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03 março 2008

O Passe - J.Herculano Pires

O PASSE
Suas, origens, aplicações e efeitos


O passe espírita é simplesmente a imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de Cura do Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus.

Mas há um passado histórico que não podemos esquecer. Desde as origens da vida humana na Terra encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro acompanhado – rituais, como o sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até mesmo (resíduo do rito do barro) a mistura de saliva e terra para aplicação no doente.

No próprio Evangelho vemos a descrição da cura de um cego por Jesus usando essa mistura. Mas, Jesus agiu sempre, em seus atos e em suas práticas, de maneira anti-ritual, de maneira que essas descrições, feitas entre quarenta e oitenta anos após a sua morte, podem ser apenas influências de costumes religiosos da época.

Todo o seu ensino visava a afastar os homens das superstições vigentes no tempo. Essas incoerências históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele, mas dos evangelistas.

Caso contrário Jesus teria procedido de maneira incoerente no tocante aos seus ensinos e aos seus exemplos, o que seria absurdo.

O passe espírita não comporta as encenações e explicações em que hoje o envolveram alguns teóricos improvisados, geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de origem mágica ou feiticista.

Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium passista e não dele mesmo.

Os passes padronizados e classificados (pertencem) derivam de teorias e práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um passado já há muito superado.

Os Espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas a prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual do passe espírita que provém da fé racional no poder espiritual, desaparece ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações.

Ambiente de pessoas interessadas em ajudá-lo, o que lhe desperta sensação de segurança e confiança em si mesmo.

Trata-se de uma reação anímica (da própria alma do paciente) por isso mesmo psicológica, conhecida na Psicologia como estímulo de conjunto, em que se quebra o desânimo da solidão.

Por outro lado, a visita do passista ao paciente isolado em casa dá-lhe a sensação de valor social, reanimando-lhe a esperança de volta à vida normal.

Além disso, a presença do paciente numa reunião lhe permite receber a ajuda do calor humano dos outros e da doação fluídica administrada, seja do médium ou também de pessoas que o acompanham.

Assim, o passe à distância só deve ser empregado quando for de todo impossível o passe de contato pessoal.

São esses também os motivos que justificam a prática dos passes individuais nos Centros, onde todos sabem que ninguém deixa de ser assistido e receber a fluidificação necessária.


Autoria: J. Herculano Pires

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