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19 janeiro 2018

A Microcefalia, o Vírus Zika e congêneres - Antônio Carlos Navarro



A MICROCEFALIA, O VÍRUS ZIKA E CONGÊNERES



As notícias referentes à incidência da Microcefalia em nascituros estão, atualmente, presentes em todos os meios de comunicações, expondo uma situação preocupante e comovedora.

Segundo a Ciência “A Microcefalia (do grego mikrós, pequeno + kephalé, cabeça) é uma condição neurológica em que o tamanho da cabeça e/ou seu perímetro cefálico occipito-frontal é dois ou mais desvios padrão abaixo da média para a idade e sexo. Também chamada de Nanocefalia, diferenciam-se diversas formas de manifestações clínicas e etiologias. A microcefalia verdadeira pode ser familiar e não necessariamente associada ao retardo mental.

Pode ser provocada pela exposição a substâncias nocivas durante o desenvolvimento fetal, tais como consumo abusivo de álcool e/ou exposição a drogas como aminopterina, metil-mercúrio, cocaína e heroína durante a gravidez, ou estar associada com problemas ou síndromes genéticas hereditárias, como Diabetes materna mal controlada; Hipotiroidismo materno; Insuficiência placentária e outros fatores associados à restrição do crescimento fetal e pré-eclâmpsia; Anomalias genéticas; Exposição à radiação de bombas atômicas; Infecções durante a gravidez, especialmente rubéola, citomegalovírus, toxoplasmose e vírus Zika, também por causas pós-natais.” (1)

Como não há efeito sem causa, é preciso admitir, por isso mesmo e necessariamente, a existência de Deus, que é “a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas (2), consequentemente estaremos sempre subordinados à perfeição da justiça e bondade divinas, que só permitem acontecimentos que o espírito tenha necessidade de vivenciar.

Como o nascituro não teve possibilidade de dar causa ao efeito de que é portador enquanto foi gerado, a causa só pode estar nas suas vidas pregressas.

O Senhor Jesus, após curar o paralítico no Tanque de Betesda, orientou o recém curado “… não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior” (3) deixando claro para todos nós a existência do vínculo entre o erro e sua repercussão no corpo físico.

Allan Kardec fez aos Espíritos Superiores encarregados de implantar o Consolador prometido pelo Senhor Jesus na Terra (4), os seguintes questionamentos acerca do retorno do espírito ao mundo físico:

Na espiritualidade, antes de começar uma nova existência corporal, o Espírito tem consciência e previsão das coisas que acontecerão durante sua vida? – Ele mesmo escolhe o gênero de provas que quer passar. Nisso consiste seu livre-arbítrio. (5)

Então não é Deus que impõe os sofrimentos da vida como castigo? – Nada acontece sem a permissão de Deus, que estabeleceu todas as leis que regem o universo. Perguntareis, então, por que Ele fez esta lei em vez daquela. Ao dar ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade de seus atos e de suas conseqüências, nada impede seu futuro; o caminho do bem está à frente dele, assim como o do mal. Mas, se fracassa, resta-lhe uma consolação: nem tudo está acabado para ele. Deus, em sua bondade, deixa-o livre para recomeçar, reparando o que fez de mal. (6)

O Benfeitor Espiritual André Luiz nos esclarece, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, que “a célula masculina que atinge o óvulo em primeiro lugar, para fecundá-lo, não é a mais apta em sentido de «superioridade», mas em sentido de «sintonia magnética», em todos os casos de fecundação para o mundo das formas” (7), e o também Benfeitor Espiritual Manoel Philomeno de Miranda, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco acrescenta: “Ao reencarnar-se o Espírito, o seu perispírito imprimi no futuro programa genético do ser os requisitos depurativos que lhe são indispensáveis ao crescimento interior e à reparação dos gravames praticados. Os genes registram o desconcerto vibratório produzido pelas ações incorretas no futuro reencarnante, passando a constituir-se um campo no qual se apresentarão os distúrbios do futuro quimismo cerebral.” (8),

Na monumental obra mediúnica Evolução em Dois Mundos, também de Francisco Cândido Xavier, o Benfeitor André Luiz responde ao questionamento:

A invasão microbiana está vinculada a causas espirituais? — Excetuados os quadros infecciosos pelos quais se responsabiliza a ausência da higiene comum, as depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas forças, seja adulterando as trocas vitais do cosmo orgânico pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na harmonia celular.

Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo desajustamento se torna passível de invasão microbiana, qual praça desguarnecida, porque as sentinelas naturais não dispõem de bases necessárias à ação regeneradora que lhes compete, permanecendo muitas vezes, em devedor do ponto lesado, buscando delimitar-lhe a presença ou jugular-lhe a expansão.

É que, geralmente, quase todos eles surgem como fenômenos secundários sobre as zonas de predisposição enfermiça que formamos em nosso próprio corpo, pelo desequilíbrio de nossas forças mentais a gerarem rupturas ou soluções de continuidade nos pontos de interação entre o corpo espiritual e o veículo físico, pelas quais se insinua o assalto microbiano a que sejamos mais particularmente inclinados pela natureza de nossas contas cármicas.

Amparo aos outros cria amparo a nós próprios, motivo por que os princípios de Jesus, desterrando de nós animalidade e orgulho, vaidade e cobiça, crueldade e avareza, e exortando-nos à simplicidade e à humildade, à fraternidade sem limites e ao perdão incondicional, estabelecem, quando observados, a imunologia perfeita em nossa vida interior, fortalecendo-nos o poder da mente na autodefensiva contra todos os elementos destruidores e degradantes que nos cercam e articulando-nos as possibilidades imprescindíveis à evolução para Deus. (9)

De posse destes esclarecimentos restam, entre outras coisas, algumas obrigações naturais ao espírito encarnado:

– Sanear o meio ambiente para se evitar criadouros dos vetores transmissores;

– Desenvolver, no campo da ciência, vacinas e medicações e tratamentos para alívio dos sofrimentos físicos e morais dos acometidos pelas enfermidades;

– Desenvolver a resignação e a obediência diante dos fatos impostos pela Lei Divina;

– Comportar-se retamente segundo as orientações contidas no evangelho do Senhor Jesus, trabalhando as imperfeições da alma no sentido de erradicá-las, aplicando-se na implantação do sentimento de compaixão por aqueles que sofrem, tratando-os e ajudando-os como quereríamos ser tratados e ajudados se estivéssemos nas mesmas condições. Isso evita expiações reparadoras.

Pensemos nisso.


Antônio Carlos Navarro

Referências:

1- https://pt.wikipedia.org/wiki/Microcefalia – acesso em 28.01.2016;

2- O Livro dos Espíritos, item n. 1;

3- João 5:14;

4- João 14:26;

5- O Livro dos Espíritos, item 258;

6- O Livro dos Espíritos, item 258a;

7- Missionários da Luz, cap. Proteção; 8- Tormentos da Obsessão, cap. Distúrbio Depressivo;

9- Evolução em Dois Mundos, cap. 40 – Invasão microbiana.

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