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24 julho 2013

Mediunidade das Crianças - Martins Peralva


MEDIUNIDADE NAS CRIANÇAS

“Os próprios pais da Terra esperam, compassivos, pelo crescimento dos filhos, a fim de entregá-los às bênçãos da Natureza, cada qual a seu tempo.” Emmanuel Allan Kardec desaconselha o exercício da mediunidade pelas crianças, atento aos vários inconvenientes que possam advir.

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No exame do assunto, há que se observar o problema do desenvolvimento sob duplo sentido: físico e mental.

Há crianças bem desenvolvidas fisicamente, mas de recursos mentais e intelectuais deficientes, o que reforça a sábia orientação do eminente Codificador.

Existem crianças fisicamente pouco desenvolvidas, porém mental e intelectualmente bem dotadas.

Em ambos os casos a prudência aconselha seja evitado, junto à criança, o trabalho mediúnico.

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Desenvolver a mediunidade, ou seja, educá-la, significa colocar-nos em relação e dependência magnética, mental e moral com entidades dos mais variados tipos evolutivos — evoluídas ou involuídas.

O frágil organismo infantil e sua inexperiência podem sofrer os efeitos de uma aproximação obsidiante. 

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A imaginação da criança é, sobremodo, excitável, o que pode ocasionar consequências perigosas sob o ponto de vista do equilíbrio, da estabilidade espiritual.

A criança é facilmente impressionável.

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Em decorrência das próprias leis da Natureza,, vive a criança em mundo diferente, muito pessoal, restrito às diversões infantis.

Por influência dos próprios companheiros da mesma faixa etária, pode a criança querer “brincar de mediunidade”, o que não seria de todo estranhável, porque há muita gente adulta “brincando de mediunidade”, tornando-se veículo da satisfação de sua curiosidade e de seus interesses pessoais.

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Espíritos perversos ou brincalhões podem aproveitar a fragilidade e inocência infantis para exercerem assédio sobre os ainda pequeninos intermediários do Mundo Espiritual.

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Há recursos de amparo às crianças que revelam mediunidade.

Prece em seu favor e dos Espíritos que delas tentam acercar-se.

Passes ministrados por companheiros responsáveis.

Frequências às aulas espíritas de Evangelho, a fim de que possam, a pouco e pouco, ir assimilando noções doutrinárias compatibilizadas com sua idade. 

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Assim como os pais da Terra “esperam compassivos, pelo crescimento dos filhos”, esperemos, também, que o crescimento da criança enseje a oportunidade de sua integração na paisagem mediúnica.


De “Mediunidade e Evolução”
De Martins Peralva

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