“E para que não me vangloriasse pela excelência das revelações, foi-me dado na carne um espinho, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que me não exaltasse”. Paulo. (II Coríntios, 12:7.)
Estudiosos das paginas escriturísticas, exegetas e teólogos têm levantado interpretações e formulado estudos para que seja apurado o significado daquilo que Paulo trazia e mencionava como sendo um espinho em sua carne.
Até que deixasse, à espada assassina de soldado romano, o corpo macerado, no sacrifício que lhe foi imposto, sentiu uma insatisfação enorme: era o desejo crescente de se integrar em Cristo Jesus, por meio de vida renovada, pela visão augusta do Senhor que se lhe apresentou majestaticamente, como que tecido em neve radiosa, na Estrada de Damasco.
Seria o espinho alegado, o da carência espiritual? A mágoa proveniente do abandono dos amigos, após a crise que lhe marcaria a reformulação?
Seria o espinho de paixões inferiores, muito comuns, residuais maiores ou menores, oriundos de passado próximo ou remoto, que gritam no íntimo a nossa baixeza, o orgulho, a vaidade, o egoísmo, de que não nos despojamos? Que luta inenarrável essa, a de o Espírito encarnado ou desencarnado estar às voltas com o espinho, incomodando, condicionando...
É o espinho que tem falado, sem palavras, em drama silencioso, na alma dos milênios ou na alma humana. Di-lo a insatisfação que está no mundo de todos, cheio de conceitos e emoções, guardados, bastando o movimentar de perspectivas ou iniciativas, para ele, o espinho, dar seu sinal, de que existe em nós.
Os momentos de prece, de meditação nas coisas espirituais, de assistência viva em obras de caridade e solidariedade, de trabalho em benefício do próximo, são os únicos que conseguem neutralizar ou anular seu acicate...
Civilizações e raças, comunidades e sistemas, sempre tiveram seus espinhos, herança do atavismo psicológico, na roda da vida.
Por detrás de cada ato, move-se o espinho. Nas relações internacionais, o espinho é a psicologia de desconfiança... envenenando as melhores promessas e alvíssaras, entre os povos.
Nos encontros sentimentais (quando o Amor, à semelhança de anjo, adeja mais o chão duro da alma, do que se apresenta em céus transparentes), para cada jura de amor e compromissos acenados para o futuro, reaparece o espinho, contundente, invisível, lastreando em maior ou menor estrago, abrindo feridas grandes ou pequenas.
No curso da vida, de modo geral, problemas e aflições, desencantos e tristezas que ficaram nos outros ou que em nós ficaram, são prefigurações do espinho que se imiscui. E ele seguirá no ser e na comunidade, a sua sina, advertência muda a elucidar sempre que a exaltação humana é bolha de sabão, que as vanglórias terrenas são flores de um dia, porque ninguém impedirá que continue espetando, só terminando a sua tarefa, quando, redimida, a criatura o retirar de si, espontaneamente, sem violência.
Até que deixasse, à espada assassina de soldado romano, o corpo macerado, no sacrifício que lhe foi imposto, sentiu uma insatisfação enorme: era o desejo crescente de se integrar em Cristo Jesus, por meio de vida renovada, pela visão augusta do Senhor que se lhe apresentou majestaticamente, como que tecido em neve radiosa, na Estrada de Damasco.
Seria o espinho alegado, o da carência espiritual? A mágoa proveniente do abandono dos amigos, após a crise que lhe marcaria a reformulação?
Seria o espinho de paixões inferiores, muito comuns, residuais maiores ou menores, oriundos de passado próximo ou remoto, que gritam no íntimo a nossa baixeza, o orgulho, a vaidade, o egoísmo, de que não nos despojamos? Que luta inenarrável essa, a de o Espírito encarnado ou desencarnado estar às voltas com o espinho, incomodando, condicionando...
É o espinho que tem falado, sem palavras, em drama silencioso, na alma dos milênios ou na alma humana. Di-lo a insatisfação que está no mundo de todos, cheio de conceitos e emoções, guardados, bastando o movimentar de perspectivas ou iniciativas, para ele, o espinho, dar seu sinal, de que existe em nós.
Os momentos de prece, de meditação nas coisas espirituais, de assistência viva em obras de caridade e solidariedade, de trabalho em benefício do próximo, são os únicos que conseguem neutralizar ou anular seu acicate...
Civilizações e raças, comunidades e sistemas, sempre tiveram seus espinhos, herança do atavismo psicológico, na roda da vida.
Por detrás de cada ato, move-se o espinho. Nas relações internacionais, o espinho é a psicologia de desconfiança... envenenando as melhores promessas e alvíssaras, entre os povos.
Nos encontros sentimentais (quando o Amor, à semelhança de anjo, adeja mais o chão duro da alma, do que se apresenta em céus transparentes), para cada jura de amor e compromissos acenados para o futuro, reaparece o espinho, contundente, invisível, lastreando em maior ou menor estrago, abrindo feridas grandes ou pequenas.
No curso da vida, de modo geral, problemas e aflições, desencantos e tristezas que ficaram nos outros ou que em nós ficaram, são prefigurações do espinho que se imiscui. E ele seguirá no ser e na comunidade, a sua sina, advertência muda a elucidar sempre que a exaltação humana é bolha de sabão, que as vanglórias terrenas são flores de um dia, porque ninguém impedirá que continue espetando, só terminando a sua tarefa, quando, redimida, a criatura o retirar de si, espontaneamente, sem violência.
Autoria: Newton Boechat
Livro: O Espinho da Insatisfação
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