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02 setembro 2017

Auto Mutilação - "Analgésico para dor da alma" - Adeilson Salles

 

AUTO MUTILAÇÃO
"ANALGÉSICO PARA DOR DA ALMA"


Um problema que vem aumentando na última década, e que vem assustando pais e educadores em geral.

O Cutting, ou Automutilação é sem dúvida alguma um transtorno emocional, que necessita tratamento e apoio da família.

Esse transtorno costuma surgir na adolescência e é preciso ser abordado com cuidado, para que um comportamento equivocado, que pode ser curado, não resvale em situações mais dolorosas como o suicídio.

O adolescente que prática a automutilação não quer ser descoberto pelos pais, mas se isso vier a ocorrer, é importante que a família tenha compreensão, e não agrave a situação através de reprimendas inadequadas, e reações alarmantes.

É importante compreender, que o jovem que se auto-mutila está com dificuldades emocionais em lidar com alguma frustração, ou alguma perda.

Pode parecer paradoxal e estranho, mas a mutilação é utilizada como "analgésico" para uma dor que a alma sente.

Os escândalos, ou a repreensão violenta tendem a erguer uma barreira entre os pais e o jovem que se auto-mutila, daí a necessidade de palavras acolhedoras e compreensivas.

Sem dúvida, o tratamento profissional na área da saúde mental é importante para ajudar quem enfrenta essa dificuldade.

A princípio os cortes são feitos em locais do corpo que podem ser escondidos facilmente.

E os sentimentos que deflagram esse processo podem ser: sensação de vazio, angústia, raiva de si mesmo, tristeza com ou sem motivo e até para relaxar são outros motivos apontados.

Na dimensão espiritual, o jovem aturdido, que pratica o Cutting, é presa fácil de espíritos perturbados e vingativos, que podem incitar o aumento da tristeza, e da perda de autoestima e confiança na vida.

Processos obsessivos graves podem ser deflagrados a partir desse comportamento.

A automutilação pode ser provocada por processo endógeno, ou seja, por dificuldade do espírito encarnado em lidar com seus dramas íntimos, aquilo que ele trouxe de suas vidas passadas.

Ocorre também o processo exógeno, ou seja, a dificuldade do espírito em lidar com o meio onde vive.

A dificuldade na aceitação do seu contexto de vida.

Na maioria dos casos esse processo passa, mas devido ao crescente aumento dos transtornos emocionais nos dias atuais, é preciso que esse problema seja tratado com o cuidado necessário, de maneira holística para que o nosso jovem receba ajuda eficiente.

Presença da família, amor, compreensão e orientação espiritual adequada contribuem definitivamente para que esses dramas sejam vencidos.

Devemos tomar cuidado com o peso das nossas palavras.

Muita Paz!


Adeilson Salles


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