Total de visualizações de página

14 junho 2022

Perdoa-me, Senhor, porque errei! - Maria Lúcia Garbini Gonçalves



PERDOA-ME, SENHOR, PORQUE ERREI!

Esta rogativa do título deste ensaio encontra-se em o E.S.E., item 6 no capítulo 5: “Bem-aventurados os aflitos”. É o que os Espíritos Superiores sugerem que roguemos a Deus toda a vez em que vivenciamos as vicissitudes da vida. “O homem que pratica o mal nem sempre é totalmente punido em sua existência atual, porém, ele nunca escapará às consequências de suas faltas. A prosperidade do mal é apenas momentânea, porque se ele não for punido hoje, certamente, o será amanhã. Assim, a infelicidade, que à primeira vista nos parece imerecida, tem uma razão de ser. Aquele que sofre, está resgatando os erros que cometeu no passado e sempre poderá dizer: Perdoa-me, Senhor, porque errei.”

Não é novidade que o ser humano é imperfeito; desde que nascemos escutamos isso, pois errar é natural num planeta em Provas e Expiações, conforme nos é explicado na Codificação Espírita. O que o Espiritismo também nos ensina é como enfrentar as consequências de nossos erros pretéritos naturalmente e com responsabilidade.

É muito comum, mesmo sendo espírita, sentirmo-nos como que vítimas da vida, queixando-nos dos problemas de saúde ou de outras espécies, mas convém lembrarmos que somos os únicos responsáveis por eles, e que dói menos se admitirmos isso e pedirmos perdão pela nossas faltas geradoras deles.

Essa atitude de humildade gera uma sensação libertadora, nos propiciando um estado de mais paz no coração, pois estamos aceitando a expiação que as Leis da vida nos impõem como um belo aprendizado. E, além do quê, estamos num processo de recuperação de nosso perispírito e que se bem aproveitado, não mais teremos que vivenciá-lo.

Poderíamos até ajudar nossos familiares que também sofrem, rogando a Deus que os perdoe pelo erro que cometeram. Seria muito difícil sugerir para uma criança, ou para um adulto não espírita, que rogue a Deus perdão pelo seu sofrimento, mas podemos usar do remédio da oração por eles. Aliás, foi o que Jesus fez por todos nós quando na cruz rogou ao Pai que nos perdoasse porque não sabíamos o que fazíamos. Que lindo ato de Jesus! Quanto mais entendemos das lições que Ele nos deixou, mais compreendemos a Sua grandeza e a nossa ignorância.

Jesus também nos faz entender a importância de pedirmos perdão por nossos erros, bem como a perdoar ao próximo, na própria oração dominical que Ele nos ensinou, o “O Pai Nosso”. Essa magnífica oração é um pequeno resumo da atitude que temos que ter sempre em mente para o nosso progresso espiritual. No capítulo 28 de O.E.S.E, os Espíritos apresentam a sua interpretação de maneira clara e didática.

Ainda em o E.S.E, mas no capítulo 11, intitulado “Amar ao próximo como a si mesmo”, item 13, “A fé e a Caridade”, um Espírito protetor aconselha-nos: “Para ser cristão, na sociedade atual, não é mais necessário o sacrifício do mártir, nem o sacrifício da própria vida, mas simplesmente, o sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Vocês serão vencedores, se forem inspirados pela caridade e sustentados pela fé.”

É maravilhoso ver que nas obras da Codificação Espírita tudo se encaixa numa espetacular coerência e harmonia. Quando pedimos perdão a cada sofrimento que passamos na vida, estamos combatendo o orgulho e a vaidade, porque nos reconhecemos errados. Quando pedimos perdão pelos irmãos pecadores estamos enviando vibrações benéficas a eles, logo, estamos combatendo o egoísmo e sendo caridosos. E como os efeitos de nossas boas ações, pela Lei da Causa e Efeito, será o bem que naturalmente retorna para nós, a nossa fé tende a ser reforçada.

Então, que Deus nos ajude, a lembrar dessa preciosa lição de Jesus a todo sofrimento que tivermos daqui por diante.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves
Fonte:
Agenda Espírita Brasil

Nenhum comentário: