1 - Compreendendo que muitos casamentos resultam em uniões infelizes e, às vezes, até
mesmas profundamente antipáticas, induzindo os cônjuges ao divórcio, como interpretar a
fase de atração recíproca, repleta de alegria e esperança, que caracterizou o namoro e o
noivado?
- Qualquer pessoa que aspire um título elevado passa pela fase de encantamento.
Esfalfa-se o professor pela ascensão à cátedra.
Conseguido o certificado de competência,
é imperioso entregar-se ao estudo incessante para atender às exigências do magistério.
- Esforça-se o acadêmico pela conquista do diploma que lhe autoriza o exercício da
profissão liberal. Laureado pela distinção, sente-se compelido a trabalho infatigável, de
modo a sustentar-se na responsabilidade em que anela viver.
- Assim, também, o matrimônio.
2 - Como interpretar as contrariedades e desgostos domésticos?
- O homem e a mulher aguardam o casamento, embalados na melodia do sonho,
entretanto, atingida a convivência no lar, surgem as obrigações, decorrentes do pretérito,
através do programa de serviço traçado para cada um de nós pela reencarnação, que nos
compele a retomar, na intimidade, todos os nossos erros e desacertos.
- Fácil, dessa forma, reconhecer que todas as dificuldades domésticas são empeços,
trazidos por nós próprios, das existências passadas.
3 - De modo geral, quem é, nas leis do destino, o marido faltoso?
- Marido faltoso é aquele mesmo homem que, um dia, inclinamos à crueldade e à mentira.
4 - E a esposa desequilibrada?
- Esposa desequilibrada é aquela mulher que, certa feita, relegamos à necessidade e à
viciação.
5 - Que são os filhos-problemas?
- Filhos-problemas são aqueles mesmos espíritos que prejudicamos, desfigurando-lhes o
caráter e envenenando-lhes os sentimentos.
6 - Qual a função essencial do lar e da família?
- No caminho familiar, purificam-se impulsos e renovam-se decisões. Nele encontramos
os estímulos ao trabalho e as tentações que nos comprovam as qualidades adquiridas, as
alegrias que nos alentam e as dores que nos corrigem.
7 - Como é encarado o divórcio nos planos superiores do Espírito?
- O divórcio, conquanto às vezes necessário, não é caminho salvador quando lutas se
agravem. Ninguém colhe flores do plantio de pedras.
- Só o tempo consegue dissipar as sombras que amontoamos com o tempo. Só o perdão
incondicional apaga as ofensas; apenas o bem extingue o mal.
8 - Existem casos francamente insolúveis nos casamentos desventurados; não será o
divórcio o mal menor para evitar maiores males?
- Muitos dizem que o divórcio é válvula de escape para evitar o crime e não ousamos
contestar. Casos surgem nos quais ele funciona, por medida lamentável, afastando males
maiores, qual amputação que evita a morte, mas será sempre quitação adiada, à maneira
de reforma do débito contraído.
9 - Por mais rápidas se façam as lutas, no casamento, é melhor permanecer dentro dele?
- Pagar é libertar-se, aprender é assimilar a lição.
10 - Quais são as piores conseqüências das ligações carnais desditosas, além daquelas
que se apresentam nos sofrimentos das frustrações ou lesões emotivas?
- É forçoso observar que da afeição sexual descontrolada surgem muitas calamidades
para a vida do Espírito, dentre as quais destacaremos, a par da fascinação ou do ódio,
nos problemas da obsessão, o suicídio e o aborto, como sendo as mais lastimáveis.
11 - Como é interpretado o aborto nos planos superiores da Vida Espiritual?
- O aborto provocado, mesmo diante de regulamentos humanos que o permitam, é um
crime perante as Leis de Deus.
12 - Quais os resultados imediatos do aborto para as mães e pais que o praticam?
- Praticando o aborto, mães e pais cruéis ou irresponsáveis afastam de si mesmos os
recursos de reabilitação e felicidade que lhes iluminariam, mais tarde, os caminhos, seja
impedindo a reencarnado de Espíritos amigos que lhes garantiriam a segurança e o
reconforto ou impedindo o renascimento de antigos desafetos, com os quais poderiam
adquirir a própria tranquilidade pela solução de velhas contas.
13 - O aborto oferece conseqüências dolorosas especiais para as mães?
- O aborto oferece funestas intercorrências para as mulheres que a ele se submetem,
impelindo-as à desencarnação prematura, seja pelo câncer ou por outras moléstias de
formação obscura, quando não se anulam os aflitivos processos de obsessão.
14 - E para os pais?
- Os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o
favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam, atraindo sobre as
próprias cabeças os sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles
aos percalços e sombras da vida espiritual de esferas inferiores.
15 - As criaturas que se suicidaram em razão das desilusões encontradas nas ligações
afetivas, agravam os sofrimentos de outrem, além dos sofrimentos que elas próprias
encontram?
- Muitos Espíritos fracos, que por razões de infelicidade na afeição sexual atiram-se ao
suicídio, encontram padecimentos gigantescos, como quem salta no escuro sobre
precipícios de brasas, criando derivações de angústia para os causadores de
semelhantes tragédias.
16 - Os casos de suicídio nas uniões carnais infelizes agravam provas em casamentos
futuros?
- Quantos violam a passagem da morte, crendo erroneamente alcançar o repouso, nada
mais encontram senão suplício e desespero, a gerarem, no âmago de si mesmos, os
pavorosos conflitos, que apenas as reencarnações regenerativas conseguem remediar.
- Saibamos tolerar com paciência as provações que o mundo nos ofereça, criando o bem
sobre todos os males que nos cheguem das existências que já vivemos, na convicção de
que fugir ao dever – por mais doloroso seja o dever que nos caiba – será sempre abraçar
o pior. Em quaisquer atribulações ou dificuldades, a nossa obrigação individual é fazer o
melhor ao nosso alcance para que o bem triunfe.
17 - Que fazer para extinguir os males evidentes das ligações afetivas inconsideradas e
desditosas?
- Em todos os departamentos da luta humana, os compromissos do passado
reaparecem.
vulneráveis que, em outro tempo, a fizeram cair.
18-Qual a direção pessoal que devemos adotar para vencer os dissabores do lar infeliz?
- Evitemos o divórcio, tanto quanto possível, e combatemos o aborto e o suicídio com
todos os recursos de raciocínio e esclarecimento de que possamos dispor.
- O divórcio adia o resgate.
- O aborto complica o destino.
- O suicídio agrava todos os sofrimentos.
Retirado do livro “Leis Do Amor” - Emmanuel / Francisco Cândido Xavier / Waldo Vieira
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