Roque Jacintho
ENTREVISTA COM ROQUE JACINTHO
Pena de Morte
P: – O que você pensa sobre a pena de morte? E por que a sociedade vem produzindo tantos elementos desequilibrados, com vocação para a criminalidade?
R: – A pena de morte é um doloroso equívoco, herdado dos princípios da Idade Média. Examinada sob os prismas da evolução, revela-se incompatível com os princípios de humanização que buscamos para nós mesmos. Apliquemos, pois, a pena de vida aos apenados pela justiça terrena que cometem ou perpetram erros dolorosos, a fim de que cada um deles possa reajustar-se e crescer em seu próprio benefício. Diante dos chamados criminosos, estamos quase sempre defronte a doentes morais, necessitados de orientação e reerguimento, muito mais carentes de assistência psicológica e religiosa do que de castigos físicos que os privem do dom da vida. O corpo físico, para eles, já é um sanatório. Se desfizermos abruptamente os seus liames com o freio do corpo físico, iremos devolvê-los menos felizes à espiritualidade, onde irão juntar-se a grupos dolorosos que ensombram a própria Terra. Observemos, por outro lado, que muitos desses enfermos espirituais são criaturas que sucumbiram ao instinto do assassínio, despertado nesta, ou em encarnações passadas, quase todos ex-soldados ou guerrilheiros que aprenderam a matar nas sucessivas guerras ou rebeliões que nós mesmos engendramos com o nosso louco impulso de supremacia e escravização de outros povos. As penitenciárias buscam hoje tornar-se educandários. Os presos, nesta etapa de humanização que vivenciamos, passam a ser chamados de reeducandos e, se a simples titulação não basta para reeducá-los, pelo menos já indicam novos horizontes para tratar dos enfermos morais.
AIDS
P: – A Aids é um castigo de Deus para os que violam os padrões morais as sociedade?
R: – Deus não castiga ninguém. O Pai Celestial, através de seus colaboradores diretos, ampara-nos em todos os lances de nosso crescimento, e a dor que nos visita é sempre a reação natural de nossos desequilíbrios. A Aids, doença de origem sobretudo venérea, é uma resposta das leis da Natureza para os desequilíbrios que instalamos dentro de nós mesmos, diante de nossos desvarios sexuais e afetivos. Ela funciona como um sinal de alarme, para que sublimemos as nossas qualidades virtuais, indicando-nos os desníveis que nos rebaixam ao subumano. Toda doença venérea é um freio à nossa descida espiritual, e, salvo os casos de contaminação por transfusão de sangue, ou por outras formas de contágio, estamos diante de uma autodoença, que visa a frenar-nos nos campos dos desequilíbrios, tal como ocorre com as demais enfermidades similares, como o cancro venéreo, a sífilis,etc.
Sejamos monogâmicos, convida-nos a própria natureza biológica, e teremos os anticorpos que nos assegurarão as energias para que sejamos completistas espirituais, ou seja, para que vivamos o total da quota de nossas energias vitais.
Intelectualismo
P: – Qual deve ser a meta prioritária de um governo, objetivando o progresso e o bem do homem?
R: – Governar é administrar uma coletividade. Longe, portanto, de querer traçar programas ideais aos que nos governam sob a inspiração dos Mentores da Vida Coletiva, valeria, antes, ajustar-se o cidadão comum aos princípios da misericórdia divina. Quanto menos o governo adentre e normatize as nossas relações, maiores serão as nossas obrigações de doar-nos, de alma e coração, à coletividade que nos acolhe. Reflexo inevitável de nós mesmos, os nossos governantes nos espelham a consciência coletiva, e, por decorrência, refletem os nossos desmandos ou desvarios, ou os nossos acertos e reajustes. Valerá, pois, que nos tornemos cumpridores de nossa obrigação, segundo o enunciado de Jesus: “a César o que é de César”, já que, se cada um fizer o muito que lhe toca moralmente, mais tempo dará para que os nossos governantes transitórios nos tutelem a marcha ascensional. Antes, pois, que determinar metas aos que nos governam, determinemos a nós mesmos a seguinte ordem de prioridade: antes, obrigações fielmente cumpridas, e só depois, direitos decorrentes das obrigações realizadas. Não poderemos sobreviver com dignidade e atingir o clima da ordem enquanto estivermos a garimpar direitos, com o esquecimento de nossos deveres para com a coletividade.
