Quero uma religião que não me proíba, mas que me eduque; que não me incrimine, mas que me ofereça soluções; que não me reprima, mas que me ensine a encontrar melhores formas de expressão; que não me condene, mas que ofereça um adequado senso de justiça; que não me inferiorize, mas que me aproxime do Criador da Vida.
Quero uma religião que me deixe sorrir nas manhãs de domingo, permitindo que minha prece seja o olhar para a natureza. Quero uma religião que, nos dias mais escuros do meu viver, dela não me lembre quando sentir medo e nela não me abrigue feito criança em consolações pueris. Quero uma religião que me incentive a oferecer rosas aos doentes e a levar alegria aos enterros, e a só chorar quando souber que a dor foi compreendida e que o morto vive e está bem.
Quero uma religião que me oriente a reverenciar a inocência e a aplaudir de pé os que respeitam a sabedoria dos mais velhos. Quero uma religião que possa encontrá-la com quem estiver, por onde for, também no coração dos que ferem e gritam achando ter razão. Quero uma religião que abrigue aqueles que se arriscam em viver e abençoe os que se perdem nos labirintos escuros da própria ignorância.
Quero uma religião que possa senti-la na compaixão, seja com a abundância dos perdulários ou com a miséria dos aparentemente incapazes, sem que me falte a necessária solidariedade. Quero uma religião que me faça sentir irmão de quem me contraria ou me rouba a esperança, também dos que me reverenciam inocentemente. Quero uma religião que retire a venda de minha cegueira, sem me tirar a ignorância completa, educando-me para a continuidade do aprendizado.
Quero uma religião que não exclua nem estigmatize nenhuma criatura, nem crie castas de eleitos ou de salvos pela adoção de princípios lógicos. Quero uma religião cujo cântico e cuja liturgia incluam a voz da alma e o pulsar dos corações, para que um dia, quando não mais precisar de nada, eu encontre a mim mesmo.
Quero uma religião que me deixe sorrir nas manhãs de domingo, permitindo que minha prece seja o olhar para a natureza. Quero uma religião que, nos dias mais escuros do meu viver, dela não me lembre quando sentir medo e nela não me abrigue feito criança em consolações pueris. Quero uma religião que me incentive a oferecer rosas aos doentes e a levar alegria aos enterros, e a só chorar quando souber que a dor foi compreendida e que o morto vive e está bem.
Quero uma religião que me oriente a reverenciar a inocência e a aplaudir de pé os que respeitam a sabedoria dos mais velhos. Quero uma religião que possa encontrá-la com quem estiver, por onde for, também no coração dos que ferem e gritam achando ter razão. Quero uma religião que abrigue aqueles que se arriscam em viver e abençoe os que se perdem nos labirintos escuros da própria ignorância.
Quero uma religião que possa senti-la na compaixão, seja com a abundância dos perdulários ou com a miséria dos aparentemente incapazes, sem que me falte a necessária solidariedade. Quero uma religião que me faça sentir irmão de quem me contraria ou me rouba a esperança, também dos que me reverenciam inocentemente. Quero uma religião que retire a venda de minha cegueira, sem me tirar a ignorância completa, educando-me para a continuidade do aprendizado.
Quero uma religião que não exclua nem estigmatize nenhuma criatura, nem crie castas de eleitos ou de salvos pela adoção de princípios lógicos. Quero uma religião cujo cântico e cuja liturgia incluam a voz da alma e o pulsar dos corações, para que um dia, quando não mais precisar de nada, eu encontre a mim mesmo.
Do livro Religião Pessoal
De Adenáuer Novaes
De Adenáuer Novaes
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