Jesus foi enfático ao declarar que não veio ao mundo para modificar a Lei e sim para aperfeiçoá-la. Na época de sua chegada já eram conhecidos os dez mandamentos revelados por Moisés, os quais foram devidamente reafirmados pelo Cristo, porém com a devida observância de que os dois primeiros seriam os mais importantes, conforme vemos em Mateus (22: 37-40), vez que os demais decorreriam destes.
Dos dois principais mandamentos exaltados por Jesus cabe-nos observar que o seus núcleos circulam sobre a necessidade de nos capacitarmos para amar. Um amor sincero, desprovido de terceiras intenções, ou seja, desenvolver um sentimento nobre de respeito a Deus e ao próximo, sendo neste último caso um amor que devotamos a nós mesmos.
Amarás o teu próximo como a ti mesmo, eis a máxima do segundo mandamento!
Diante disso, uma pergunta que sobressalta neste instante é: Quanto estamos amando a nós mesmos?
Sabemos hoje que o maior objetivo da reencarnação é chegarmos à perfeição. A dita perfeição guarda relação com o reino ao qual habitaremos, que não é o planeta Terra.
E nós, estamos cumprindo o objetivo da reencarnação, buscando tornarmo-nos pessoas mais voltadas ao amor que o Cristo nos pede ou estamos apenas vivendo com o objetivo de saciar as nossas paixões mundanas, não nos preocupando com o aperfeiçoamento espiritual? Se a resposta estiver mais voltada para uma vida voltada aos gozos mundanos, por óbvio não estamos nos amando, o que nos faz sermos os maiores sabotadores de nossa própria paz. O consumismo, o luxo, o egoísmo, a ira, a sensualidade, dentre outros, são paixões que nos afastam de nossos objetivos: progredir espiritualmente. Amar a ti mesmo passa pelo desafio de domar os próprios sentimentos, voltando os olhos para a vida eterna, longe da matéria densa deste planeta. Somos espíritos, criados sem este corpo denso que ora utilizamos, e para a vida em espírito precisamos nos preparar.
Meu reino não é deste mundo, disse-nos Jesus. O nosso também não, já o sabemos, mas, infelizmente, poucos agem sob essa perspectiva. Por isso, amar a ti mesmo é aproveitar a vida para fomentar em ti o espírito do amor. Olhar para o mundo com os olhos da vida eterna, da alma, sabendo que o materialismo e os sentimentos vis apenas atravancam o crescimento espiritual, afastando o ser do Criador e retardando o advento da autoperfeição.
Ame a ti mesmo, começando por observar as próprias emoções e os objetivos que queira atingir na vida!
Glaucio Antonio de Queiroz Oliveira
Fonte: Espiritismo na Rede
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