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29 março 2012

Autismo na Visão Espírita - Victor Manuel Pereira de Passos


AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA

O Autismo é visto como um transtorno invasivo do desenvolvimento, Sindrome de Asperger. Fragilidade que se pode manifestar de forma grave por toda a vida. Ela existe em todo o mundo, em famílias de qualquer raiz racial, cultural ou social, enfim não escolhe a individualidade a encarnar a doença. Os sintomas podem ser verificados pela anamnese, observação comportamental, exames ou entrevistas com o doente e familiares.

As estatísticas dizem-nos, no âmbito do materialismo, que a doença se manifesta entre um e 3 anos de idade, porém na minha visão espírita considerando que toda uma consequência tem uma causa, ela já está presente mesmo antes da reencarnação e veremos porquê!

Os sintomas do autismo encerram:
. Perturbação na periodicidade da aparição de capacidades físicas, sociais e linguísticas; . Reacções anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo. . Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Devido a tal situação torna-se também restrita compreensão de ideias. Aplica palavras sem associação ou sem significado concernente com o significado. . Percepção anormal dos objetos, eventos e pessoas.

Enteando esta fase verificaremos desde já que o espírito fragilizado está encerrado em si mesmo, e preso no fundo entre os dois Mundos, no da erraticidade e no material.

A essência obscura do autista, aprisiona-os ao medo de enfrentar uma nova experiência, porque sabedores da sua condição, asfixiados por passagens menos dignas de amor e valorização moral, estes irmãos, ao reencarnar detêm um tempo maior da separação perispiritual de tal nível, o qual por vezes se acha já presente no momento de transição aquando da sua concepção, na busca do aborto à revelia da Lei, porém todos sabemos que nada podemos contra a mesma. Daí muitos dos partos destes espíritos serem complicados.

Claro que todos sabemos e não tem nada de novo que o crescimento educativo do espírito encarnado, se faz no período propicio da infância até aos 7 ou 8 anos de idade, mas isto em situações normais, porque no caso destas individualidades, a perturbação, se faz presente por mais tempo, como se estivesse em período de estância gestacional, tal como afirmei atrás estes espíritos sentem pressionados pelo receio de fraquejar, e estacionam, entre ambos espaços e daí a dificuldade de assimilar conhecimento e de se descobrir nos ambientes externos à sua vontade. Interessante é verificar que num estudo do feito por pesquisadores e comprova o que acabei de dizer; “Pesquisadores realizaram o protótipo de um laboratório que simbolizava um útero e colocaram autistas, neste ambiente. Ali, eles tinham contacto com sons e sensações semelhantes àquelas transmitidas pela mãe para o bebê quando este se encontra dentro do útero, mergulhado no líquido amniótico. A experiência foi de completo êxito, pois as crianças autistas apresentaram reações, tornando-se um pouco mais receptivas."

Realizei experiências semelhantes com um grupo de pessoas sensitivas e outras habilitadas criando através de uma ação mental um útero materno. A resposta da criança autista foi positiva.” Drª Hellen

Num ápice os autistas são inteligentes, exigentes e seguros de si, para logo a seguir por vezes sem razão uma razão aparente, ou começam a saltitar como crianças, mesmo sendo adultos ou passam pelas pessoas sem as perceberem realmente. As vezes isolam-se e falam baixinho ou riem sem motivo, olhando não se sabe para quem ou onde. Algumas vezes se auto-flagelam, se auto agridem, tornando-se agressivos a tudo e todos, não importa quem.

Bastante imprevisíveis têm a capacidade de transportar quem lhe convive a outro, da esperança ao desespero. Quando concentrados e atentos, todo o aprendizado é possível e quando um conhecimento ou experiência foram aprendidos jamais será esquecido.

