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01 janeiro 2010

Livre Escolha - Joanna de Ângelis

LIVRE ESCOLHA

Dentre as dadivosas mercês de Deus, direcionadas ao Espírito em evolução, destaca-se o livre-arbítrio como sendo a faculdade de eleger o que melhor se lhe apresente durante o processo da reencarnação.

Graças a essa concessão, passo a passo o ser delineia e executa a marcha ascensional, ora estacionando e vezes outras avançando, sem jamais retroceder.

Árbitro especial, apóia-se na consciência, onde está escrita a Lei de Deus, elegendo o que lhe apraz e colhendo os frutos da ensementação realizada.

À medida que se ergue, superando os patamares da cartografia íntima da consciência, mais lúcida e melhor se faz a seleção optativa, delineadora da sua libertação.

Em razão disso, a reflexão madura, o cuidado bem pensado antes da decisão, estabelecem o programa a desenvolver no futuro.

Essa atitude dignifica-o, facultando-lhe apressar ou retardar a marcha.

Senhor da responsabilidade, escolhe a conduta e entrega-se à ação com a liberdade que a Vida lhe concede.

Ante o fatalismo do progresso, que é irrefragável, o livre-arbítrio é uma bênção que deve ser aprofundada, de forma que a tranqüilidade após a decisão lhe constitua o fiel da balança dos comportamentos assumidos.

Como ninguém está fadado ao sofrimento, a opção livre para a ação bem direcionada impulsiona o ser para a plena auto-realização.

És o que eleges. Teus atos, tua vida.

A personalidade transitória sempre cede lugar à individualidade do ser eterno, em marcha ininterrupta na direção de Deus.

Ninguém, nada escapa a esse Deotropismo.

Conforme pensares, estruturarás no mundo das formas, o que acalentas no campo das idéias.
Mente e vida são termos da Realidade.

Podes escolher vida ou morte. Isto é, ser livre e banhado de luz, ou escravo envolto em sombras.

Tens o direito de viver em saúde ou com doença. A saúde é o estado interior e a doença um processo depurador. Se te manténs atuante e otimista, vives saudavelmente, mesmo quando portador de alguma limitação, deficiência ou patologia. Se, ao revés, te apresentas insatisfeito, ingrato em relação à vida, rebelde e depressivo, apesar da harmonia orgânica, encontras-te enfermo...

Se sorris de júbilo, a existência se te apresenta amena.

Caso sobrecarregues o cenho e anotes apenas dissabores e tristezas, a jornada se te transformará em pesado e insuportável fardo a conduzir.

Quando preferes belezas, descobre-as em toda parte e embriagas-te de cor, de som, de luz. No entanto, ao te deixares conduzir pela óptica distorcida da amargura, o Sol para ti perde a claridade e a paisagem empalidece aos teus olhos...

Depende de ti, agradecer ou imprecar, louvar ou reclamar, alcançar o topo da subida ou lamentar na baixada as dificuldades da ascensão, que afinal, todos sofrem e os corajosos superam.
Sê tu, portanto, quem opta pelo bom, pelo belo, pelo nobre, pelo que felicita.

Jesus sempre nos apresentou o mundo com tintas inapagáveis de incomum beleza: as aves dos céus e os lírios do campo com suas cores deslumbrantes; as redes ativas de pescar; as pérolas pálidas e refulgentes; os grãos de mostarda preciosa; a ceifa do trigo dourado em parábolas ricas de poesia e encantamento.

Mesmo quando esteve na cruz optou pelo perdão aos Seus assassinos, a fim de logo retornar em ressurreição fulgurante, para alçar-nos aos píncaros da Sua Glória.

De "Fonte de Luz",
de Divaldo Pereira Franco,
pelo Espírito Joanna de Ângelis

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