide esforços no sentido de reparar o mal feito, senão à vítima imediata, mas, às soberanas leis da vida.
A atitude de reconhecimento da falta impele ao enobrecimento íntimo, ao trabalho de estruturação moral, à ação da beneficência em derredor… As realizações dignificantes envolvem o seu autor numa aura de bem-estar e tranquilidade, que termina por diluir a animosidade do outro, o desafeto que padeceu a injunção penosa, ensejando a aproximação, o restabelecimento dos vínculos interrompidos. E se, por acaso, tal não se deu, por intransigência dele, o importante estará feito, que é o reencontro consigo mesmo através da ação do bem.
Nenhum arrependimento pode transformar-se em “sentimento de culpa”, a fim de que não venha a tornar-se motivo de males mais graves. Ele não deve ser cultivado para que se não converta em sombra e tóxico na consciência, mas deve ser o passo racional para a mudança de comportamento.
O erro é uma experiência no processo da evolução em que todos nos encontramos situados. Não é justo, porém, a permanência nele. Queda é fenômeno comum na marcha. Levantar-se, refazer o caminho constitui um dever intransferível para todos, mediante o qual se fixam os valores morais e intelectuais que ensejam a sabedoria e a libertação.
Acata as sugestões do arrependimento, quando este se te apresente nas áreas mental e emocional. Não sejas severo em demasia para contigo mesmo, tornando-te desditoso, nem te faças indiferente a ponto de não lhe aceitares as propostas positivas. Enquanto a oportunidade se te faz favorável, recupera-te, adquirindo, desde já, a paz que o teu erro complicou.
Pilatos, arrependendo-se da pusilanimidade praticada em relação a Jesus, deixou-se enlouquecer; Maria de Magdala, arrependendo-se da vida equivocada que levava, condicionou-se para reencontrar o Mestre no dia da ressurreição; Judas, arrependendo-se do erro grave, enforcou-se; Simão Pedro, arrependendo-se da própria fraqueza, fez-se o protótipo do cristão, transformando-se no exemplo vivo da fé…
A humanidade registra nos seus fastos, arrependimentos de vários matizes e, por isso, há aqueles que felicitam e os há que tresvariam. Seja o teu, o arrependimento que te dignifique e liberte, tornando-te tranquilo e realizador do bem”.
Nem sempre, no entanto, as circunstâncias permitem ao faltoso o campo de recuperação, especialmente quando o ofendido tomba nas faixas semelhantes do desequilíbrio e não faculta a aproximação daquele a quem agora detesta. Isto não deve impedir a resolução salutar do equivocado que se descobre em delito. Pelo contrário, deve propiciar-lhe estímulos para a vigilância que o impedirá de novos cometimentos negativos no futuro e para que envide esforços no sentido de reparar o mal feito, senão à vítima imediata, mas, às soberanas leis da vida.
A atitude de reconhecimento da falta impele ao enobrecimento íntimo, ao trabalho de estruturação moral, à ação da beneficência em derredor… As realizações dignificantes envolvem o seu autor numa aura de bem-estar e tranquilidade, que termina por diluir a animosidade do outro, o desafeto que padeceu a injunção penosa, ensejando a aproximação, o restabelecimento dos vínculos interrompidos. E se, por acaso, tal não se deu, por intransigência dele, o importante estará feito, que é o reencontro consigo mesmo através da ação do bem.
Nenhum arrependimento pode transformar-se em “sentimento de culpa”, a fim de que não venha a tornar-se motivo de males mais graves. Ele não deve ser cultivado para que se não converta em sombra e tóxico na consciência, mas deve ser o passo racional para a mudança de comportamento.
O erro é uma experiência no processo da evolução em que todos nos encontramos situados. Não é justo, porém, a permanência nele. Queda é fenômeno comum na marcha. Levantar-se, refazer o caminho constitui um dever intransferível para todos, mediante o qual se fixam os valores morais e intelectuais que ensejam a sabedoria e a libertação.
Acata as sugestões do arrependimento, quando este se te apresente nas áreas mental e emocional. Não sejas severo em demasia para contigo mesmo, tornando-te desditoso, nem te faças indiferente a ponto de não lhe aceitares as propostas positivas. Enquanto a oportunidade se te faz favorável, recupera-te, adquirindo, desde já, a paz que o teu erro complicou.
Pilatos, arrependendo-se da pusilanimidade praticada em relação a Jesus, deixou-se enlouquecer; Maria de Magdala, arrependendo-se da vida equivocada que levava, condicionou-se para reencontrar o Mestre no dia da ressurreição; Judas, arrependendo-se do erro grave, enforcou-se; Simão Pedro, arrependendo-se da própria fraqueza, fez-se o protótipo do cristão, transformando-se no exemplo vivo da fé…
A humanidade registra nos seus fastos, arrependimentos de vários matizes e, por isso, há aqueles que felicitam e os há que tresvariam. Seja o teu, o arrependimento que te dignifique e liberte, tornando-te tranquilo e realizador do bem”.
Rogério Coelho
Fonte: Agenda Espírita Brasil
Fonte: Agenda Espírita Brasil
Referências Bibliográficas:
(1) KARDEC, Allan. O Céu e o inferno. 51.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. VII – 1ª parte;
(2) FRANCO, Divaldo. Luz da esperança. 3.ed. Rio [de Janeiro]: F.V.LORENZ, 2002, cap. 37, p. 90-92.
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