Total de visualizações de página

21 setembro 2009

Em Função do Amor - Joanna de Ângelis

EM FUNÇÃO DO AMOR

Convidado ao banquete do amor, esquece as mágoas e as ofensas, rompe o rol das queixas e dulcifica-te, deixando-te arrastar pelas sugestivas mensagens da ternura.

Abre-te a renovação íntima e, por momentos, reflexiona em torno da realidade que te aflige, reconsiderando as posições mental e moral.

Refaze a situação em que te encontras no lar, e recompõe a família, ofertando a fórmula do pão nutriente do amor.

Na oficina de trabalho, medita em torno da dificuldade dos companheiros e desculpa-os, quando te firam, amando-os mais.

Na vida social perceberás os felizes na aparência, que te desprezam sem dar-se conta, todavia possuindo o élan do amor, entenderás que eles estão doentes e tão aflitos, que se não apercebem da gravidade do mal que os mina em silêncio.

Na comunidade religiosa a que te filias, gostarias de haurir forças; muitas vezes, porém, descobres, ali, que aqueles companheiros vivem carentes e aflitos, apresentando dramas e amarguras que te causam desencanto. Se estiveres, no entanto, afeito à mensagem do amor, supri-los-ás de alento e te reconfortarás. Eles estão cansados e sofrem da mesma solidão que tu, não sendo diferentes de ti.

Em todo lugar, há lugar para o amor.

Melhor que sejas tu aquele que ama, irrigando os corações com esse licor poderoso da vida.
Ninguém anda e cresce, sem o estímulo do amor.

Dirás que também necessitas de receber, criatura sofrida que és.

Tens razão, sem embargo, se meditares mais, tu, que conheces Jesus, poderás esquecer de ti mesmo e oferecer, com entusiasmo, o que gostaria de receber.

Observa por um instante:

A roseira apoiada no estrume transforma o adubo desprezível em perfume que esparze no ar;
a semente aprisionada no solo que a esmaga retribui o próprio sofrimento com o verde com que embeleza o chão, transformando-se em árvore frondosa a doar bênçãos;

a pedra arrancada a explosivo e trabalhada a martelo, sem queixumes desvela a estátua que lhe dormia inerme na intimidade; o charco abandonado, ao receber a drenagem que o fere, veste-se de vida e se torna abençoado jardim.

Ouve a lição sem palavras da laranjeira apedrejada, reproduzindo galhos e abrindo-se em flores que balsamizam o ar...

Disputa a honra de amar, aceitando agora o convite que se te faz para que te transformes em vexilário do bem, amando.

Jesus, por amor, tudo sofreu, a tudo renunciou, experimentando rudes injunções climatéricas, políticas, sociais e humanas para conferir-nos a honra da liberdade real e plena, que somente através dEle podemos encontrar.

Como Deus é Amor, não te esqueças, filho do amor, que gerado pelo bem, a tua é a fatalidade do próprio amor.

Joanna de Ângelis (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco
Livro: Otimismo

Nenhum comentário: