AJUDA AOS MORTOS
“Como podemos ajudar os mortos? Os mortos estão mortos. Nada temos a fazer com eles. Tratemos de ajudar os vivos e deixemos os mortos em paz. Vocês, espíritas, são necrófilos!”.
O cidadão se aborreceu porque encontrou num jornalzinho espírita de bairro esta solicitação piedosa: “Ajudem os que pereceram no incêndio, orando por eles. Os mortos não estão mortos e precisam de ajuda”. Ficou mais indignado quando meu amigo Juvenal lhe explicou que muitos mortos são esclarecidos em reuniões espíritas.
Sua objeção foi à mesma de sempre: “Vocês pretendem ser mais que os anjos e os santos, mais que Deus? Pensam que os mortos dependem de meia dúzia de bobagens que vocês lhes dizem nas sessões?” Juvenal sorriu e me fez um pedido. Que eu tentasse explicar ao cabeça-dura que se passa na doutrinação espírita. Vou tentar resumir o que lhe disse.
Para começar, lembrei-lhe este pequeno trecho da prece de Emmanuel em favor dos mortos do Edifício Joelma: “Acende-lhes nos corações a luz divina da imortalidade, oculta neles mesmos, a fim de que a mente se lhes distancie do quadro de agonia ou desespero, transferindo-se para a visão da vida imperecível”.
Com essas palavras Emmanuel coloca de maneira bem clara o problema da doutrinação espírita. Não cabe a nós, criaturas humanas, libertar os espíritos de suas angústias. Cabe-nos apenas auxiliá-los, como irmãos na vida e na morte, a desviar a mente torturada da situação dolorosa em que se encontravam no momento da morte.
Nem todas às pessoas compreendem que a morte é simplesmente, como diz Chico Xavier, um descondicionamento do espírito. É uma passagem, como a define a sabedoria popular. O espírito obrigado a abandonar o corpo material retira-se do plano físico para o plano etéreo da vida. E às vezes tão rapidamente que nem percebe o que se passou.
Perdendo a consciência no momento da morte, o espírito desperta no mundo espiritual como quem volta de uma síncope. Mas, conserva todas as sensações, toda a lembrança das angústias por que passou ao morrer. Essas sensações e lembranças condicionam a sua nova situação fora do corpo físico. E o corpo espiritual lhe parece o corpo físico.
Logo após a morte as ligações do espírito com o plano físico não se rompem de todo. Ele está ainda impregnado de sensações materiais, provindas do sensório fisco a que se acostumou durante a vida. É, portanto, mais acessível ao esclarecimento dos homens do que à influência dos anjos. Está mais ligado a nós do que aos espíritos desencarnados.
Mas, os mortos, como os vivos, trazem oculta em si mesmos a noção da imortalidade. Essa noção está no inconsciente de todos nós, porque todos somos imortais.
Na mente subliminar, pesquisada por Frederic Myers, abaixo do nível da mente comum, circulam as correntes ídeo-emotivas provenientes de vidas anteriores e do plano espiritual.
A comunicação mediúnica dá ao espírito, ainda inseguro no mundo espiritual, a sensação de segurança que lhe faltava. Ligado magneticamente ao médium ele se sente como se estivesse no seu corpo material.
Então o doutrinador espírita pode conversar com ele como de vivo para vivo e despertá-lo para a compreensão do seu verdadeiro estado ao mesmo tempo, os espíritos amigos que o levaram à comunicação e permanecem junto a ele conseguem ajudá-lo com mais eficiência.
Os homens apenas iniciam a doutrinação, que na verdade será completada pelos espíritos orientadores do trabalho mediúnico. É assim que o Céu e a Terra se encontram para a solidariedade humana entre dois mundos.
O trabalho principal do doutrinador é desviar a mente do espírito recémdesencarnado do quadro trágico da sua morte. Provando-lhe que ele continua vivo e livre do corpo material, cuja perda foi como a perda de uma simples vestimenta, desvia-lhe a atenção para a nova realidade em que se encontra. O resto é trabalho dos espíritos.
O cidadão se aborreceu porque encontrou num jornalzinho espírita de bairro esta solicitação piedosa: “Ajudem os que pereceram no incêndio, orando por eles. Os mortos não estão mortos e precisam de ajuda”. Ficou mais indignado quando meu amigo Juvenal lhe explicou que muitos mortos são esclarecidos em reuniões espíritas.
Sua objeção foi à mesma de sempre: “Vocês pretendem ser mais que os anjos e os santos, mais que Deus? Pensam que os mortos dependem de meia dúzia de bobagens que vocês lhes dizem nas sessões?” Juvenal sorriu e me fez um pedido. Que eu tentasse explicar ao cabeça-dura que se passa na doutrinação espírita. Vou tentar resumir o que lhe disse.
Para começar, lembrei-lhe este pequeno trecho da prece de Emmanuel em favor dos mortos do Edifício Joelma: “Acende-lhes nos corações a luz divina da imortalidade, oculta neles mesmos, a fim de que a mente se lhes distancie do quadro de agonia ou desespero, transferindo-se para a visão da vida imperecível”.
Com essas palavras Emmanuel coloca de maneira bem clara o problema da doutrinação espírita. Não cabe a nós, criaturas humanas, libertar os espíritos de suas angústias. Cabe-nos apenas auxiliá-los, como irmãos na vida e na morte, a desviar a mente torturada da situação dolorosa em que se encontravam no momento da morte.
Nem todas às pessoas compreendem que a morte é simplesmente, como diz Chico Xavier, um descondicionamento do espírito. É uma passagem, como a define a sabedoria popular. O espírito obrigado a abandonar o corpo material retira-se do plano físico para o plano etéreo da vida. E às vezes tão rapidamente que nem percebe o que se passou.
Perdendo a consciência no momento da morte, o espírito desperta no mundo espiritual como quem volta de uma síncope. Mas, conserva todas as sensações, toda a lembrança das angústias por que passou ao morrer. Essas sensações e lembranças condicionam a sua nova situação fora do corpo físico. E o corpo espiritual lhe parece o corpo físico.
Logo após a morte as ligações do espírito com o plano físico não se rompem de todo. Ele está ainda impregnado de sensações materiais, provindas do sensório fisco a que se acostumou durante a vida. É, portanto, mais acessível ao esclarecimento dos homens do que à influência dos anjos. Está mais ligado a nós do que aos espíritos desencarnados.
Mas, os mortos, como os vivos, trazem oculta em si mesmos a noção da imortalidade. Essa noção está no inconsciente de todos nós, porque todos somos imortais.
Na mente subliminar, pesquisada por Frederic Myers, abaixo do nível da mente comum, circulam as correntes ídeo-emotivas provenientes de vidas anteriores e do plano espiritual.
A comunicação mediúnica dá ao espírito, ainda inseguro no mundo espiritual, a sensação de segurança que lhe faltava. Ligado magneticamente ao médium ele se sente como se estivesse no seu corpo material.
Então o doutrinador espírita pode conversar com ele como de vivo para vivo e despertá-lo para a compreensão do seu verdadeiro estado ao mesmo tempo, os espíritos amigos que o levaram à comunicação e permanecem junto a ele conseguem ajudá-lo com mais eficiência.
Os homens apenas iniciam a doutrinação, que na verdade será completada pelos espíritos orientadores do trabalho mediúnico. É assim que o Céu e a Terra se encontram para a solidariedade humana entre dois mundos.
O trabalho principal do doutrinador é desviar a mente do espírito recémdesencarnado do quadro trágico da sua morte. Provando-lhe que ele continua vivo e livre do corpo material, cuja perda foi como a perda de uma simples vestimenta, desvia-lhe a atenção para a nova realidade em que se encontra. O resto é trabalho dos espíritos.
José Herculano Pires
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