O Autista aparece por efeito em duas situações: espiritual quando está bem marcado no seu perispírito, que o leva a ter lesões neurológicas, aquilo que se chama o espelho refletor do cérebro, nesse caso o indivíduo não consegue comunicar-se por causa de deformações ou lesões nos corpos sideral e físico. A é consequência do espírito, estar estigmatizada com a consciência da culpa, temendo uma reencarnação compulsória na qual colherá os efeitos de faltas passadas. Por isso o espírito rejeita a reencarnação, provocando o autismo. Ocorre um severo processo de auto-obsessão por abandono consciente da vida, um auto-aprisionamento orgânico. Nesse caso, mesmo não havendo uma lesão directa do perispírito, a rejeição à reencarnação e a recusa à comunicação danificam o cérebro..

Mas vamos agora ao encontro da problemática provacional, e ela traz-nos ao o fulcro da vida, do vetor sensorial da existência e ponto vital da evolução educativa moral, espiritual e intelectual, a Familia, a escola ,o meio a sintonia envolvente que exige dos Pais e educadores uma entrega profunda de amor em toda a plenitude. A renuncia , a muito porque estes irmãos trazem em si um ensinamento para os progenitores, que faz com que a sua luta mereça de todos nós o maior respeito e oração em torno da sua coragem e luta diária para que consigam levar em frente tamanha obra como objetivo numa encarnação…

Segundo Bezerra de Menezes, no livro “Loucura e Obsessão” , muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vitimas que angariaram nesse mesmo pretérito.

Esta temática visa recolher o máximo afim de irmos ao encontro quer do porquê da deficiência, da provação e expiação e da necessidade do conhecimento dos valores da vida reais.

A autora do livro “ Vida Além da Vida” deixa-nos em suas experiências três casos; nessas, pelo que se vê, o ser/essência nada sofreu, encarando com naturalidade e compreendendo todos processos, mesmo os mais dolorosos.

1º caso - Minha mãe não me desejava. Certa vez tentou abortar e fiquei irado por ocasião do parto, porque ela pretendia divorciar-se do meu pai. Estou agora conscientizado de que parte do meu carma consiste em aprender a amar minha mãe, de qualquer maneira.

2º caso - Ao me ligar ao feto, dava-me conta de que minha mãe estava assustada, de início, posteriormente aceitou o processo com naturalidade.

3º caso - Foi uma experiência forte, não desagradável mas surpreendente, o meu nascimento.

Enviei mensagens à minha mãe para que ela encarasse tudo como sensação e não como dor. Percebia, de forma clara, as atitudes das outras pessoas. Eu estava muito feliz por assumir esta vida.

A partir da leitura desse livro e de algumas experiências realizadas em grupos holísticos e espíritas eu introduzi em algumas vivências o exercício de retorno ao útero. Muitas marcas em nosso corpo e alma tem origem no momento da concepção. Este período, o da gravidez e do parto são fundamentais para a saúde física e mental da criança. Aí se reforça na realidade tudo o que já afirmara mais acima, agora como se tratam os Autistas?
Não existe uma medicação para a cura do autismo, Existem medicações apenas para administração dos sintomas do autismo. Os autistas tem potencialidades a serem trabalhadas com um bom desempenho educacional em conjunto com uma boa equipe multidisciplinar e o apoio integrado com pais.

As preocupações em relação ao meio debatem-se com o preconceito a desistência dos pais, porque não haja duvidas tal como Jesus dizia, ”Só o amor nos salvará, em caridade” tal como as aves do céu buscam o seu alimento todos que estão envolvidos na simbiose de evolução devem procurar reforçar-se no “Orai e Vigiai”. Os pais destes irmãos necessitam de muito conhecimento espiritual, estudar, afim de com o reforço duma fé racionada e uma esperança acalentada no trabalho de caridade dando amor , é que conseguirão suplantar esta oportunidade de crescimento.

Victor Manuel Pereira de Passos

Victor Manuel Pereira de Passos nascido em 26 de dezembro de 1958, reside em Viana do Castelo, Portugal, onde é membro da Associação Espírita Paz e Amor. Autor de várias brochuras, tais como: "Reflexões", "Oásis de Luz", "Adolescentes e a droga", além do livro "Sementes da vida", editado em janeiro de 2007, para apoio de Instituição de Deficientes Criança Diferente.

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