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16 novembro 2006

Despotismo - Joanna de Ângelis

Despotismo

Adversário soez do homem, vence-o impiedosamente.

Remanescente da barbárie, teima por sobreviver. Cômpar do egoísmo, açula-o e sobrepõe-no na aparência perniciosa.

O despotismo é, sem dúvida, das imperfeições graves, uma das que mais engendra antipatia, provocando animosidade onde se revela.

O déspota é alguém que se ignora. Atribuindo-se valor que não possui, auto-hipnotiza-se, respirando a psicosfera deletéria que emana e que continuamente o
intoxica,

Resíduo de vidas pregressas em que a presunção governava o espírito, ora em reencarnação purificadora, deve ser combatido por todos os meios, a benefício da libertação de quem lhe padece o nefando cerco.

Desvela-se nos pequenos gestos e agalardoa-se na exteriorização das atitudes e das expressões.

Somente as suas vítimas, não percebem o ridículo de que se fazem instrumento, porquanto, a cegueira em que se movimentam fá-los agitar-se em esfera de sombras. Passam, e deixam pegadas odientas.

Estacionam, e tornam-se detestados, não obstante, a aparente grandeza ou o aparente valor que se dão, tornando-se singulares simulacros de potentados ou nobres na ilusão que acalentam.

Fiscaliza, desse modo, os escaninhos da tua personalidade e burila as arestas grotescas que insistem em impedir-te o aprimoramento no teu expressivo esforço.

Não é o homem responsável, apenas, pelo mal que faz, como também o é pelo mal que inspira...

O homem é, assim, o que vitaliza, produzindo o que constrói intimamente.

Para a vitória sobre ti mesmo, na conjuntura da abençoada reencarnação que desfrutas, imprescindível submeter-te a eficiente programa de ação que não pode ser negligenciado.

Auto-análise, trabalho singelo, prece constante e exercício da sadia convivência com os mais infelizes conseguem lobrigar excelentes resultados contra o despotismo.

Recorda que a vida física é breve, por mais longa pareça e, ao extinguir-se, cada um ressuscita com os estigmas ou virtudes que estimulou, fitando a retaguarda e considerando a forma feliz ou desventurada com que utilizou o tempo


A oportunidade que te chega, abençoada, quiçá não a mereças. Utiliza-a gerando simpatia e fazendo o bem pelo auto-aprimoramento enquanto ela te luz.

Se não é lícito desdenhar-se a si mesmo, não é crível autovalorizar-se, subestimando o próximo.

O despotismo pode ser, também, considerado morte na vida.

Assim, fixa o pensamento em Jesus e tenta assimilar-Lhe a grandeza da humildade com que até hoje a todos- nos fascina e através da qual alcançarás os páramos da felicidade plena e total, após as lutas redentoras.

Livro: Celeiro de Bênçãos - Ditador por Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco

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