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25 janeiro 2008

Violência - Jornal O Clarim

Violência

A violência prossegue campeando individual e coletivamente.
Agressões, seqüestros, assassinatos, guerrilhas, guerras, de fundo étnico, religioso, político-econômico.

Em muitos lares, famílias, base das sociedades, não é diferente.
O contra-ponto encontra-se nos ensinamentos do Cristo, hoje compreendidos à luz da Doutrina Espírita.

No capítulo IX de “O Evangelho Segundo o Espiritismo, após as palavras de Mateus, que Kardec transcreve, temos as suas próprias considerações:
Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com os semelhantes.

Em que pode uma simples palavra revestir-se de gravidade que mereça severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade; é que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira do cristão. (4)

Quando a Humanidade se submeter à lei do amor e de caridade, deixará de haver o egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pela forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado muito ditoso, por efeito do afastamento dos maus. (5)

Na seqüência do estudo, nas Instruções dos Espíritos, preciosos pronunciamentos de Lázaro, Hahnemann, entre outros, nos falam da afabilidade e da doçura, da paciência, da obediência e resignação, da cólera, dos quais destacamos alguns tópicos para nossa reflexão:
A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são formas de manifestar-se. – Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana. (6)

A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei da caridade ensinada pelo Cristo. – É caridade perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para porem à prova a paciência. (7)

A doutrina de Jesus ensina a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura. – A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração. – A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral. – Toda resistência orgulhosa terá que, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. (8)

O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espíritos, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? Entregai-vos à cólera. – A cólera não exclui certas qualidades do coração; mas impede que se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. – A cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. (9)

Um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico; um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando. – Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. – O homem não se conserva vicioso senão porque quer permanecer vicioso; aquele que queira corrigir-se sempre o pode. (10)

Neste Natal, busquemos exercitar a pacificidade.

Bibliografia: (4), (5), (6), (7), (8), (9) e (10) referem-se aos itens do capítulo IX de O Evangelho segundo o Espiritismo.

Redação - Jornal O Clarim
Dezembro/2007

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