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28 março 2014

A lógica das Leis Divinas - Waldenir Aparecido Cuin


A LÓGICA DAS LEIS DIVINAS

Onde está escrita a Lei de Deus? “Na consciência.” (“O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, questão 621.)


Deus, nosso Pai de eterna bondade, dentro da sua insondável sabedoria, instituiu o Código Divino, um conjunto de leis capaz de gerir todas as ações desencadeadas dentro do universo, na mais perfeita ordem. Nada escapa aos ditames dessa estrutura divina.



Obviamente, a partir desse ordenamento universal, seria ilógico imaginarmos que Deus tenha a necessidade de fazer julgamentos individuais, ditando condenações a uns e perdão a outros. Nada disso, pois que todos estamos atrelados à lei de ação e reação, conforme estabelece a justiça divina.



Se na Terra, ante todas as imperfeições de que temos notícias, as criaturas vivem sob as determinações das leis estabelecidas pelos homens, onde os magistrados não julgam de acordo com os seus pensamentos individuais, mas segundo os ditames da legislação vigente, fazendo justiça, imaginemos, então, como serão as deliberações do Código Divino.

Assim sendo, podemos concluir, sem medo de errar, que Deus não tem culpa pelas dores e fracassos que por ventura estejamos sofrendo, pois que tal ocorre pela inobservância das leis universais estabelecidas. Sem dúvida, é o principio da lei de ação e reação. Cada ação que desencadeamos gera uma reação da mesma natureza.

Tomemos como exemplo as leis de trânsito. Elas estabelecem o limite de velocidade nas estradas. Atentos a tais limites, viajaremos com segurança; desobedecendo-os, poderemos sofrer acidentes de graves consequências. Os ferimentos que surgirem em decorrência da nossa invigilância, por certo, não serão culpa de Deus.

Diante de situações como essa, ninguém precisará julgar a nossa atitude, pois que a lei de ação e reação já determinou seu veredicto; o descuido trouxe o seu natural reflexo.

Há mais de dois mil anos Jesus nos apresentou o Seu Evangelho, a Boa Nova, onde alinhou uma série de informações e advertências para que a humanidade possa viver em clima de harmonia e entendimentos. Mas ainda temos imensas dificuldades em vivenciar tais orientações e, por isso, vivemos dias de tormentas e insatisfações, onde somos os construtores das desditas que nos acompanham.

O Divino Amigo nos orientou sobre a necessidade do perdão, não simplesmente como um gesto de sublimidade da nossa parte, mas, acima de tudo, como um roteiro de vida. Aquele que perdoa apresenta um coração limpo, desarmado, e, por isso, não sofre o peso do ódio, do ressentimento e da mágoa, que tantos prejuízos nos acarretam. Mas conseguimos exercitar o perdão quando necessário?

Falou Ele que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, no entanto, pouco temos feito nesse sentido. Na realidade, em inúmeras oportunidades, temos explorado o nosso irmão do caminho ao invés de ajudá-lo.

Pediu aos mais fortes que amparem aos mais fracos; aos mais ricos que desenvolvam ações em favor dos mais pobres; aos mais inteligentes que protejam aos menos dotados intelectualmente; aos mais influentes que prestem socorro aos esquecidos e abandonados; aos mais corajosos que descubram e auxiliem os tímidos. E o que temos feito?

Os resultados das nossas ações estão espalhados no contexto social em que vivemos: dores, sofrimentos, insatisfações, medos, remorsos, lágrimas... Deus terá necessidade de fazer julgamentos? Será Ele o culpado?

O Código Divino aí está. Deus não precisará perdoar ou castigar qualquer criatura. As ações que desencadeamos nos trarão os reflexos da mesma natureza...

Reflitamos...

Waldenir Aparecido Cuin




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