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13 agosto 2008

A Vocação Para o Casamento - Rodolfo Calligaris

A VOCAÇÃO PARA O CASAMENTO

Indubitavelmente, a felicidade é a aspiração primeira do ser humano. Ninguém jamais deixou de procurá-la, sonhando tê-la como nume tutelar de sua existência.

Alguns esperam consegui-la cedendo à inclinação que os impele para a dignidade sacerdotal ou religiosa, mantendo-se, castamente, no celibato. Mas são poucos. Constituem a exceção.

A esmagadora maioria espera encontrá-la mesmo é no casamento. Natural que seja assim, pois é propósito da sabedoria divina que o homem e a mulher, sendo um, complemento do outro, se unam intimamente para alcançarem a plenitude da vida.

Tal o sentido das Escrituras, quando preceituam: "Deixará o homem o seu pai e a sua mãe, unir-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne." (Gên., 2:24).

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Sabendo-se, como se sabe, que a felicidade conjugal depende de que marido e mulher fusionem harmoniosamente suas personalidades, tornando-se como que uma só pessoa, parece evidente que, naquela uniões em que o coração não intervenha será bem mais difícil possam eles estabelecer uma base estável e sadia que lhes permita enfrentarem, juntos, as vicissitudes da existência sem conflitos.

Desde, porém, que ambos estejam dispostos a envidar todos os esforços necessários à colimação desse objetivo, será possível que o consigam.

Não se tem visto tantos casais, sinceramente enamorados um do outro, que começaram a união conjugal às mil maravilhas e depois vieram a separar-se por insanável desentendimento?
Em contraposição, não se conhece, também, inúmeros matrimônios inconseqüentes que, malgrado os prognósticos desfavoráveis, acabaram dando certo, sendo muito bem sucedidos?

A razão é que cada casamento será, sempre, qual os esposos o façam.
"A natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado." (Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", q. 938).

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"O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, se bem que em condições diversas. Abolir o casamento seria regredir à infância da Humanidade e colocar o homem abaixo mesmo de certos animais que dão o exemplo de uniões constantes." (Allan Kardec, "O Livro dos Espíritos", q. 696).

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"Não te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para o Mais Alto, em plenitude de amor eterno." (Francisco Cândido Xavier, Emmanuel, "Na Era do Espírito", cap. 11).

De "A vida em família", de Rodolfo Calligaris

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