POR QUE SOU TÃO INFELIZ?
O fim de ano acentua a
tristeza e a melancolia em muitas pessoas, nas recordações de perdas
variadas coincidentes com o período em outras épocas ou com a saudade
dolorida de um ser querido que já partiu. Ou mesmo nas frustrações e
decepções que se acumulam sob variadas formas.
À costumeira pergunta que
explode no coração deprimido, que se desencantou ou busca razões para
entender a própria vida, permito-me transcrever pequeno trecho, ainda
que parcial, em treze itens:
1 – “(...) a felicidade se encontra onde cada qual coloca o coração (...)”;
2 – “(...) se você situa as aspirações
no prazer fugidiço, no ouro mentiroso e nas paixões que ardem e se
apagam breve, a sua ausência produz a desdita (...)”;
3 – “(...) se pensa em paz de
consciência, retidão moral e dever corretamente cumprido, como metas de
dignidade e honradez, a ventura se estabelecerá no coração tranquilo
(...)”;
4 – “(...) Quem deseja usufruir sem
merecer, receber sem dar, colher sem haver semeado é obrigado a furtar e
converter-se em indigno beneficiário da vida, que lhe impõe recomeços
difíceis (...)”;
5 – “(...) Todos podemos conseguir a felicidade se soubermos e quisermos bem conduzir nossas aspirações (...)”;
6 – “(...) Muitos desejariam um pomar
referto, um jardim de messes. Por não consegui-los, desalentam-se,
esquecidos de que também poderiam tornar-se um arbusto verde ao caminho
pedregoso, adornando a estrada adusta (...)”;
7 – “(...) Felicidade é o bem que fazemos, não o gozo que fruímos (...)”;
8 – “(...) A felicidade não resulta do que se tem e do que se frui, mas do que se é e do que se faz (...)”;
9 – “(...) Não nos queixemos! A
reclamação reflete insatisfação pelo que temos, a traduzir a revolta de
que nos consideramos defraudados e, em consequência, injustiçados por
Deus (...)”;
10 – “(...) Cada um recebe, não como julga merecer, (...), mas de acordo com o que nos seja melhor para o bem estar real (...)”;
11 – “(...) Não se lamente mais e saia
do egoísmo vexatório, insatisfeito, fator de sua inquietação, aprendendo
a descortinar belezas e esperanças (...)”;
12 – “(...) se fecharmos a janela, campeiam as sombras neste recinto. Se as abrirmos, reinará a claridade (...)”;
13 – “(...) A forma como se encontrarem
as janelas das nossas intenções espirituais, morais e mentais, dirá do
que preferimos: luz ou sombra, alegria ou dissabor (...)”.
Os itens transcritos estão no capítulo 19 do livro Tramas do Destino,
de Manoel Philomeno de Miranda, por Divaldo Pereira Franco. Eles fazem
parte da longa e notável resposta à pergunta de um dos personagens da
bela história. Abstenho-me de resumir a história para não tornar longa a
presente abordagem, indicando o excelente livro ao leitor. O leitor
encontrará com facilidade referida obra, que foi lançada em 1981 e
possivelmente deve estar disponível na net, pois não cheguei a pesquisar
esse detalhe.
Notará o leitor que cada
item é material de farta reflexão. Pensando nos abatidos pela melancolia
e agora, diante do ano novo, sempre é tempo de renovar os pensamentos e
alterar os modelos de comportamento. Se algo não vai bem, isso indica
necessidade de mudança. O extraordinário capítulo é fonte de ampla
orientação e motivação extensa para a alegria de viver, com gratidão e
disposição para agir corretamente. Esforcemo-nos, pois, pelas mudanças
que se fazem essenciais.
Seu site: www.orsonpcarrara.com.br
Email: orsonpeter@yahoo.com.br
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