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17 agosto 2008

Consciência - Maria Nunes

CONSCIÊNCIA

Há somente duas coisas que me incutem respeito: o céu estrelado sobre mim, e a consciência moral dentro de mim. (Kant)

A análise profunda nos faz vibrar no respeito diante da criação universal, quando, mesmo em parte, a contemplamos. 

O céu estrelado, de certo modo nos convida à meditação sobre assuntos transcendentais e, se a consciência já deu sinal de alguma maturidade, é justo afirmarmos que deparamos com Deus, por toda a expressão que a vida cósmica desenrola no infinito.

E esse Deus que os sentidos começam a perceber exteriormente passa a ser a força interna que nos move e nos dá vida. Esse é o maior fenômeno da existência da alma, como ocorreu com o apóstolo Paulo, no caminho de Damasco: vendo e ouvindo Jesus, o Cristo nasceu em seu coração, ficando eternamente com ele.

É lícito suportar todos os embates dos caminhos para chegar a esse ponto, pois, quando o alcançamos, nunca mais seremos escravos da ignorância, iniciando-nos na escola da verdade, a qual nos torna, aos poucos, mais livres, nos indicando a Felicidade.

Quanto à consciência moral, é ela a maior força da vida, a dominar as forças menores, no complexo espiritual do ser. 

Fala-se demasiadamente em moral nos bastidores da Terra, todavia, os iniciados no Evangelho de todas as religiões duvidam de muito preceitos "mastigados" e impostos pelos que se dizem preceptores.

A moral humana e a espiritual estão, na verdade, programadas nas sutilezas das páginas do Evangelho; porém, é de justiça que cada um assimile seus deveres de acordo com a sua posição na escala evolutiva, que cada criatura use a sua própria filtragem consciencial, acendendo as luzes do coração, pela energia da inteligência, e caminhe com os seus próprios pés.

A falta de moral na vida da alma cria estigmas por onde a drenagem da mente faz escorrer o ácido invisível da depressão psicológica, oriunda de impactos emocionais, que haverá de ser corrigida pela consciência do amor.

Alivia-se-nos a tensão mental, quando somos chamados pela maturidade espiritual à auto-disciplina. Eis que chegou a hora da maioridade, ou se essa fala esclarecer mais, da identidade da alma, de sorte poder ela entrar, por sua conta própria e por sua própria decisão, na universidade educativa de todos os seus impulsos, apresentando-se como aluna das primeiras horas, no alvorecer do dia.

É nesta conversa e no entendimento desse assunto que chegaremos à conclusão de que o céu estrelado poderá brilhar igualmente dentro de nós, em plena consonância com as leis morais, que escolhemos e que temos necessidade de vivê-las.

De "Sabedoria - a lei de Deus no pensamento dos homens", 
de João NunesMaia,
pelo Espírito Maria Nunes

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