Educação
P: – Na sua opinião, o que é educação e o que é instrução?
R: – Instrução, em boa sinonímia, é o ajuste da mente humana aos valores reais da vida, dando o primeiro tom de humanização ao homem. A escola, pois, instrui, em todos os graus. Educação, também em boa sinonímia, é o ajuste dos sentimentos, o burilamento da alma para a sua própria sublimação. O lar, portanto, educa. Necessário é, por isso, que elevemos a escola a seu patamar de burilamento da razão e entronizemos o lar por educandário da Vida. Nenhuma virtude real se alcança a não ser pela via da razão desenvolvida e sacralizada pelo seu ajuste à lei do amor que nos comanda a vida. “Instruí-vos e educai-vos” – eis a legenda grandiosa. Sem instrução poderemos ser grandes imitadores de virtudes que descobrimos nos outros, mas, por falta de domínio próprio, estaremos sujeitos também a imitar defeitos alheios. Sem educação legítima, calcada à luz do Evangelho redentor, poderemos ter o verniz social, sem contudo desfrutar de valores legítimos de amor a nosso semelhante.
P: – Na atualidade, boa parte das crianças que ainda não atingiram a idade escolar está sendo matriculada em escolas próprias para idades inferiores, como berçários, maternais, etc. O que o senhor pensa disso?
R: – A educação, assim como a instrução, deverá começar nos mais tenros anos da vida. Se há o que fazer, nesse campo, é melhorar a qualidade do ensino e, ao mesmo tempo, os pais compreenderem que a Escola, qualquer que seja ela, somente cuida da instrução e que a educação é produto dos lares e não um reflexo dos professores.
Orientação Religiosa
P: – Qual é a idade propícia para o início do ensinamento religioso à criança?
R: – A idade propícia é, por certo, a exemplo do que já faziam os atenienses, a partir da gestação. Sabendo-se, pois, que o filho que está por nascer é um ser ativo, que absorve nutrientes da mãe, convém alimentá-lo com sabedoria e amor assim que se faça o projeto de acolhê-lo dentro de um lar. Começa, portanto, antes e durante a gestação, o momento certo de entronizar a religião no lar, como uma forma de alimentação de quem está de retorno ao nosso encontro ou reencontro.
P: – A criança deve escolher qual a religião quer seguir, ou os pais devem norteá-la?
R: – Se os pais sabem que não devem deixar de alimentar seus filhos, desde os primeiros dias de vida, para que não venham a perecer fisicamente ou a sofrer diversos males por falta de alimentação adequada, devem, também, alimentar-lhes a alma com noções religiosas que sejam expressão de vida ativa, culminando com o amor ao próximo, para não chorar mais tarde.
P: – O que pode acontecer a uma criança cujos pais não se preocupam em dar-lhe formação religiosa?
R: – Bastará examinar o desregramento da atualidade, com a falência das religiões literalistas, para sabermos o que ocorre com um ser que jamais foi chamado, pela razão, a examinar os princípios da fé cristã em toda a sua plenitude.
P: – A literatura infantil espírita existente na atualidade é suficiente para atender às nossas crianças?
R: – Talvez não seja suficiente para atender nossas crianças. Convém, por isso, rogar ao Senhor Jesus que nos conceda autores despreocupados de originalidade e preocupados em transmitir mensagens que se gravem na consciência infantil.
Mediunidade
P: – Dê-nos uma rápida definição sobre o que é médium e o que é mediunidade.
