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07 setembro 2012

Quem Soubesse - Emmanuel


QUEM SOUBESSE

Quem soubesse quão venenoso é o conteúdo de fel a tisnar o cálice da aversão, decerto compreenderia que todo golpe da crueldade não é senão desafio à nossa capacidade de entendimento.

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Quem soubesse da trama de sombra que freme, perturbadora, em torno da palavra infeliz que profere na crítica à vida alheia, preferiria amargar no silêncio as feridas da mágoa, esperando que o tempo lhes ofereça a necessária medicação.

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Quem soubesse da quantidade de crimes, oriundos da revolta e da queixa, escolheria suportar toda espécie de sofrimento, antes que reclamar consideração e justiça, em seu próprio favor.

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Quem soubesse da multidão de males que a vingança provoca, esqueceria sem custo os braseiros de dor que a calúnia lhe arremessa à existência.

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Tenhamos em mente que o ódio é o grande fornecedor das prisões e de que a cólera é responsável por grande parte das doenças que infelicitam a Humanidade, e, guarda o coração na grande paciência, se te propões conservar em ti mesmo o tesouro da paz e a bênção da segurança.

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Ainda mesmo que alguém te ameace com o gládio da morte, desculpa e segue adiante, porque as vítimas ajustadas aos trilhos do Bem Eterno elevam-se ao nível, ao passo que os ofensores ainda quando se mostrem como sendo os aparentemente mais dignos, descem aos precipícios do tempo para o acerto reparador.

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De qualquer modo, se a ofensa te procura, cala e perdoa sempre, porque se o Mestre nos exortou ao amor pelos inimigos, também nos advertiu que a mão erguida à delinquência da espada, agora, hoje ou amanhã, através da espada se ferirá.

Emmanuel

De “Passos da vida”
De Francisco Cândido Xavier
Espíritos diversos

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