EDUCAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL
Em conversa com um amigo, já experiente no que se trata à educação espírita infantil, abordei a seguinte questão:
Os dirigentes espíritas poderiam
igualar os valores da reunião mediúnica e da educação espírita infantil.
Ou seja, dar para a educação espírita infantil o mesmo valor que
atribuem para a mediúnica.
Quando viajo em palestras, questiono:
E ai, como está a educação espírita infantil?
Ah, não temos voluntários, falta crianças, estrutura precária...
E indago também: Como vão as mediúnicas?
Ah, uma beleza, temos 10, 20 grupos aqui na casa...
Bem, meus amigos, não se trata de
deixar de lado as mediúnicas, mas apenas dar à educação da criança o
mesmo valor que se dá para a conversa com os Espíritos.
O Espiritismo ensina que o período da infância é o mais propício para que sejam transmitidas e assimiladas lições morais.
Diante desta afirmação fica muito
simples concluir a importância que se deve dar para os trabalhos de
educação espírita infantil, sendo eles:
– os trabalhos com a criança no centro espírita
– um dos que devem receber a mais acurada atenção por parte dos dirigentes.
Todavia, claro que se esbarra em
diversas dificuldades, tais como, falta de voluntários, estrutura
inadequada e outros tantos.
Como superá-los?
Com perseverança, sem desistir na
primeira porta fechada. O fundamental é, também, dialogar com
companheiros de outras casas espíritas e saber os desafios que estes
enfrentam no tocante ao tema e como fizeram para superá-los.
Esse intercâmbio é salutar para que
possamos iniciar ou melhorar o nosso trabalho na educação espírita
infantil. Outro ponto a ser abordado é o da capacitação dos
colaboradores que irão trabalhar com as crianças. Não podemos deixá-los
sem norte, sem condições de desenvolver um bom trabalho.
Quero dizer com isto que de nada
adianta encontrarmos um local no centro espírita e deixarmos lá as
crianças apenas para que não atrapalhem a palestra da noite.
É necessário oferecer ferramentas para
que os colaboradores desenvolvam sua missão de forma adequada. Ou seja,
necessitamos de realizar verdadeiramente a tarefa da educação espírita
infantil, com gente capacitada e disposta a fazer acontecer.
Alguns indagarão: Mas é muito complicado lidar com voluntários, como fazer para que persistam nas atividades?
Ai entra nossa capacidade de agregar
pessoas. Conheço um amigo que costuma organizar uma vez ao mês
confraternização em sua casa para toda a equipe da educação espírita
infantil da instituição onde milita. Isso ajuda a criar laços de amizade
entre os componentes da equipe, além de ser ótima oportunidade para a
troca de experiências, o que propicia um rendimento muito melhor de todo
o grupo.
Claro, todos nós rendemos mais em
locais que nos sentimos à vontade. Isso, como coordenadores podemos
fazer. Não podemos é ficar enclausurados dentro de nossa própria casa
espírita sem dialogar com outros colegas.
Se nos abrirmos às idéias e sugestões,
à troca de experiências de outras equipes que laboram no mesmo segmento
que o nosso, certamente iremos encontrar meios para que a educação
espírita infantil seja, de fato, uma parte importante do centro espírita
onde realizamos nossos trabalhos.
Como sugestão sobre o tema deixo a
belíssima obra: Comece pelo comecinho, da escritora e educadora Martha
Rios Guimarães, a nossa Marthinha.
A obra foi publicada pelo Centro Espírita O Clarim. Vale a pena conferir. Pensemos nisso.
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