R: – Mediunidade é a janela da alma, que, tendo por instrumento de sua manifestação a glândula pineal, ou epífise cerebral, leva-nos ao encontro do mundo espiritual em que estamos imersos ou mergulhados. Essa faculdade nos integra ao plano da vida eterna. Rompendo as barreiras de nossas limitações de sentidos físicos, faz-nos participar também, ativa e conscientemente, da espiritualidade, extinguindo o dualismo em que artificialmente nos separávamos: o mundo dos encarnados e o mundo dos desencarnados. Por essa faculdade, portanto, deixamos de subdividir o nosso mundo em dois planos distintos, retificando o erro de conceituação que nos levava a crer tivéssemos duas realidades: a dos que retornaram ao seu verdadeiro estado, ou seja, reassumiram a espiritualidade com a desencarnação, e a nossa vivência absolutamente transitória, isto é, constrangidos ao educandário da carne. A faculdade mediúnica, comum a todos os chamados a um estágio mais avançado de evolução, é o reajuste de nossos espíritos, levando-nos a descobrir que vivemos num mundo único, embora num estado diferenciado de matéria e de energia. A mediunidade é o nosso sexto sentido, que, de estado latente, abre-nos a visão para os dois planos de vida que interexistem e que se completam. Assim, médium como sinonímia de quem intermédia os dois planos da vida, todos nós somos. Por isso, o médium não é uma exceção de regra e sim alguém que já vive uma realidade mais integral. Através desse sentido nascente na espécie humana, a Espiritualidade superior, em nos examinando no estágio evolutivo que estamos alcançando, bate insistentemente às portas de nossa razão e de nosso coração, buscando induzir-nos ao despertar de valores mais altos e permanentes, no campo de nossas conquistas eternas. Submetemo-nos presentemente a um pólo magnético de grande poder de atração, induzindo-nos para que nos humanizemos compulsoriamente e, por decorrência, para que contribuamos com vastas parcelas de amor, no departamento das qualidades virtuais que, por origem divina, temos dentro de nós mesmos. É o chamamento para a evolução, ou seja, para que nos repletemos dos valores novos e permanentes, já que temos os pés na Terra, mas erguemos a nossa cabeça, como antena sublime, buscando sempre o mais alto.
P: – Qual deve ser a conduta do médium, para que seja sempre assistido por bons Espíritos?
R: – Considerando que a conduta é a resultante dos princípios com que alimentamos a nossa mente, formando o nosso “hálito espiritual”, por certo, para receber assistência de Espíritos sábios e profundamente amorosos, caberá ao médium buscar refletir-lhes as mesmas aspirações e propósitos. A instrução, via leitura e estudo das obras básicas e complementares das Doutrina Espírita, é uma etapa que corresponderia ao amanho da terra, no prenúncio da sementeira. Segue-se, após a instrução, a educação, ou seja, o burilamento de nossos sentimentos, através de nossa entrega incondicional ao campo do amor ao próximo, que corresponde à etapa da semeadura. A partir, pois, do surgimento dos primeiros brotos espirituais, cabe ao médium o trato da seara florescente, empenhando-se ardorosamente em levar luzes e esperanças a nossos companheiros confundidos com as trevas dos sentimentos, procedendo, em relação aos encarnados, com o mesmo amor, paciência e diligência com que agem os Benfeitores Espirituais. A lei da afinidade é que nos traz, a quantos sejam médiuns, a presença de Espíritos Superiores, com base no crescimento espiritual do próprio médium. Cada um terá a assistência espiritual que se empenhe por conquistar, espelhando a luz do mais alto, ou então envolvendo-se com os infelizes que perambulam pelas mesmas sombras que trouxermos em nós mesmos. A conduta cristã é que nos define as companhias.
P: – Médium produtivo é aquele que produz fenômenos mediúnicos a qualquer hora e em qualquer lugar?
R: – Os fenômenos mediúnicos nem sempre representam a ação da Espiritualidade Superior, visto que Espíritos sem grande estofo moral também podem produzi-los, até mesmo de modo mais gritante, capaz de ocasionar a perplexidade a leigos. O fenômeno pelo fenômeno pode levar o médium e seus observadores a conclusões levianas e até perversas, ridicularizando o cristianismo, quando não a própria mediunidade. O médium produtivo é somente aquele que dá os frutos do amor, bastas vezes exclusivamente via intuição recolhida silenciosamente dos mentores da vida mais alta, ou então, consolando os aflitos, abrindo portas aos decaídos no mal, socorrendo as viúvas aflitas, alimentando a criança desnutrida.
Sabendo-se, pois, que Espiritismo é revivescência do Cristianismo primitivo, tal qual nos ofereceu por herança o nosso mestre Jesus, tenhamos a produtividade real do médium com ele se fazendo um espelho de Jesus, em todo o seu cotidiano. E, para isso, o fenômeno ostensivo não é absolutamente necessário.
