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28 janeiro 2016

Oremos, sabendo que a omissão é a maior inimiga da paz - Jorge Hessen

 

OREMOS, SABENDO QUE A OMISSÃO É A MAIOR INIMIGA DA PAZ


Rui Barbosa dizia que a mais trágica ditadura de um país é a do judiciário, pois contra ela não hápor onde recorrer. De fato, quando a “Carta Magna” é desrespeitada não há salvação. Expunha o “Águia de Haia” que “de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar adesonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dosmaus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. (Grifei)

O atual panorama político do Brasil é preocupante para a paz. Sob o guante dessa debilitada conjuntura, o brasileiro vem suportando, no limítrofe do suportável, os escombros de um projeto de um grupo de “salvadores da pátria” absolutamente cleptocrata. Festeja-se hoje a gestão pública estouvada. Governo que não se constrange ao nulificar a lei de responsabilidade fiscal. O “incomodado” e “acomodado” povo brasileiro está testemunhando o mais profundo colapso moral desde o “descobrimento” do País.

Refletindo os atuais noticiários e os manifestos populares contra a desmoralização judiciária e a corrupção generalizada, possuímos armas poderosas. Sim! Empunhemos a arma da tolerância (sem omissão) e do amor (sem acomodação), até porque se não orarmos, se não exorarmos a intervenção amorosa de Jesus, possivelmente em pouco tempo todos estaremos sob o tacão de chumbo da agourenta ditadura unipartidária RUBRA.

Nesse sentido, em face da ditadura e endeusada vocação “vermelha”, uma das consequências imediatas será a privação de liberdade. Sim, os cristãos e por consequência os espíritas seremos proibidos de praticar o Espiritismo. É verdade! Hoje é proibida a prática espírita no mundo comunista da República Popular da China, da Coreia do Norte, da República Socialista do Vietname, da República Democrática Popular de Laos, e com extremas restrições na República de Cuba e Venezuela. Além dos supracitados, há alguns estados pluripartidários que atualmente possuem partidos comunistas no poder cerceando liberdades, como o Chipre e o Nepal.

Em verdade, os tradicionalmente radicais militantes políticos comunistas (ateus), não têm compromissos com o Evangelho, são hostis, erigem facções (suprapartidárias), aparelham (adornam) os poderes (executivo, legislativo e principalmente o judiciário) e conquistam foros de absoluto poder (cada vez mais possante e contraditório) sob as bênçãos sacrossantas das falcatruas e aniquilamento da ética já institucionalizadas

Em nosso país, conquanto as rédeas do poder “democrático” conservam-se, desde os meados da década de 1980, nas mãos de alguns políticos que não têm nenhum escrúpulo e nem compromisso com a honra, não podemos jamais desanimar das virtudes nem zombar da honestidade, e muito menos nos envergonharmos de agir patrioticamente. Por isso, não podemos silenciar diante da deterioração do judiciário e do patético panorama social, político e econômico que ora estamos amargando.

Repetimos que o magnífico povo brasileiro é o povo “incomodado” mais “acomodado” do mundo. Isso não é bom! Nossa omissão pode ser catastrófica, pois toda omissão é criminosa, por isso é insensato cruzarmos os braços, sentarmos no sofá “deleitosamente”, acreditando que os “anjos celestiais” (Benfeitores) irão aprovisionar a solução que nos compete providenciar.

Não nos devemos permitir eximir de participar, seja pelas redes sociais, seja pelos manifestos populares pacíficos e outros legítimos mecanismos de pressão popular, a fim de cooperar com coragem, amor e ação no bem, visando uma Pátria livre e honrada, administrada com responsabilidade, auxiliando com nossas orações os que têm o compromisso político para construção de uma sociedade mais harmônica, organizada sob a bandeira da sagrada LIBERDADE.

Allan Kardec consultou os Espíritos sobre um universo de questões que sempre inquietaram o pensamento humano: Deus, alma, origem da vida, homem na condição de espírito imortal e pluriexistencial, morte, problemas sociais e familiares, liberdade, sofrimento, destino e felicidade, entre outros.

O legado do Codificador impõe-nos a necessária e constante renovação íntima, e, forçosamente, uma nova mentalidade de cada “praticante espírita”, sobretudo daqueles que ainda exercitam um Espiritismo apenas nos limites dos fenômenos mediúnicos nos Centros Espíritas. Outrossim, é necessária uma efetiva participação dos Espíritas nas discussões sobre as questões sociais que afligem a população brasileira, ainda que sem a absoluta necessidade de militância político e partidária.

Os filhos desta abençoada Nação não podem se ajoelhar diante da putrefação moral e da corrupção que sangra o pretenso “Coração” da suposta “Pátria do Evangelho”. Urge implorar ao Governador do Planeta e rogar-Lhe que interceda a favor dos brasileiros incorruptíveis de hoje e das futuras gerações de brasileirinhos que haverão de reencarnar para a consubstanciação da moralização e da liberdade de consciência no Brasil.



Jorge Hessen

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