Condicionamentos passados fortemente fixados nos tecidos sutis do espírito ressurgem como incontidas impulsões, que se transformam em vigorosos senhores dos que lhes padecem a injunção.
Procedentes do pretérito espiritual, fazem-se dilaceração da alma desde cedo, quando o processo da reencarnação se consuma...
Constituem imperiosos tormentos que aparecem reiteradamente, dominam e destroem os seus êmulos.
Formam as paisagens lôbregas do mundo moral da criatura humana.
Tomam corpo em decorrência dos maus hábitos, estimulados pela insensatez, cultivados pela permissividade social.
Assumem aspeto inocente e se incorporam à personalidade, tornando-se uma segunda natureza que absorve os recursos superiores da vida, culminando por seviciar e vencer os que derrapam na sua inditosa direção.
Defluem de inspirações perniciosas de mentes desencarnadas, em processo insinuante de obsessão simples, que se converte em subjugação selvagem, mediante a qual os cômpares se sustentam e se extremunham, infelicitando-se reciprocamente em doloroso processo de longo curso em que se interdependem, amargurados.
Possuem uma gênese e uma gama diversa e complexa.
Todos decorrem do espírito dúbio e procedem da fraqueza interior dos que se acumpliciam em consórcio de dependência inditosa.
Florescem, pestilenciais, na alma, na mente e no corpo.
São paixões dissolventes que envenenam com tenacidade, em programática segura.
Seja sob qual aparência os descubras em ti, não lhes dês trégua.
A mentira inocente estimulada transforma-se, um dia, numa calúnia bem urdida.
Uma taça de licor singela, repetida, faz-se veículo de alcoolofilia martirizante.
Um delíquio moral momentâneo, aceito com naturalidade, abre as portas da dignidade à corrupção.
Sê severo nos teus compromissos morais, nas tuas relações sociais, impondo-te elevação e austeridade.
Um descuido, uma concessão e se estabelecem os vínculos inditosos.
Morigeração e cuidado deves manter, mesmo que os outros se favoreçam com maior soma de liberdade, a fim de preservar-te das artimanhas dos vícios e delitos que trazes do ontem, que podes adquirir hoje e que estão fáceis por toda parte...
Sublimes realizações, tarefas nobilitantes que suportaram graves investidas do mal, homens e mulheres resolutos que se ofereceram ao bem e ao dever, tombaram, inermes, ante os vapores dos vícios sociais e delitos morais aparentemente ingênuos, que terminaram por vencer as decisões robustas em que fraquejaram...
Vigia e perscruta teus sentimentos.
Se descobrires tendências e inclinações não adies o combate, nem te concedas pieguismo.
Luta e vence-os de uma vez, arrebentando os elos mantenedores da viciação e dos delitos, a fim de lograres o êxito que persegues, anelas e necessitas.
Joanna de Ângelis
Médium: Divaldo P. Franco
Livro: Leis Morais da Vida
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