P: – A mediunidade só é praticada no Espiritismo? Ou seja, todo médium é um espírita?
R: – A religião dos Espíritos Superiores é o fundamento do espírita, que nela busca a sua integração com o mais alto, sem necessidade de ser portador da mediunidade ostensiva. Já os que se voltam para a mediunidade, nem sempre se ocupam das conseqüências morais que a presença de Espíritos Superiores nos trazem e, por isso, podem ser medianeiros em busca de fenômenos, sem se ocuparem da implicação moral na sua vida. Contudo, esses que hoje são médiuns, mas que se fazem servidores de pensamentos mágicos, por certo, em reencarnações futuras, após se libertarem da própria leviandade a que se jungiram, virão a ser espíritas-cristãos ou médiuns a serviço do bem. Até lá, porém, cuidemos da seara a que nos incorporamos. Jesus assegurou-nos que, no tempo certo, o Ceifeiro Divino recolheria o trigo saudável e bom, e confiaria o joio à fornalha da vida, para que nos refizéssemos.
P: – Muitas pessoas procuram os centros espíritas alegando serem portadoras de mediunidade. Como elas devem ser tratadas?
R: – Recebamo-las com muito carinho e atenção. Muitas delas chegam aos núcleos espíritas como portadoras de disfunções orgânicas ou espirituais e, sem cogitar se serão ou não médiuns, devem ser levadas ao encontro do Evangelho. Observemos, também, que disfunções hormonais, notadamente em quem está no climatério ou em ciclo de menopausa, podem levar-nos a interpretar os fenômenos orgânicos como se fossem sinais de mediunidade. Além de ouvi-los, pois, busquemos integrá-los em tarefas assistenciais e outras em que poderão realizar-se, mesmo quando em estado depressivo, ou quando dizem sentir alguém ou alguma coisa à sua volta, ou vozes, ou ruídos insistentes. Um estado de consciência culposa também poderá remeter-nos a julgar que temos traços de mediunidade ostensiva, quando, na verdade, estamos simplesmente sendo chamados ao reajuste de nossos valores. Sabendo-se, pois, que mediunidade é um encontro com o cristianismo, patrocinemos esse encontro como sendo um estágio preliminar ou preparatório para uma função de mediunato futuro. O desenvolvimento mediúnico não soluciona problemas de angústia, de depressão, de avitaminose espiritual e, por isso, não devemos colocá-lo como a principal e primeira necessidade dos que buscam orientação e consolo, algumas vezes por indicação de pessoas que desconhecem o que seja a tarefa mediúnica.
P: – Qual a melhor forma de desenvolver a mediunidade? Isso pode acontecer fora do Centro Espírita?
R: – A mediunidade não é faculdade privativa dos espíritas ou dos agrupamentos espíritas. Essa faculdade é comum na espécie humana. Convém, no entanto, quando se cogite de seu desenvolvimento, que o candidato o faça dentro de um agrupamento espírita-cristão, a fim de que aquele que quer a mediunidade-cristã não sofre os desencantos de quem não soube procurar a escola apropriada. O trato, pois, da mediunidade deverá ser o núcleo ajustado ao cristianismo, para que o fenômeno seja conduzido por Espíritos sábios. No lar, que o candidato ao mediunato dê saliência ao culto do Evangelho no lar, deixando para cuidar dos fenômenos espíritas exclusivamente nos agrupamentos ou núcleos do Espiritismo-cristão.
P: – Como conciliar o exercício da mediunidade com os afazeres profissionais?
R: – Que ninguém se faça profissional da mediunidade! Assim, concilie o seu tempo, administrando as suas horas, a fim de servir mediunicamente nos momentos que criou para a educação de seus sentidos nobres. Lembremo-nos de que a profissão disciplina a criatura. Nada, pois, justificaria alguém deixar de exercer a profissão, que lhe assegurará o pão de cada dia, nas oficinas, nos escritórios, nas industrias, que nos abrem oportunidades sagradas. Não podemos envolver-nos na falsa e mentirosa alegação de que deveremos dedicar-nos exclusivamente à mediunidade. Alguém que faça da mediunidade uma espécie de profissão é, seguramente, alguém em que não se deve confiar. Tomemos, a exemplo, Chico Xavier, que, apesar da extensão do seu mediunato, em tempo algum deixou de exercer a sua atividade profissional, ajustando-se à sua missão espiritual sem tomar o desvio da profissionalização de sua faculdade mediúnica.
