É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração. - Fernando Pessoa
Quem
gosta de ficar ao lado ou conviver com uma pessoa que cultiva a
tristeza? Ou mesmo está permanentemente se queixando, insatisfeita com
tudo e com todos? Essas pessoas são infelizes, arrastam as correntes da
vida, geralmente são solitárias e consideram a vida um inferno
permanente.
Olhar para o espelho da vida e começar a desconfiar de
que, muitas vezes, esse ser destituído de alegria e bom ânimo somos nós
mesmos é porque está na hora de fazermos uma reflexão e buscar mudanças
imediatas, antes que tais comportamentos de cristalizem e provoquem
males irreversíveis.
O cardiologista Michael Miller, da
Universidade de Maryland, Estados Unidos, liderou uma pesquisa sobre os
benefícios do riso para a saúde do coração. Comparando as atitudes
diante da vida de 150 pessoas com histórico de enfarto com o mesmo
número de pessoas sadias, descobriu que aquelas que nunca tinham sofrido
com problemas no coração eram as que demonstravam bom humor constante.
Para evitar problemas cardíacos, Miller recomenda combinar a velha
receita de saúde - exercícios físicos regulares e dieta balanceada - com
algumas gargalhadas durante o dia.
- Rir do quê? - poderá alguém
objetar. - O que mais falta acontecer? Uma noite dessas sonhei que
estava falando com um tenebroso espírito, que deve estar me acompanhando
em maré de azar, e pedi que me levasse desta vida. Melhor mesmo seria
morrer - pensava. Sabe o que o ingrato me respondeu? - Sua hora ainda
não chegou. Você tem muito o que fazer na Terra.
A permanência em
mundo, como o nosso, no entanto, em que predominam o egoísmo, a vaidade e
orgulho sujeita-nos a grandes variações ciclotímicas, que podem nos
elevar às alturas ou nos derrubar para zonas de inquietação, quando não
nos protegemos adequadamente.
Cada ato, cada palavra, cada
pensamento, são sinais claros das zonas mentais de que procedemos e
permanecemos. Desencarnados aproximam-se do meio que se lhes assemelham.
A faixa vibratória de cada ser atrai espíritos, de acordo com mútuas
tendências.
Daí a necessidade de nos prevenirmos contra situações
complicadoras de relacionamento e de economia espiritual como tristeza,
queixas, linguagem inconveniente, leviandades e outras mais.
Emmanuel [1]
lembra que, durante o repouso noturno, cada um deve interrogar a si
próprio e procurar saber o quanto está colaborando nas relações
profissionais, afetivas, filantrópicas, sociais e outras da vida comum.
Se,
por um lado, cientistas da atualidade nos recomendam a prática regular
de atividades físicas, que nos premiarão com inúmeros neurotransmissores
produzidos pelo cérebro, dentre eles a endorfina, que libera ações
anti-inflamatórias e analgésicas, a ginástica do bem, que pressupõe o
perdão, a tolerância, a boa palavra, a paciência, o trabalho e a
alegria, representam verdadeiras vacinas contra a tristeza e a sombra
esterilizadoras.
Retirar os óculos escuros do pessimismo, orar
constantemente - inclusive no Evangelho do Lar -, levar uma religião a
sério, ser bom familiar e bom profissional, fazer o bem ao semelhante e
confiar em Deus são medidas que compõem fórmula profilática infalível
capaz de prevenir todos os males. Azar, chagas da alma, espíritos
doentes, tristeza, insatisfação, ranzinzice, palavrões, leviandades,
inveja e ciúme perecem, diante da invencível força do amor.
[1] Página Contribui, livro Pão Nosso, de Emmanuel
Sidney Fernandes
Fonte: Kardec Rio Preto
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