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18 novembro 2006

Cegueira - Joanna de Ângelis

Cegueira

"Vim a este mundo para exercer um juízo a fim de que os que não vêem, vejam e os que vêem, se tornem cegos." João: IX - 39

Cegos e cegos, há-os muitos em diferentes graus e estágios.

Significativas, pois, as palavras de Jesus, sob qualquer aspecto consideradas.

Uns são cegos por ignorância, outros por presunção.

Valiosas advertências fulgem, desse modo, em cada conceito evangélico, quando meditado e incorporado à ação, transformando-se em dinâmica salutar de valia inestimável.

Há o que jaz na cegueira física e o que padece de cegueira espiritual.

O ignorante, na sombra em que se debate, expunge o mau uso do conhecimento.

O enfermo, na agonia que experimenta, repara as peças e implementos orgânicos que a imprevidência destroçou.

O analfabeto, ao guante da limitação constritora, reflexiona sob as nuvens pardas do pouco discernimento os prejuízos da nefanda utilização da cultura.

O padecente da miséria econômica exercita equilíbrio, como decorrência da malversação dos valores de que fora mordomo.

Os limitados desta ou daquela ordem, os que não sabem quando erram, transitam em compreensível cegueira e, graças à situação em que se encontram, recebem maior dose de entendimento, melhores recursos para a recuperação, mais amplo ensejo de equilíbrio......

Muito judiciosos os conceitos do Senhor.

Os que conhecem, no entanto, os regulamentos do dever; quantos dispõem da cultura, da fé e da razão; aqueles que estão informados sobre o Estatuto da Imortalidade; os que usam o verbo para orientar, escrevendo ou falando; os que são veículos dos Desencarnados; todos os aquinhoados com a notícia do Evangelho não se podem permitir enganos ou dissipações, estroinices ou desgovernos morais, competição sensualista ou desgaste orgânico nas ilusões, porque tais se encontram dotados da responsabilidade, que representa patrimônio valioso pelo Senhor concedido por empréstimo, para superior aplicação a benefício de si mesmos e das coletividades onde se encontram.

Os que vêem, têm menos justificativas quando erram, tropeçam e caem, do que aqueloutros, os que não fruem da visão.

Convidado ao trabalho inapreciável da renovação da Terra, não te escuses, relacionando dificuldades inexistentes ou problemas irreais.

Refunde propósitos, seleciona valores e não te detenhas. Assimilando as lições preciosas através da comunicação dos Espíritos, clareia a senda com a luz da ação enobrecida, porquanto os que vêem e não atuam, sofrerão cegueira, enquanto os que agem, embora os percalços e limites que experimentam, verão.

Cegos e cegueira nestes dias marcham em consonância com as conquistas tecnológicas, aumentando o número dos que não querem ver porque lhes não convém enxergar, a fim de não mudarem a tônica enganosa da vida transitória que logo mais se esfumará.

Perfeitamente necessário, portanto, que medites em profundidade e despertes em definitivo porque sofre de "pior cegueira aquele que não quer enxergar." Assim, abre os olhos e segue ditoso.

Livro: Celeiro de Bênçãos - Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco

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