P: – Diante de tanto sofrimento que a humanidade experimenta no momento, nota-se uma grande corrida das pessoas em busca de abnegados servidores, portadores de mediunidade. A faculdade mediúnica, então, atualmente, fundamenta-se na consolação?
R: – Estamos em plena fase de evolução compulsória e, por tal motivo, há um quê de insatisfação em cada homem que ainda não despertou para os valores permanentes da própria alma. O progresso, na sua expressão de bens materiais, trouxe-nos o conforto e a nossa liberação para outros valores que se encontram acima das coisas que nos servem. A evolução, contudo, que deverá ser a decorrência natural do procedimento de maturação da alma humana, cria um conflito nas criaturas, demarcado pela escravização aos bens perecíveis, e uma sensação de ausência de vida. Observemos, portanto, que os que registram esses conflitos naturais deste estágio evolutivo, devem, antes de buscar médiuns, buscar as bases da religião dos Espíritos, a fim de que se aclimatem mais rapidamente ao tempo do espírito. A verdadeira consolação, de que necessitam, não deve ser aquela que animalha o espírito, sem despertá-lo para a sua realidade de vida eterna. Portanto, ao buscarem os médiuns espíritas, deverão esses médiuns abrir-lhes um horizonte mais amplo, ajustando-os às atividades redentoras que principiam no exercício da caridade moral, sol ao longo do nosso caminho. A faculdade mediúnica é um traço de união entre as sombras de nossas inquietações e as luzes do mais alto, levando-nos a despertar para a nossa realidade pessoal. Não devemos, portanto, buscar tão-só consolação, sob o risco de assumirmos a posição de vítimas indefesas. Deveremos, isto sim, buscar respostas às nossas necessidades de espíritos eternos.
P: – O papel fundamental do Espiritismo é formar médiuns para entrar em contato com o mundo espiritual?
R: – O papel fundamental da Doutrina Espírita é levar-nos ao encontro do cristianismo redivivo e, por isso, temos de convencer-nos, através de acurada observação, que, hoje, o mundo espiritual é o universo em que já estamos vivendo. O médium, nesse contexto, é simplesmente uma ponte que se estende do plano espiritual para o plano dos encarnados, criando-nos condições de nos analisarmos e, por decorrência, revelar-nos os esforços que temos de empreender para reajustar a nossa tábua de valores espirituais. – “Sois deuses”, afirmou Jesus. Se temos, portanto, o poder de criação em nós mesmos, cada um deverá assumir-se a si próprio, fazendo-se um vanguardeiro da luz espiritual em favor daqueles que ainda não despertaram para si próprios. Neste estágio, portanto, a intuição é a grande faculdade. Por ela, em todos os segundos de nossa vida, estamos a recolher informações de ordem espiritual e, ao mesmo tempo, estamos sendo convocados para contribuir abertamente para a realização do cristianismo em nossas vidas, mesmo sem necessidade de determos ou não a mediunidade ostensiva. Cada um de nós tem a sua antena de intercomunicação silenciosa abrindo-se para o mundo espiritual, fundindo-se com esse mesmo universo natural durante todas as horas de sua vida. Avançamos, assim, para a cristianização de nossa humanidade.
Nossa Revista, apresenta a entrevista com Roque Jacintho - Orador, jornalista e escritor espírita, residente em São Paulo, capital. Diretor de Estudos no Grupo Espírita “Fabiano de Cristo”, autor dos seguintes livros, entre outros: “Desenvolvimento Mediúnico”, “Doutrinação”, “Judas Iscariotes”, “A Serviço de Jesus”
Entrevistado:
Roque Jacintho
Orador, escritor e jornalista
Fonte:
Perguntando e Aprendendo
Waldemir Aparecido Cuin
Roque Jacintho
Orador, escritor e jornalista
Fonte:
Perguntando e Aprendendo
Waldemir Aparecido Cuin
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