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14 julho 2013

Injustiças Sociais - Divaldo P.Franco

 

INJUSTIÇAS SOCIAIS

Diante do sofrimento das massas humanas, nos mais diferentes sistemas governamentais pelo mundo, destaca-se a injustiça social que responde pela miséria de diversas expressões que se expande terrivelmente...
As promessas antes das eleições nos governos democráticos fascinam as multidões, especialmente aquelas que são menos aquinhoadas pelo conhecimento, que se rebolcam nos guetos em que se encontram ou nas ruas apinhadas, mas logo passa o período das eleições e são arquivadas. Homens e mulheres que se apresentavam com posturas confiáveis e com discurso lúcido, chegando ao poder permitem-se corromper pelos vícios existentes e esquecem-se do povo que os elegeu.
Invariavelmente preocupam-se com os programas dos partidos aos quais pertencem, com os grupos a que se vincularam e repartem entre eles as fatias saborosas do poder, preservando tudo aquilo quanto combatiam com vigor.
...E a miséria prossegue em liberdade ameaçando ou aniquilando as esperanças de melhores dias.
No Império Romano, por exemplo, a grande preocupação de alguns poderosos era distrair os desocupados, entenda-se: os sem teto, os sem trabalho, os sem direitos de cidadania com o panem et circenses, com o que os divertia, a fim de que esquecessem o abandono a que eram relegados, dando lugar a espetáculos de hediondez que ficaram célebres na memória da História...
Infelizmente, ainda hoje o expediente nefando é utilizado por alguns governos insensíveis que oferecem circo e nem sequer ofertam pão...
O clamor da miséria, no entanto, é muito poderoso, e foi esse estado que se responsabilizou pela Revolução Francesa de 1789 e inúmeras outras, culminando, na atualidade, com a denominada Primavera Árabe, que vem tentando retirar do poder verdadeiros sicários dos seus países. As injustiças sociais não são resolvidas com migalhas, com soluções apressadas em decorrência do medo, quando passam de vítimas a ameaçadoras, mas através de leis nobres e bem aplicadas. 
  
Por Divaldo Franco*
*Texto da Coluna Quinzenal de Divaldo Franco
Jornal A Tarde/Salvador - 2ª feira 08/07/2013.

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